sexta-feira, 7 de junho de 2013

EVANGELHO DO DIA 07 DE JUNHO DE 2013

SALVE MARIA!

EVANGELHO DO DIA - Lucas 15,3-7

Tomai sobre vós o meu jugo e de mim aprendei, que sou de manso e humilde coração (Mt 11,29).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
15 3 Jesus propôs aos escribas e fariseus a seguinte parábola:
4 “Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5 E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo,
6 e, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: ‘Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido’.
7 Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.
Palavra da Salvação.


REFLEXÃO
Para não incorrerem em impurezas legais, os fariseus tinham estabelecido regras rigorosas sobre como se manterem distantes dos assim considerados pecadores. Eles negavam emprestar-lhes dinheiro ou lhes pedir algo. Não lhes davam uma filha em casamento, nem os convidavam como hóspedes. Por isso, mostram-se escandalizados diante do modo como Jesus acolhia os pecadores, frequentando suas casas e “comendo com eles”. S. Cirilo de Alexandria os interroga: “Dize-me, fariseu, por qual motivo lamentas que Cristo não se tenha negado a estar com publicanos e pecadores, mas lhes tenha proporcionado os meios de salvação?” Aliás, o próprio Jesus lhes responde contando duas parábolas: a da ovelha desgarrada e da dracma perdida.
No relato da ovelha desgarrada os verbos “buscar-encontrar” revelam, antes de tudo, a iniciativa do Pastor e o seu cuidado para com todas as ovelhas. Observa S. Máximo: “Ele não se esquece, nem mesmo da mais insignificante, pois Ele se recorda de todas”. S. Ambrósio, num lampejo brilhante de visão espiritual, observa que “os ombros de Cristo, sobre os quais ele coloca a ovelha perdida, são os braços da Cruz, que abraçam a todos, pois ele veio salvar, justamente, aquele que estava perdido”. As palavras do Senhor nos lançam nos espaços do seu amor para com os “pequenos”,pois em seu coração palpita o divino desejo de que nenhuma das ovelhas se perca. Impõe-se um imperativo: jamais deixar de acolher ou escandalizar qualquer uma delas. Pois ela é objeto do terno carinho do Pastor que conhece e chama cada uma “por seu nome” próprio, insubstituível. A dor e a ansiedade do pastor, quando uma delas se perde, transformam-se em alegria e festa ao encontrá-la.
Jesus veio não para condenar, mas sim para salvar os pecadores, jamais rejeitados, não meramente censurados ou lamentados. Não há regozijo com a perda deles. No Evangelho de S. João, o Bom Pastor demonstra sua ternura, velando para que ninguém se perca. Atitude que o leva a chamar os pecadores para se assentarem à mesa com ele, o que provoca a exclamação de S. Efrém: “Espetáculo admirável: os anjos temem, por causa de sua grandeza, e os pecadores comem e bebem com Ele”.
Em suma, refletindo sobre essa parábola, dizemos com S. Basílio Magno: “O bom Pastor vai ao teu encontro e se tu te dás a ele, ele não hesitará e não desdenhará na sua bondade em te colocar sobre seus ombros, alegrando-se por ter encontrado a ovelha que estava perdida. E se alguém protesta que tu foste acolhida imediatamente, o próprio Pai falará em tua defesa dizendo: É necessário festejar e alegrar-se, porque esta minha filha estava morta e agora retornou à vida, estava perdida e foi reencontrada”.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)

domingo, 2 de junho de 2013

EVANGELHO DO DIA 02 DE JUNHO DE 2013

SALVE MARIA!
 
EVANGELHO DO DIA - Lucas 7,1-10

Deus o mundo tanto amou, que seu Filho entregou! Quem no Filho crê e confia, nele encontra eterna vida! (Jo 3,16)


Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
7 1 Tendo Jesus concluído todos os seus discursos ao povo que o escutava, entrou em Cafarnaum.
2 Havia lá um centurião que tinha um servo a quem muito estimava e que estava à morte.
3 Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, rogando-lhe que o viesse curar.
4 Aproximando-se eles de Jesus, rogavam-lhe encarecidamente: “Ele bem merece que lhe faças este favor,
5 pois é amigo da nossa nação e foi ele mesmo quem nos edificou uma sinagoga”.
6 Jesus então foi com eles. E já não estava longe da casa, quando o centurião lhe mandou dizer por amigos seus: “Senhor, não te incomodes tanto assim, porque não sou digno de que entres em minha casa;
7 por isso nem me achei digno de chegar-me a ti, mas dize somente uma palavra e o meu servo será curado.
8 Pois também eu, simples subalterno, tenho soldados às minhas ordens; e digo a um: ‘Vai ali!’ E ele vai; e a outro: ‘Vem cá!’ E ele vem; e ao meu servo: ‘Faze isto!’ E ele o faz.
9 Ouvindo estas palavras, Jesus ficou admirado. E, voltando-se para o povo que o ia seguindo, disse: “Em verdade vos digo: nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”.
10 Voltando para a casa do centurião os que haviam sido enviados, encontraram o servo curado.
 
REFLEXÃO
Ao atender o pedido do oficial romano, Jesus ensinou aos seus discípulos a estarem prontos para realizar uma missão universal, para além dos limites do povo de Israel. Esta advertência justifica-se, se considerarmos a mentalidade segregacionista de seus contemporâneos, para os quais o contato com os pagãos deveria ser ciosamente evitado.
O pedido do oficial romano, que chegou até Jesus pela mediação de alguns judeus, foi aceito de imediato. O Mestre dispôs-se a ir até onde se encontrava o homem enfermo, a fim de curá-lo, sem se importar com o perigo de contrair impureza. Então o oficial, agiu com extrema delicadeza. Ao pensar que seria constrangedor para o judeu Jesus ter de entrar na casa de um pagão, sugeriu-lhe fazer o milagre à distância, sem o incômodo de infringir as rigorosas leis religiosas de seu povo. O segundo pedido do oficial foi uma inequívoca confissão de fé. Ele merecia ser atendido sem demora.
A constatação da "fé" deste pagão, maior que a de qualquer israelita, era um alerta para os discípulos: deveriam estar atentos à boa-vontade dos pagãos, em acolher o Reino. Se, fora de Israel, o Reino produzia seus efeitos nos corações das pessoas, por que limitar seu anúncio aos israelitas? O Reino não era propriedade particular de ninguém. Quem o acolhesse na fé, estaria em condições de ser agraciado por ele.
(Pe. Jaldemir Vitório)
 
OraçãoEspírito de universalidade, sensibiliza meu coração para acolher os apelos que me vêm da humanidade sofredora, para a qual devo ser testemunha do Reino.

sábado, 1 de junho de 2013

EVANGELHO DO DIA 01 DE JUNHO DE 2013

SALVE MARIA
EVANGELHO DO DIA - Marcos 11,27-33
 
A palavra de Cristo ricamente habite em vós, dando graças, por ele, a Deus Pai! (Cl 3,16s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
11 27 Jesus e seus discípulos voltaram outra vez a Jerusalém. E andando Jesus pelo templo, acercaram-se dele os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos,
28 e perguntaram-lhe: "Com que direito fazes isto? Quem te deu autoridade para fazer essas coisas?"
29 Jesus respondeu-lhes: "Também eu vos farei uma pergunta; respondei-ma, e dir-vos-ei com que direito faço essas coisas.
30 O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me."
31 E discorriam lá consigo: "Se dissermos: Do céu, ele dirá: Por que razão, pois, não crestes nele?
32 Se, ao contrário, dissermos: Dos homens, tememos o povo." Com efeito, tinham medo do povo, porque todos julgavam ser João deveras um profeta.
33 Responderam a Jesus: "Não o sabemos." "E eu tampouco vos direi, disse Jesus, com que direito faço estas coisas."
Palavra da Salvação.
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que eu saiba descobrir, na raiz de tuas palavras e ações, a autoridade conferida a ti pelo Pai.
 
REFLEXÃO
Os ensinamentos de Jesus deixavam perplexos certos tipos de ouvintes, especialmente, os mestres da Lei e os detentores da autoridade religiosa. Jesus não se identificava com nenhuma das correntes religiosas da época e mantinha sua autonomia em relação às tendências em voga. Por outro lado, seu saber não tinha sido adquirido junto a nenhum mestre famoso. E de onde provinha sua capacidade de realizar gestos prodigiosos? A ausência destes referenciais gerava suspeitas sobre as credenciais de Jesus para o exercício de suas atividades de pregador e taumaturgo.
Jesus esquivou-se de responder a seus críticos, quando foi confrontado com a questão da autoridade com que realizava gestos prodigiosos. Ele tinha consciência de estar agindo com a autoridade concedida pelo Pai. Ou seja, a fonte de suas palavras e ações era o Pai. Esse havia confiado ao filho proclamar o Reino de Deus e realizar as obras sinalizadoras de sua presença. O Pai garantia, portanto, a ação do Filho.
Os mestres da Lei e os anciãos não conheciam outros caminhos para obter competência para o ministério senão os convencionais. E teriam ridicularizado Jesus se este invocasse o Pai como fundamento de sua ação. Por isso, Jesus não lhes responde. Quem está sintonizado com Jesus, sabe muito bem com que autoridade ele exerce seu ministério.
(Pe. Jaldemir Vitório)