SALVE MARIA!
Evangelho do dia 10 de março de 2014
Ano A - Mateus 25,31-46
Salve Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
Eis o tempo de conversão; eis o dia da salvação (2Cor 6,2).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 25 31 "Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso.
32 Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
33 Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
34 Então o Rei dirá aos que estão à direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo,
35 porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes;
36 nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim’.
37 Perguntar-lhe-ão os justos: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
38 Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?
39 Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?’
40 Responderá o Rei: ‘Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes’.
41 Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: ‘Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos.
42 Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber;
43 era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes’.
44 Também estes lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos?’
45 E ele responderá: ‘Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.’
46 E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna".
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
Eis o tempo de conversão; eis o dia da salvação (2Cor 6,2).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 25 31 "Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso.
32 Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
33 Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
34 Então o Rei dirá aos que estão à direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo,
35 porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes;
36 nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim’.
37 Perguntar-lhe-ão os justos: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
38 Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?
39 Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?’
40 Responderá o Rei: ‘Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes’.
41 Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: ‘Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos.
42 Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber;
43 era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes’.
44 Também estes lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos?’
45 E ele responderá: ‘Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.’
46 E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna".
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
O último julgamento
A figura do Messias se destaca da visão profética de Israel e de seu reino, e apresenta-se como a do “Filho do homem”, título não empregado em seu tempo. A passagem de Mateus refere-se ao texto bíblico de Daniel, 7, que traça, no interior de um quadro obscuro, a vinda do senhor do mundo na imagem de um “ancião dos dias”, “a quem foram dados a dominação, a glória e o reino, e todos os povos, nações e línguas devem servi-lo. O seu reinado é eterno”. Em sua primeira epístola aos Coríntios, S. Paulo diz ser o Filho do homem Jesus ressuscitado, primícias de nossa própria ressurreição (15,13ss). Assim, no fim dos tempos, tendo estabelecido sua dominação celeste sobre todo o universo, por sua ressureição e a nossa, Ele remete ao Pai o Reino, no qual o mundo atinge o seu fim. É o fim dos tempos, descrito não como dissolução aterradora do mundo atual, nem como causa de medo e insegurança.
Ao falar de sua segunda vinda, Jesus não quer transmitir temor, mas sim confiança e esperança. A parábola, contada a seguir, fala da necessidade da vigilância, pois não se dispensa uma preparação adequada para o decisivo encontro com Ele. Mas sua vinda gloriosa é descrita como o cumprimento do misericordioso e eterno desígnio divino de salvação. S. João Crisóstomo observa: “Assim como o Senhor disse a Tomé: ‘coloque aqui teu dedo’, naquela ocasião, ele mostrará suas chagas e sua cruz, e todos hão de reconhecê-lo como aquele que foi crucificado. Eis o sinal salutar, grande, esplendoroso da benevolência divina”. A dúvida e a incerteza, aninhadas em tantos corações, irão se dissipar e, confiantes no Senhor, todos verão nele a realização de sua esperança. Será o momento triunfal do retorno do Filho de Deus, que veio não para condenar o mundo, mas sim para salvá-lo.
“Vigiai, pois!”, repete Jesus. Ansiosos, os discípulos aguardam a visão beatífica, quando então passarão da imagem transitória do mundo à realidade divina, em que o tempo será absorvido pela eternidade. A expectativa é grande. Eles esperam com fé e operosa dedicação. Agora, no tempo presente, eles arregaçam as mangas para fazer crescer os talentos recebidos. Lá, no fim dos tempos, o Senhor, o bom pastor, estará separando as ovelhas dos cabritos, os bons dos maus, não como acusador, mas como defensor e advogado. Aos bons, que se comportam como o Samaritano, manifestam-se “as entranhas de misericórdia” do nosso Deus e, aos seus ouvidos, soarão as palavras: “Vinde, benditos de meu Pai”. Benditos porque pertencem ao Pai que, pela graça divina, os acolhe como coerdeiros da bem-aventurança eterna, enlaçando-os em seus braços amorosos.
No entanto, permanece a dúvida: a que povo nós pertencemos? S. Agostinho dirá que“há dois tipos de povo, como há dois modos de amar. Um é santo, outro é egoísta. Um está sujeito a Deus, outro quer se tornar igual a Ele”. O amor “sujeito a Deus” leva-nos a realizar as palavras de Jesus: “Eu tive fome, e me destes de comer, eu estive nu e me vestistes”. São as obras de misericórdia, reconhecidas e exaltadas pelo Senhor, que as autentica com as palavras: “Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes”. É o florescer da esperança, semente de vida eterna, que, no tempo presente, germina em nossa alma. Os temores e tremores são banidos do nosso coração e realiza-se o desígnio eterno do Amor de Deus, pois o Deus-amor dá-se a nós e se expressa em nós, no amor que dedicamos aos nossos semelhantes.
“Senhor Jesus, sede o Mestre do nosso coração, para que sempre nos anime a mesma caridade com que nos amastes”.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
ORAÇÃO
Espírito de amor, ensina-me a descobrir, no irmão sofredor, o apelo de Jesus a quem devo servir.
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