quarta-feira, 31 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 31 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia - 31 de julho de 2013

Mateus 13,44-46

Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 13 44 O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
45 O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
46 Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra".
Palavra da Salvação. GLÓRIA A VÓS SENHOR!
 
REFLEXÃO
 
A relação do discípulo com o Reino deve ser de exclusividade. Em sua vida, nada pode apresentar-se como concorrente desse Reino, pois este tem a primazia em tudo, deve ser o ponto de referência para tudo, o eixo de sua existência. E tudo isto se explica como adesão e serviço total ao Reino.
Jesus comparou a radicalidade desta opção com o gesto de um homem que, ao descobrir um tesouro escondido num campo, cheio de alegria vendeu quanto possuía e adquiriu aquele campo. Essa descoberta levou-o a redimensionar o valor de suas propriedades. A posse do tesouro justificava desfazer-se de tudo o mais.
Outro ponto de comparação foi a atitude de um comerciante de pérolas preciosas: ao encontrar uma de grande valor, decidiu desfazer-se de todos os seus bens, só para adquiri-la. A posse da pérola levou-o a dar uma reviravolta em sua vida: todas as demais pérolas que possuía, bem como outras eventuais propriedades, pouco valor tinham para ele. A posse da pérola preciosa era suficiente para fazê-lo feliz.
O mesmo se passa com o Reino. Ele constitui a alegria do discípulo, embora tivera de renunciar ao que antes lhe parecia precioso. Por causa do Reino, o discípulo é capaz de tomar decisões radicais.
 
Oração
Senhor Jesus, que eu me desfaça, com coragem e alegria, de tudo quanto me impede de colocar o Reino como centro de minha vida.

(Pe. Jaldemir Vitório)

terça-feira, 30 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 30 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia - 30 de julho de 2013

Mateus 13,36-43

 A semente é de Deus a palavra, Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 36 Então despediu a multidão. Em seguida, entrou de novo na casa e seus discípulos agruparam-se ao redor dele para perguntar-lhe: Explica-nos a parábola do joio no campo.
37 Jesus respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem.
38 O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno.
39 O inimigo, que o semeia, é o demônio. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os anjos.
40 E assim como se recolhe o joio para jogá-lo no fogo, assim será no fim do mundo.
41 O Filho do Homem enviará seus anjos, que retirarão de seu Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal
42 e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes.
43 Então, no Reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o sol. Aquele que tem ouvidos, ouça.
Palavra da Salvação.
 
REFLEXÃO
JESUS explica a parábola do semeador

 Os discípulos não compreenderam a parábola do joio e do trigo. Sendo assim, como acontecera com a parábola do semeador, Jesus percebeu ser necessário dar-lhes uma explicação. E o fez, identificando cada elemento da parábola, a partir do horizonte religioso dos discípulos.
A perspectiva escatológica é patente na interpretação de Jesus. Ou seja, decifra-se o sentido da parábola, a partir do fim do mundo. Só então não haverá dúvida de quem, ao longo da vida, comportou-se como filho do Reino, identificado com o trigo, e quem se comportou como filho do Maligno, identificado com o joio. A diversidade de filiação depende do direcionamento do coração humano. Quem dirigiu seu coração para Jesus e permitiu que a semente plantada por ele pruduzisse frutos de amor e justiça, haverá de brilhar como Sol, junto do Pai. Quem, pelo contrário, optou por abrir o coração ao demônio e deixá-lo plantar aí sua semente e, por conseguinte, entregou-se a uma vida de escândalos e iniqüidades, pode contar com a condenação.
A parábola visava alertar os discípulos. Nada impedia que o demônio lançasse sua semente também em seus corações, desviando-os do caminho do amor e lançando-os nas sendas da injustiça. Se fossem suficientemente inteligentes, não teriam dificuldade em reconhecer para onde estavam caminhando.

Oração

Senhor Jesus, dá-me inteligência para reconhecer e repelir a ação do maligno, como também para acolher, com amor, a boa semente que queres plantar em meu coração.

(Pe. Jaldemir Vitório)

segunda-feira, 29 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 29 ED JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 29 de julho de 2013

João 11,19-27

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 11 19 muitos judeus tinham vindo a Marta e a Maria, para lhes apresentar condolências pela morte de seu irmão.
20 Mal soube Marta da vinda de Jesus, saiu-lhe ao encontro. Maria, porém, estava sentada em casa.
21 Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!
22 Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá".
23 Disse-lhe Jesus: "Teu irmão ressurgirá".
24 Respondeu-lhe Marta: "Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia".
25 Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.
26 E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?"
27 Respondeu ela: "Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo".
Palavra da Salvação: Glória a Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
Marta é mencionada apenas em uma cena de Lucas, e em duas cenas de João. Em Lucas, Jesus está em casa de Marta, em Betânia, Maria a seus pés e Marta servindo (Lc 10,38-42). Em João, temos o diálogo com Marta na cena da morte e ressurreição de Lázaro (evangelho de hoje), e a cena da ceia em sua casa, cinco dias antes da última ceia com os apóstolos (Jo 12,1-2). No diálogo com Jesus, Maria reafirma a crença farisaica na ressurreição do último dia. Jesus revela-lhe a sua novidade: "Eu sou a ressurreição e a vida". A ressurreição é a vida de Deus, que vence a morte e que nos é dada em Jesus. A ressurreição de Lázaro revela a continuidade da vida e a presença da vida eterna, já, naqueles que crêem em Jesus. "Todo aquele que crê em mim, não morrerá jamais". A comunidade que crê em Jesus e vive sua missão de amor é a comunidade dos que já estão inseridos na vida divina e eterna.

domingo, 28 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 28 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia  28 de julho de 2013.

Lucas 11,1-13

Aleluia, aleluia, aleluia.
Recebestes o Espírito de adoção; é por ele que clamamos: Aba, Pai! (Rm 8,15)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
11 1 Um dia, num certo lugar, estava Jesus a rezar. Terminando a oração, disse-lhe um de seus discípulos: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”.
2 Disse-lhes ele, então: “Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso Reino;
3 dai-nos hoje o pão necessário ao nosso sustento;
4 perdoai-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos àqueles que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação”.
5 Em seguida, ele continuou: Se alguém de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: “Amigo, empresta-me três pães,
6 pois um amigo meu acaba de chegar à minha casa, de uma viagem, e não tenho nada para lhe oferecer;
7 e se ele responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta já está fechada, meus filhos e eu estamos deitados; não posso levantar-me para te dar os pães’;
8 eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães necessitar.
9 E eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
10 Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá.
11 Se um filho pedir um pão, qual o pai entre vós que lhe dará uma pedra? Se ele pedir um peixe, acaso lhe dará uma serpente?
12 Ou se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á porventura um escorpião?
13 Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem”.
Palavra da Salvação
 
REFLEXÃO
 
A MISERICÓRDIA DO PAI CELESTE O traço mais característico do Pai, transmitido nos Evangelhos, é a misericórdia. Por isso, ao ensinar os discípulos a rezar, Jesus revela-lhes o rosto misericordioso do Pai, e os exorta a contar sempre com ele. Um dado fundamental: é preciso ser perseverante, quando se trata de recorrer ao Pai. Só ele conhece o momento oportuno de atender a quem lhe pede ajuda. Contudo, ninguém perde por esperar.
A argumentação de Jesus funda-se na insuperável misericórdia divina. Se nenhum pai humano, por pior que seja, responderia à súplica de um filho, dando-lhe algo nocivo, quanto mais o Pai celeste. Sua bondade infinita responde generosamente a quem lhe suplica. E ninguém fica decepcionado, pois é garantida a sua intervenção em favor de seus filhos.
A oração do Pai-Nosso é o resumo de tudo de que há de bom e que o discípulo pode desejar obter do Pai. Para rezá-lo, o orante deverá despojar-se de suas ambições pessoais e sintonizar-se com a misericórdia divina. Por isso, seu desejo é ver santificado o nome do Pai celeste, e concretizado seu Reino, na história humana. Seus anseios abrem-se para as relações interpessoais e se manifestam na esperança de ver o pão ser partilhado entre todos, os pecados, perdoados, e o ser humano, livre das insídias do Maligno. Só um coração misericordioso, à imitação do Pai, poderá nutrir tais desejos!
OraçãoEspírito que despoja do egoísmo, sintoniza-me com a misericórdia do Pai, tirando de mim tudo quanto me fecha nos estreitos limites de minhas ambições pessoais.

(Pe. Jaldemir Vitório)

sábado, 27 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 27 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 27 de junho de 2013 - Mateus 13,24-30
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Acolhei docilmente a palavra semeada em vós, meus irmãos; ela pode salvar vossas vidas! (Tg 1,21)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 13 24 Jesus propôs-lhes outra parábola: "O Reino dos céus é semelhante a um homem que tinha semeado boa semente em seu campo.
25 Na hora, porém, em que os homens repousavam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e partiu.
26 O trigo cresceu e deu fruto, mas apareceu também o joio.
27 Os servidores do pai de família vieram e disseram-lhe: ‘Senhor, não semeaste bom trigo em teu campo? Donde vem, pois, o joio?
28 Disse-lhes ele: ‘Foi um inimigo que fez isto!’ Replicaram-lhe: ‘Queres que vamos e o arranquemos?´
29 ‘Não, disse ele; arrancando o joio, arriscais a tirar também o trigo.
30 Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifadores: arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar. Recolhei depois o trigo no meu celeiro’".
Palavra da Salvação:
GLÓRIA A VÓS SENHOR!
 
REFLEXÃO
 
 Os discípulos do Reino, enviados em missão, não podem se iludir, pensando que são os únicos a semear a Palavra de Deus no coração das pessoas. Esta encontra sérios concorrentes, com os quais eles não podem compactuar, pois suas propostas não se encaixam. Não existe acordo possível!
A boa e a má semente são semeadas num mesmo terreno. Ao brotarem e crescerem, aparentemente se assemelham. É preciso ter paciência e suportar a convivência de ambas. Virá o tempo em que a diferença entre elas será patente. Então, a separação poderá ser feita.
A revelação deste aspecto do Reino tinha aplicação prática para os discípulos do Reino. Havia, entre eles, uma insatisfação pelo fato de a comunidade ser formada por gente de boa vontade, desejosa de ser fiel ao Reino anunciado por Jesus, e por quem não se deixava transformar por esse Reino. Instintivamente, vinha-lhes o desejo de expulsar da comunidade esta segunda classe de gente. Parecia-lhes ser o joio em meio ao trigo semeado por Jesus. A parábola mostra que, ao fazer a separação, poderiam se enganar. Muitos que pareciam ser joio, no fundo, eram trigo e vice-versa. Competia a Jesus, na condição de juiz da humanidade, determinar quem era quem. O julgamento humano podia ser falho.
 
Oração
Senhor Jesus, faze-me paciente para conviver com o joio que existe em mim e na comunidade, sem querer arvorar-me em juiz dos meus irmãos.

(Pe. Jaldemir Vitório)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

SÃO JOAQUIM E SANT'ANA, PAIS DE MARIA, NOSSA SENHORA

SALVE MARIA!
Segue abaixo breve relato sobre Joaquim e Ana, pais de Maria,  Nossa Senhora, Mãe de Jesus.
 
 
SÃO JOAQUIM E SANT'ANA
 
 
          Hoje festejamos os pais de Maria Santíssima. Uma antiga tradição, com raízes no século II, atribui-lhes o nome de Joaquim e Ana. Independentemente deste fato, a celebração se liga intimamente à realização do mistério de Cristo, nascido da Virgem Maria. O ofício divino traz, em sua segunda leitura, um texto de S. João Damasceno (749), considerado o último dos Santos Padres do Oriente. Sendo monge, ele foi ordenado presbítero pelo Patriarca de Jerusalém João V. Pelos inúmeros escritos, pela amplidão dos temas tratados e, particularmente, pela santidade de vida, ele é considerado um dos teólogos mais notáveis da Igreja oriental. Entre os seus escritos destacam-se os que se referem à Mãe de Deus, nos quais se encontram riquíssimas informações hauridas de tradições antigas a respeito da vida de Maria. Ele fala dos seus pais, nomeando-os Joaquim e Ana. Eis um belo trecho da sua obra:
          “Ó casal feliz, Joaquim e Ana! A vós toda a criação se sente devedora. Pois foi por vosso intermédio que a criatura ofereceu ao Criador o mais valioso de todos os dons, isto é, a mãe pura, a única que era digna do Criador. Alegra-te, Ana ‘estéril, que nunca foste mãe, exulta e regozija-te, tu que nunca deste à luz’ (Is 54,1). Rejubila-te, Joaquim, porque de tua filha nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; o nome que lhe foi dado é: Anjo do grande conselho, salvação do mundo inteiro, Deus forte. Este menino é Deus”.
          Mais adiante, ele proclama: “Ó casal feliz, Joaquim e Ana, sem qualquer mancha! Sereis conhecidos pelo fruto de vossas entranhas, como disse o Senhor certa vez: ‘Vós os conhecereis pelos seus frutos’ (Mt 7,16). Gerastes para o mundo a mãe de Deus, que foi mãe sem a participação de homem algum. Levando, ao longo de vossa existência, uma vida santa e piedosa, gerastes uma filha que é superior aos anjos e agora é rainha dos anjos. Ó formosíssima e dulcíssima jovem! Felizes o pai e a mãe que te geraram!”
          S. João Damasceno, após essas belíssimas páginas de louvor àquela que foi o fruto precioso do matrimônio de Joaquim e Ana, conclui exaltando a beleza e a grandeza da santidade do casal, celebrado hoje pela Igreja em todo o mundo.
Dom Fernando Antônio Figueiredo

EVANGELHO DO DIA 26 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 26 de julho de 2013 - Mateus 13,16-17
 
Esperavam estes pais a redenção de Israel, e o Espírito do Senhor estava sobre eles (Lc 2,25).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 16 Disse Jesus aos seus discípulos: “Quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem!
17 Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram”.
Palavra da Salvação.
 
REFLEXÃO
POR QUE FALAR EM PARÁBOLAS? Jesus teve motivos para escolher o método parabólico como meio de comunicar os mistérios do Reino. As parábolas exigiam, por parte dos ouvintes, uma grande capacidade de entrar em comunhão com Jesus, para poder captar-lhe a mensagem. Caso contrário, não se ia muito além da materialidade das palavras. E a parábola não passava de uma historinha meio sem graça, por falar de coisas evidentes. A mensagem das parábolas estava escondida atrás das palavras e só era captada por quem fosse capaz de buscar seu sentido oculto.
Por outro lado, a linguagem das parábolas era simples, mas exigia interpretação por parte dos ouvintes. As parábolas escondiam uma mina inesgotável de ensinamentos. Cada pessoa que as escutava podia descobrir uma mensagem particular e, com isso, iluminar a própria experiência de consagração ao Reino.
Sendo assim, ao mesmo tempo em que a mensagem das parábolas era compreendida por uns, permanecia incompreensível para outros. A uns era dado compreender os mistérios do Reino, a outros não. Seria isto um preconceito de Jesus em relação a algumas pessoas? Não! A compreensão dos mistérios do Reino não é dada a quem, de antemão, se fecha para Jesus. Seria perda de tempo querer comunicar-lhes o que não querem receber. Feliz é quem abre olhos e ouvidos para acolher Jesus!
OraçãoSenhor Jesus, faze-me conhecer os mistérios do Reino, para que eu possa trilhar, com segurança, os caminhos do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 25 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 25 de julho de 2013 -  Mateus 20,20-28
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, assim disse o Senhor (Jo 15,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 20 20 aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica.
21 Perguntou-lhe ele: "Que queres?" Ela respondeu: "Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda".
22 Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu devo beber?" "Sim", disseram-lhe.
23 "De fato, bebereis meu cálice. Quanto, porém, ao sentar-vos à minha direita ou à minha esquerda, isto não depende de mim vo-lo conceder. Esses lugares cabem àqueles aos quais meu Pai os reservou".
24 Os dez outros, que haviam ouvido tudo, indignaram-se contra os dois irmãos.
25 Jesus, porém, os chamou e lhes disse: "Sabeis que os chefes das nações as subjugam, e que os grandes as governam com autoridade.
26 Não seja assim entre vós. Todo aquele que quiser tornar-se grande entre vós, se faça vosso servo.
27 E o que quiser tornar-se entre vós o primeiro, se faça vosso escravo.
28 Assim como o Filho do Homem veio, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por uma multidão".
Palavra da Salvação: GLÓRIA A VÓS SENHOR!
 
REFLEXÃO
 
Tiago e João são os filhos de Zebedeu. O Evangelho de Marcos nomeia os dois, explicitamente, nesta cena; porém, Mateus menciona a mãe deles como sendo quem faz o pedido a Jesus. Talvez Mateus queira eximir os homens de tal pedido equivocado, que reflete a ambição do poder, quando Jesus dá pleno testemunho de que veio para servir humildemente, com amor. Em resposta, ele rejeita o comum abuso de poder em vigor nas sociedades, propondo um novo relacionamento entre as pessoas. Além de Tiago, irmão de João, identificado como "Tiago Maior", no Segundo Testamento é mencionado outro Tiago, "o irmão do Senhor", ou "Tiago Menor", que foi o chefe da Igreja de Jerusalém.

(O comentário feito pelo Pe. Jaldemir Vitório

quarta-feira, 24 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 24 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do Dia - 24 de julho de 2013

Mateus 13,1-9

Aleluia, aleluia, aleluia.
A semente é de Deus a palavra, Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 1 Naquele dia, saiu Jesus e sentou-se à beira do lago.
2 Acercou-se dele, porém, uma tal multidão, que precisou entrar numa barca. Nela se assentou, enquanto a multidão ficava à margem.
3 E seus discursos foram uma série de parábolas.
4 Disse ele: "Um semeador saiu a semear. E, semeando, parte da semente caiu ao longo do caminho; os pássaros vieram e a comeram.
5 Outra parte caiu em solo pedregoso, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque a terra era pouco profunda.
6 Logo, porém, que o sol nasceu, queimou-se, por falta de raízes.
7 Outras sementes caíram entre os espinhos: os espinhos cresceram e as sufocaram.
8 Outras, enfim, caíram em terra boa: deram frutos, cem por um, sessenta por um, trinta por um.
9 Aquele que tem ouvidos, ouça".
Palavra da Salvação. - Glória à Vós Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
Parábola do semeador
 
            Na introdução à parábola do semeador, o evangelista fala-nos que Jesus “saindo de casa, sentou-se junto ao mar”. Ele deseja levar os leitores à compreensão de que Jesus, enviado pelo Pai, saiu de junto de Deus para vir ao mundo. As primeiras palavras da parábola nos sugerem uma ideia semelhante: “Saiu o semeador a semear”. Referem-se a Jesus, o Filho de Deus, que vai à multidão e, no dizer de S. João Crisóstomo, “torna-se mais próximo a nós pela sua Encarnação”.  A semente lançada em terra é ele mesmo que, mediante sua palavra, busca penetrar cada coração e aí criar raízes e dar frutos. S. Cirilo de Alexandria assevera que “Jesus é o verdadeiro Semeador”. Tudo o que há de bom, ele “comunica a nós, terra boa, que produz frutos espirituais”. 
            Delineia-se a aventura da semente caindo no terreno dos corações humanos. A parábola alcança, então, sua intenção principal: salientar o destino da semente. Proveniente do alto, ela germina de acordo com a qualidade de cada terreno. Com efeito, “uma parte foi lançada à beira do caminho”, terreno “pisado pelos pés de todos”. Escreve S. Cirilo de Jerusalém: “Grão pronto a ser levado pelos pássaros, que são os espíritos imundos”. Outra parte das sementes “foi semeada em lugares pedregosos”. “Não é capaz de criar raízes e logo sucumbe, face à tribulação ou à perseguição por causa da Palavra”. Significa ter uma fé superficial. S. Cirilo volta a dizer: “Não há aprofundamento do mistério e sua piedade é evanescente e sem raiz. Eles são fracos no espírito”. Diz, ainda, a parábola: “outra parte cai entre os espinhos”. S. Jerônimo comenta: “Os espinhos representam os corações dos que se tornam escravos dos prazeres e dos cuidados deste mundo. Sufocam a Palavra de Deus e fragilizam a robustez da virtude”.
Se alguns grãos não têm sucesso, tal fato é superado pelo número vertiginoso do tríplice rendimento do grão que encontra terra boa. Ela produz “fruto à razão de cem, sessenta e trinta por um”. De fato, a luz divina, ainda que vislumbrada através de uma estreita fresta, dilata prodigiosamente a alma. Ela se transforma e, purificada, irradia justiça, paz e alegria espirituais.  Ela produz frutos em abundância. Então, escreve S. Vicente de Paulo, “à luz da fé percebereis que os pobres estão no lugar do Filho de Deus que escolheu ser pobre. Tereis os mesmos sentimentos de Cristo e imitareis aquilo que ele fez; ter cuidado pelos indigentes, consolá-los, auxiliá-los, dar-lhes valor”.
            Na conclusão, diz Jesus: “Quem tem ouvidos, ouça”. Forte, solene e conciso apelo. O terreno corresponde à disposição interior do coração humano. Depende da acolhida dada à sua Palavra. A responsabilidade cabe a cada pessoa em sua liberdade. S. João Crisóstomo destaca que “não tem culpa, nem o lavrador, nem a semente, mas a terra que a recebe, e mesmo assim não por causa da natureza, mas por força da intenção e da disposição”. S. Basílio Magno pergunta-se: “Como compreender as palavras de Jesus: ‘Quem tem ouvidos para entender, entenda’”? Continua ele: “É evidente que alguns possuem ouvidos melhores e melhor podem entender as palavras de Deus. Mas o que dizer dos que não têm tais ouvidos? ‘Surdos, ouvi, e vós cegos, vede’ (Isaías 42,18). Expressões todas elas usadas em relação ao homem interior”.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)

terça-feira, 23 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 23 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 23 de julho de 2013 - Mateus 12,46-50
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Que me ama, realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 12 46 Jesus falava ainda à multidão, quando veio sua mãe e seus irmãos e esperavam do lado de fora a ocasião de lhe falar.
47 Disse-lhe alguém: "Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar-te".
48 Jesus respondeu-lhe: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?"
49 E, apontando com a mão para os seus discípulos, acrescentou: "Eis aqui minha mãe e meus irmãos.
50 Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".
Palavra da Salvação.
 
REFLEXÃO
 
Os verdadeiros parentes de Jesus

          O amor e o respeito de Jesus para com sua mãe e parentes são inquestionáveis. Maria e seus irmãos desejam vê-lo, mas a multidão que o rodeava era grande e eles não conseguem chegar até ele. Os discípulos notam a presença deles e avisam Jesus. Sem desprezar seus parentes, ele aproveita a ocasião para conduzir seus ouvintes ao essencial da sua missão: seu relacionamento com o Pai celestial. Por isso, elevando a voz, ele dirige-se a todos e fala-lhes da filiação divina. É a filiação espiritual, pertença à família de Deus, da qual se participa pela fé. Maria não a desconhece. Já no milagre das bodas de Caná, contempla-se sua atitude confiante, pois, situando-se na ordem da fé, ela diz aos serventes: “Façam tudo o que Ele mandar”. S. Agostinho, meditando sobre essa passagem, exclama: “A nobreza do nascido se manifestou na virgindade da mãe, e a nobreza da mãe na divindade do nascido”.
        Jesus tem uma intenção precisa. Ele reconhece como parentes os que são obedientes à Palavra, portanto, autênticos filhos do Pai que está nos céus. Por isso, diz ele: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” Escreve Teodoro de Mopsuéstia: “Ele os interroga não para afastar a mãe e os irmãos, mas para reafirmar que prefere a afinidade espiritual a todo parentesco corpóreo”. As palavras do Mestre, dirigidas a todos os discípulos, visam convocá-los a fazer parte da Aliança, tornando-os membros de uma nova família, a família dos “santos”, aqui na terra e no céu.
Se a grandeza de Maria repousa sobre o fato de ela ser a Mãe do Filho de Deus, muito mais sobre o fato de ela ser mulher de fé. Ela é toda acolhida da Palavra de Deus, que, por obra do Espírito Santo, nela se encarnou. Eis a sua glória! Referindo-se à Mãe de Jesus, diz S. Agostinho: “Santa Maria fez a vontade do Pai e a fez inteiramente; por isso vale mais para Maria ter sido discípula de Jesus do que sua Mãe. Feliz era Maria, porque antes de gerá-lo, já o trazia em seu coração”. Eis a função de Maria no interior da missão de seu Filho Jesus: Ser modelo de fé para todos os que seguem seu divino Filho! Também nós, na medida em que acolhemos a Palavra de Deus e ela se efetiva em nós, tornamo-nos membros da família espiritual, da qual Maria é a mãe.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 22 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
EVANGELHO DO DIA 22 DE JULHO DE 2013

João 20,1-2.11-18

Aleluia, aleluia, aleluia.
Responde-nos, ó Maria, no teu caminho o que havia? Vi Cristo ressuscitado, o túmulo abandonado!

 20 1 No primeiro dia que se seguia ao sábado, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. Viu a pedra removida do sepulcro.
2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: "Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!"
11 Entretanto, Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro.
12 Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13 Eles lhe perguntaram: "Mulher, por que choras?" Ela respondeu: "Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram".
14 Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu.
15 Perguntou-lhe Jesus: "Mulher, por que choras? Quem procuras?" Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: "Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar".
16 Disse-lhe Jesus: "Maria!" Voltando-se ela, exclamou em hebraico: "Rabôni!" (que quer dizer Mestre).
17 Disse-lhe Jesus: "Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes: ‘Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus’".
18 Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.
Palavra da Salvação.
 
REFLEXÃO
 
O SEPULCRO VAZIO Os discípulos começaram a se dar conta da ressurreição do Senhor, ao se depararem com o sepulcro vazio. Maria Madalena, alarmada, pensou que o corpo de Jesus tivesse sido retirado, à surdina, e colocado num outro lugar. Pedro, tendo acorrido para se inteirar dos fatos, apenas constatou onde estavam o lençol e os demais panos com que Jesus havia sido envolvido. O discípulo amado, este sim, começou a perceber que algo de muito extraordinário havia acontecido. Por isso, foi capaz de passar da constatação do sepulcro vazio à fé: "Ele viu e acreditou".
O sepulcro vazio, por si só, não podia servir de prova para a ressurreição do Senhor. Seria sempre possível acusar os cristãos de fraude. Poderiam ter dado sumiço ao cadáver de Jesus, e sair dizendo que ele ressuscitara. Era preciso ir além e descobrir, de fato, onde estava o corpo do Mestre.
O discípulo amado, de imediato, cultivou a esperança de encontrar-se com o Senhor. Sua fé consistiu na certeza de que o Mestre estava vivo, não no sepulcro, porque ali não era o seu lugar. Senhor da vida, não poderia ter sido derrotado pela morte. Filho amado do Pai, as forças do mal não poderiam prevalecer sobre ele. Embora sem ter chegado ao pleno conhecimento do fato, a fé na ressurreição despontava no coração do discípulo amado.
 
(Pe. Jaldemir Vitório)
OraçãoEspírito de ressurreição, como o discípulo amado, creio que o Crucificado venceu a morte e as forças do mal.

domingo, 21 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 21 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA
 
21 de julho de 2013

Lucas 10,38-42

Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8,15

10 38 Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher, chamada Marta, o recebeu em sua casa.
39 Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-lo falar.
40 Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude”.
41 Respondeu-lhe o Senhor: “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas;
42 no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada”.
 
REFLEXÃO
 
Lc 10,38-42: Marta e Maria

          O texto narra que Jesus e seus Apóstolos “estavam a caminho”. Expressão esta utilizada, algumas vezes, para indicar a subida do Senhor a Jerusalém. Através de outras informações bíblicas, sabe-se que a casa de Marta e Maria distava uns três quilômetros da cidade santa. Como mais tarde Zaqueu, Marta recebe Jesus em sua casa. Fato que desperta em nós o desejo de recebê-lo em nossa casa, em nossa vida. Enquanto Marta, pelo muito serviço, estava ocupada, Maria, sua irmã, permanecia “sentada aos pés do Senhor, escutando sua palavra”.  Atitude característica dos discípulos, atentos à palavra do Mestre.
          Marta, em meio aos muitos afazeres, solicita a ajuda de sua irmã. A resposta afetuosa de Jesus a alerta para não se inquietar nem se agitar, embora seu gesto refletisse a delicadeza de uma amizade que jamais pensa ter feito o suficiente. Porém, julgando propícia a ocasião, Jesus a remete ao alimento essencial: à sua Palavra. Cláusula irrenunciável, que resume a prece e a vida, e que será exaltada logo a seguir ao se referir a Maria.  
          Diz Jesus: “Uma só coisa é necessária e Maria escolheu a melhor parte”. Frase muito comentada nos primeiros séculos da vida da Igreja. Por exemplo, S. Efrém não hesita em preferir o amor atuante de Marta ao repouso contemplativo de Maria, enquanto outros autores estabelecem a superioridade da escuta da Palavra sobre o serviço aos pobres. Orígenes une os dois aspectos, afirmando que o “segredo do amor será apreendido por aquele que se entrega à ação, com a condição de ele se aplicar ao mesmo tempo à contemplação, à doutrina e à ação. Não há ação nem contemplação válidas, uma sem a outra”. S. João Crisóstomo reconhece que Jesus “respondendo à Marta não censura o trabalho, nem a ação, mas quer que se considere o tempo. Pois não se pode preterir o tempo da instrução espiritual. Advoga-se não o ócio, mas a escuta da palavra. Defende-se a hospitalidade, sem minimizar o tempo da instrução”.
          Eis a grande lição do presente relato: A escuta do Evangelho é o tesouro, a pérola, o único necessário, ao qual se sacrificam todas as demais coisas. Dela procede a escala de valores da vida do cristão. Desviar-se dela significa precipitar-se no abismo do vazio de sentido: é voltar-se contra si mesmo, caindo em estéril agitação. Assim, na livre escolha da vocação, a vida ativa e a contemplativa devem se conjugar, escreve S. Ambrósio, “pois se Marta não tivesse escutado a Palavra, ela não teria assumido o serviço”, na tranquila e operosa obediência ao Senhor.
Dom Fernando Antônio Figueiredo

sábado, 20 de julho de 2013

EVANGELHO DO DIA 20 DE JULHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
EVANGELHO DO DIA 20 DE JULHO DE 2013

Mateus 12,14-21

12 14 Os fariseus saíram dali e deliberaram sobre os meios de matar Jesus.
15 Jesus soube disso e afastou-se daquele lugar. Uma grande multidão o seguiu, e ele curou todos os seus doentes.
16 Proibia-lhes formalmente falar disso,
17 para que se cumprisse o anunciado pelo profeta Isaías:
18 “Eis o meu servo a quem escolhi, meu bem-amado em quem minha alma pôs toda sua a afeição. Farei repousar sobre ele o meu Espírito e ele anunciará a justiça aos pagãos.
19 Ele não disputará, não elevará sua voz; ninguém ouvirá sua voz nas praças públicas.
20 Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar a justiça.
21 Em seu nome as nações pagãs porão sua esperança”.
Palavra da Salvação.
 
REFLEXÃO
Na interpretação da lei do sábado, Jesus coloca em causa não só a sua observância, mas a questão da vinda do Messias. Os fariseus esperavam um Messias glorioso e cheio de poder.  Por outro lado, os profetas o apresentavam humilde e perseguido. O profeta Isaías o descreve como o “Servo sofredor de Javé”. S. João Crisóstomo observa que “o testemunho de Isaias sobre Jesus é citado para aliviar o peso da hostilidade dos fariseus e, igualmente, revela que Ele deveria vir na humildade, trazendo paz”.
          A figura do Servo sofredor assinala a importância de sua vida e de sua morte, pois ungido pelo Espírito de Amor e, em comunhão perfeita com Deus Pai, ele veio para oferecer a Redenção e a Salvação à humanidade. Nesse sentido, ele não só exerce uma atividade essencial para o futuro dos homens, mas, mais do que ninguém, representa-nos junto de Deus e, com seu testemunho, assegura-nos a visão e a assimilação a Deus, concedidas a nós na vida eterna.
Por isso, suas palavras e atitudes soam como um forte apelo à conversão e à preparação interior para acolher a sua divina mensagem. Como “servo sofredor”, Ele nos induz a sermos simples e humildes e a nos colocarmos totalmente a serviço de nossos semelhantes, pois, no dizer de Apolinário de Laodiceia, “ele ensinou com o exemplo da sua vida a não alardear ou louvar as próprias ações, mas a conduzir uma vida respeitosa, acompanhada de ações virtuosas”.
Jesus não se põe à frente de exércitos, nem se apresenta como um reformador ou revolucionário, segundo o parecer de seus conterrâneos a respeito do Messias. Ele se manifesta compreensivo e misericordioso, sempre pronto a socorrer os pecadores e a reavivar os ânimos abatidos. Cabe-nos ouvir e acolher a Palavra por Ele proclamada, que restaura nossa liberdade e nos torna artífices de um mundo novo, integralmente renovado e plenamente santificado.

Dom Fernando Antônio Figueiredo