SALVE MARIA!
Evangelho do dia 31 de janeiro de 2014
Ano C - Marcos 4, 26-34
Aleluia, aleluia, aleluia.
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 4 26 Jesus dizia também à multidão: “O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra.
27 Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota e cresce, sem ele o perceber.
28 Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga.
29 Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita”.
30 Dizia ele: “A quem compararemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos?
31 É como o grão de mostarda que, quando é semeado, é a menor de todas as sementes.
32 Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra”.
33 Era por meio de numerosas parábolas desse gênero que ele lhes anunciava a palavra, conforme eram capazes de compreender.
34 E não lhes falava, a não ser em parábolas; a sós, porém, explicava tudo a seus discípulos.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 4 26 Jesus dizia também à multidão: “O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra.
27 Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota e cresce, sem ele o perceber.
28 Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga.
29 Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita”.
30 Dizia ele: “A quem compararemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos?
31 É como o grão de mostarda que, quando é semeado, é a menor de todas as sementes.
32 Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra”.
33 Era por meio de numerosas parábolas desse gênero que ele lhes anunciava a palavra, conforme eram capazes de compreender.
34 E não lhes falava, a não ser em parábolas; a sós, porém, explicava tudo a seus discípulos.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Parábola da semente que germina por si só
Em todas as parábolas do Reino, Jesus destaca que a iniciativa é sempre de Deus. Apesar de que os meios sugeridos sejam bem simples: fermento, semente, os resultados são extraordinários. A propósito, comenta S. Ambrósio: “O Reino cresce em silêncio com os bons pensamentos humanos” e, nesse mesmo sentido, S. Gregório Magno fala da semente, que semeada no coração, “permite-nos conceber bons desejos”. “O seu crescimento é constante: no início, quando começamos a fazer o bem, somos ainda erva, mas quando progredimos na prática do bem, crescemos e chegamos a ser espigas. Finalmente, já sólidos na prática do bem, alcançamos a perfeição e, como espigas, seremos grãos maduros”.
Contando parábolas, Jesus sugere aos seus discípulos a forma discreta e humilde de como se instalará o Reino de Deus ou a sua realeza sobre o mundo. Deus já está presente entre nós, agindo e transformando nossa história. Em Jesus, a grande novidade é que o Deus vivo age agora, superando tudo quanto se deu até então, e o seu Reino não é só iminente, mas já lá está ao nosso alcance. A questão é aceitá-lo ou não, é deixar a semente produzir seus frutos ou abafá-la. Ela nada produzirá, se permanecermos presos ao sentido literal e imediato de suas palavras. Faz-se necessário percorrer o caminho da semente ou da palavra em nosso interior para, pouco a pouco, alcançar o sentido espiritual da mensagem. Então os horizontes da nossa alma se tornarão amplos e, na descoberta da beleza e grandeza dos ensinamentos do Senhor, uma força transformadora e renovadora agirá em nossa vida. O caminho poderá ser árduo, mas teremos sempre a centelha da inextinguível luz divina, comunicada pelo Pai, guiando-nos e trazendo-nos consolo e alegria. Eis o novo nascimento dos discípulos de Jesus, fecundados e animados pela semente do amor!
O método é singelo. O que importa é a presença constante e atuante de Deus e, de nossa parte, a acolhida. Pois ao dizer que ela “germina e cresce, sem que nós saibamos como”, Jesus quer significar que o Reino é sempre obra de Deus. Com uma exigência: auscultar nosso próprio coração para captar, no seu interior, a verdade presente em cada parábola. Não é possível alcançá-la no burburinho das paixões. Ela só é atingida no silêncio, não no calar-se, mas no desprendimento dos diferentes sentidos relativos à descrição de um fato usual do cotidiano. Então, a divina Sabedoria nos toca e, cativados pelo Senhor, na paz e serenidade, saboreamos a verdade transmitida em cada texto e em cada parábola. Sem desprezar seu sentido literal, chegamos ao coração mesmo da mensagem, ao sentido espiritual que nos identifica a Jesus e nos leva a aderir ao plano de Deus, em nossa própria vida. No início pequena e frágil, a semente cresce e seus frutos serão belos e variados. É o despontar do Reino de Deus “presente em meio a nós”, que nos atrai e nos leva à prática, quais frutos maduros, do bem e das virtudes. Identificados ao Mestre, que nos regala com seu infinito amor, uma certeza nos anima: “O Reino de Deus está em nós”.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que eu seja capaz de perceber o dinamismo do Reino, frutificando de maneira discreta nos meandros da história humana.