SALVE MARIA!
EVANGELHO DO DIA - João 16,5-11
5 Disse Jesus: “Agora vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’
6 Mas porque vos falei assim, a tristeza encheu o vosso coração.
7 Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei.
8 E, quando ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo.
9 Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim.
10 Ele o convencerá a respeito da justiça, porque eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis;
11 ele o convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado”.
6 Mas porque vos falei assim, a tristeza encheu o vosso coração.
7 Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei.
8 E, quando ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo.
9 Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim.
10 Ele o convencerá a respeito da justiça, porque eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis;
11 ele o convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado”.
REFLEXÃO
Pelos caminhos da Galileia e da Judeia, os Apóstolos acompanham Jesus. Sentem-se unidos a ele: “A vida, a alegria e a festa deles é Cristo, luz da luz do Pai” (Isac de Nínive). Agora, Jesus lhes anuncia o seu afastamento. Fala de sua partida para junto do Pai. É a sua despedida. Se até o momento, ele falava em nome de todos, chegou a hora de ele partir e são os Apóstolos que terão de testemunhar. Mas eles não estarão sós. O Senhor lhes promete enviar o Espírito Santo.
Diante das palavras do Mestre, “a tristeza encheu os seus corações”, pois não tinham ainda compreendido a importância de sua ida para o Pai. Caso ele não os deixasse, o Espírito Paráclito não viria para iluminá-los e fortalecê-los na fé. Só, então, seriam capacitados a testemunhar a todas as pessoas o sentido da missão do Senhor, selada na morte por amor. Graças à ação do Espírito divino, a obra de Jesus continua e sua mensagem é transmitida a todas as gerações. O Espírito divino é denominado “Paráclito”, defensor dos discípulos, fazendo às vezes de juiz ao decidir entre Jesus e o mundo incrédulo, que rechaça os seus ensinamentos. Ele mostra em quem reside o pecado e a justiça.
Jesus fala do caráter provisório da tristeza dos Apóstolos. Presente na partida de Jesus, a tristeza é também a condição para se chegar à alegria perfeita, concedida pelo Paráclito, cujos primeiros frutos são “a caridade, a alegria e a paz”. Os Apóstolos previvem o mistério pascal da morte, ressurreição e ascensão do Mestre, no qual se celebra a redenção, a purificação dos pecados e, antecipadamente, a luz da Páscoa, “sinal do seu futuro advento”. Ao acolherem o Espírito Santo, eles participam da geração eterna do Filho e são introduzidos na vida da Trindade Santa.
O itinerário espiritual dos discípulos é traçado, primeiramente, por Jesus. Ele é o Caminho, o “retorno para o Pai”. Ao receberem o Espírito Santo, eles percorrem o Caminho, que é Cristo, e o “corpo deles, então, se torna tabernáculo da graça para a eternidade” (S. Serafim de Sarov). S. Cirilo de Alexandria comenta que“enquanto Jesus vivia corporalmente entre seus fiéis, ele se revelava como o dispensador de todos os seus bens; mas quando chegou a hora de regressar ao Pai celestial, continuou presente entre seus féis mediante seu Espírito, e habitando pela fé em seus corações. Assim já não são simplesmente homens, mas filhos de Deus e habitantes do céu, pelo fato de se terem tornado partícipes da natureza divina”.
Sustentada pelo Espírito, a Igreja continua a viver e a anunciar a mensagem de Jesus, compreendida sempre mais profundamente e proclamada de acordo com as exigências de cada época. Desse modo, o Espírito a conduz “à verdade total”, pois diz Jesus: “Quando ele viver, o Espírito da verdade, ele vos guiará à verdade plena”.
Em suma, o Cristo glorificado continua a falar pelo Espírito Santo e o Evangelho de S. João reflete todo ele a glória (doxa) divina de Jesus.
Dom Fernando Antônio Figueiredo
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