SALVE MARIA!
Evangelho do dia 20 de novembro de 2013
Lucas 19,11-28
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15,16).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
19 11 Ouviam-no falar. E como estava perto de Jerusalém, alguns se persuadiam de que o Reino de Deus se havia de manifestar brevemente; ele acrescentou esta parábola:
12 "Um homem ilustre foi para um país distante, a fim de ser investido da realeza e depois regressar.
13 Chamou dez dos seus servos e deu-lhes dez minas, dizendo-lhes: ‘Negociai até eu voltar’.
14 Mas os homens daquela região odiavam-no e enviaram atrás dele embaixadores, para protestarem: ‘Não queremos que ele reine sobre nós’.
15 Quando, investido da dignidade real, voltou, mandou chamar os servos a quem confiara o dinheiro, a fim de saber quanto cada um tinha lucrado.
16 Veio o primeiro: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez outras minas’.
17 Ele lhe disse: ‘Muito bem, servo bom; porque foste fiel nas coisas pequenas, receberás o governo de dez cidades’.
18 Veio o segundo: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco outras minas’.
19 Disse a este: ‘Sê também tu governador de cinco cidades’.
20 Veio também o outro: ‘Senhor, aqui tens a tua mina, que guardei embrulhada num lenço; 21 pois tive medo de ti, por seres homem rigoroso, que tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste’.
22 Replicou-lhe ele: ‘Servo mau, pelas tuas palavras te julgo. Sabias que sou rigoroso, que tiro o que não depositei e ceifo o que não semeei.
23 Por que, pois, não puseste o meu dinheiro num banco? Na minha volta, eu o teria retirado com juros’.
24 E disse aos que estavam presentes: ‘Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas’.
25 Replicaram-lhe: ‘Senhor, este já tem dez minas!
26 Eu vos declaro: a todo aquele que tiver, dar-se-lhe-á; mas, ao que não tiver, ser-lhe-á tirado até o que tem.
27 Quanto aos que me odeiam, e que não me quiseram por rei, trazei-os e massacrai-os na minha presença’".
28 Depois destas palavras, Jesus os foi precedendo no caminho que sobe a Jerusalém.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15,16).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
19 11 Ouviam-no falar. E como estava perto de Jerusalém, alguns se persuadiam de que o Reino de Deus se havia de manifestar brevemente; ele acrescentou esta parábola:
12 "Um homem ilustre foi para um país distante, a fim de ser investido da realeza e depois regressar.
13 Chamou dez dos seus servos e deu-lhes dez minas, dizendo-lhes: ‘Negociai até eu voltar’.
14 Mas os homens daquela região odiavam-no e enviaram atrás dele embaixadores, para protestarem: ‘Não queremos que ele reine sobre nós’.
15 Quando, investido da dignidade real, voltou, mandou chamar os servos a quem confiara o dinheiro, a fim de saber quanto cada um tinha lucrado.
16 Veio o primeiro: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez outras minas’.
17 Ele lhe disse: ‘Muito bem, servo bom; porque foste fiel nas coisas pequenas, receberás o governo de dez cidades’.
18 Veio o segundo: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco outras minas’.
19 Disse a este: ‘Sê também tu governador de cinco cidades’.
20 Veio também o outro: ‘Senhor, aqui tens a tua mina, que guardei embrulhada num lenço; 21 pois tive medo de ti, por seres homem rigoroso, que tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste’.
22 Replicou-lhe ele: ‘Servo mau, pelas tuas palavras te julgo. Sabias que sou rigoroso, que tiro o que não depositei e ceifo o que não semeei.
23 Por que, pois, não puseste o meu dinheiro num banco? Na minha volta, eu o teria retirado com juros’.
24 E disse aos que estavam presentes: ‘Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas’.
25 Replicaram-lhe: ‘Senhor, este já tem dez minas!
26 Eu vos declaro: a todo aquele que tiver, dar-se-lhe-á; mas, ao que não tiver, ser-lhe-á tirado até o que tem.
27 Quanto aos que me odeiam, e que não me quiseram por rei, trazei-os e massacrai-os na minha presença’".
28 Depois destas palavras, Jesus os foi precedendo no caminho que sobe a Jerusalém.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Parábola dos talentos
Jerusalém está bem próxima. Avizinha-se o fim e Jesus já antevê a cruz como serviço supremo a ser realizado em benefício de toda a humanidade. Nessa situação compreende-se o fato de os discípulos pensarem que o Reino de Deus ia se manifestar imediatamente. A exigência de estar preparado para aquele momento não leva à utopia de se sentir livre das responsabilidades da vida presente. Muito pelo contrário. Ela postula, justamente, a necessidade de assumir os trabalhos de cada dia. Por isso, Jesus arrefece o entusiasmo pela vinda imediata do Reino, contando-lhes a parábola dos talentos.
Ao viajar “para uma região longínqua”, um homem de nobre origem distribui aos seus servos, uma determinada quantia de bens, que eles deverão restituir com lucro. O fato reflete a confiança depositada pelo proprietário em seus servos, aos quais ele confia o seu dinheiro, a cada um segundo a sua capacidade. Nessa situação, encontra-se cada um de nós. Deus nos concedeu o tesouro da vida, os dons do amor e os bens que possuímos. Podemos escondê-los e seremos ricos interiormente, mas pobres diante de Deus. Pois Ele espera que produzamos frutos e sejamos leais à sua mensagem durante a sua ausência. Ele retornará; e há de se estar preparado para esse momento.
A exigência de produzir frutos indica a capacidade de atingir horizontes sempre mais amplos, abrindo, para aqueles que acolhem e multiplicam os dons, o luminoso panorama de um futuro mais pleno e feliz. Estes terão presentes as palavras de Jesus: “Digo-vos, a todo aquele que tem será dado e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem será tirado”. O importante é administrar com fidelidade os dons recebidos.
Eis a grandeza e a delicadeza do amor divino. Sem ofuscar a beleza da mensagem evangélica, os dons recebidos tornam-se força capaz de fecundar nossa vida humana em seu ser e agir, aperfeiçoando-nos e conformando-nos sempre mais à imagem e semelhança de Deus. Assim, para S. Boaventura, “o dom de Deus, se ele for acolhido, torna o homem mestre dele e do universo. A criação não será um oceano de passividade. Ela é Deus infinitamente fecundo, engendrando filhos que conduzem a ele a criação inteira e a humanidade da qual eles não são só pedras inanimadas, mas membros vivos” (Étienne Gilson).
Segundo alguns autores cristãos posteriores, a parábola desvela o princípio-chave de compreensão da vida humana, expresso na fórmula: “gratia supponit et perficit naturam”. A natureza, aperfeiçoada pela graça, cruza o portal da esperança no encontro com o seu Senhor. Não são duas realidades que se justapõem. É a realização da natureza, que atinge a sua perfeição, pelo dom da graça.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
ORAÇÃO
Espírito de engajamento, que eu aplique cada momento de minha vida para fazer o bem, e assim, os dons que recebi do Senhor se multipliquem em gestos de misericórdia.
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