terça-feira, 31 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 31 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 31 de dezembro de 2013
Ano C

João 1,1-18

Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra se fez carne, entre nós ela habitou; e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram (Jo 1,14.12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

1 1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio junto de Deus.
3 Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito.
4 Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 Houve um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
7 Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.
8 Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
9 era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem.
10 Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu.
11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.
12 Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus,
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade.
15 João dá testemunho dele, e exclama: “Eis aquele de quem eu disse: ‘O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim’”.
16 Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça.
17 Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
18 Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
 Prólogo de S. João – A Palavra se fez carne
O Evangelho de S. João inicia-se com um hino a Jesus, preexistente à criação, da qual ele participa com o Pai eterno: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, ele estava com Deus. Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito de tudo (panta) o que existe”. Em grego,“panta”, sem artigo, significa todas as coisas e cada uma delas. Portanto, Ele é a Palavra encarnada, fonte de graça e de verdade, pelo qual tudo foi criado e, na medida em que Ele se dá a si mesmo, Ele oferece a vida. “E a vida era a luz dos homens e a luz brilha nas trevas, mas as trevas não a apreenderam”(katélaben) ou, segundo uma tradução comum aos Santos Padres, “mas as trevas não puderam dominá-la”. Dessa maneira, eles procuram salientar melhor a ideia de julgamento, um dos temas principais do Evangelho de S. João, que descreve a luta entre a luz e as trevas, e a vitória, em Jesus, da luz sobre as trevas, culminando com as palavras: “Eu sou a luz do mundo, e aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (8,12).
Ao denominar Jesus “Palavra de Deus”, o Evangelista se reporta à mentalidade judaica, que vê a palavra em sua força criativa e dinâmica. Os salmos, por exemplo, proclamam: “Pela Palavra do Senhor foram feitos os céus” e o livro da Sabedoria professa o Senhor como o único que tudo criou pela força de sua Palavra (9,1) e estabelece total correspondência entre “Palavra”e “Sabedoria”. Porém, em tal contexto, o julgamento não é concebido como condenação divina, pois “Cristo é a Palavra da Vida”, exclama S. Agostinho, Palavra vivificadora e iluminadora. O desejo de Jesus é conduzir todos à comunhão de vida com o Pai e torná-los, diz S. Atanásio, “portadores do Espírito Santo”,fonte de paz, de amor e de perdão.
“Jesus veio para o que era seu” e estabeleceu a tenda de seu corpo entre nós, o que leva S Gregório de Nissa a tecer um belo paralelo entre a festa dos tabernáculos e o mistério da encarnação. “Pois a festa das tendas ainda não tinha chegado. Mas, segundo a palavra do profeta, Deus, o Senhor de todas as coisas, revelou-se a nós para completar a construção da tenda da nossa habitação destruída, a natureza humana”.
No final do prólogo, mencionando o nome e o título messiânico “Jesus Cristo”, São João chega ao ponto culminante da grande sinfonia entoada por ele no início do seu Evangelho. Ao dizer que Jesus Cristo é a luz que veio para afastar as trevas do mal e iluminar todos os corações, ele conclui com a realização das promessas da Aliança selada por Deus com o seu Povo: “Eles serão meu povo, e eu, o Deus deles”. É a vitória da luz, pois os que acolhem a Palavra de Jesus são iluminados, tornam-se filhos e filhas de Deus., e são gerados não pela carne nem pelo sangue, nem mesmo pela acolhida da Palavra, mas pelo próprio Senhor. Como contrapartida, cabe-nos unicamente crer e expressar nossa fé em obras e atos de misericórdia.
Então, uma esperança nos animará: no ano de 2014 reinarão a verdade, a justiça e a solidariedade fraterna. A todos, meu sincero abraço!
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que eu veja tua glória de Filho de Deus resplandecer em teus gestos misericordiosos em favor da humanidade.

EVANGELHO DO DIA 30 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 30 de dezembro de 2013
 
Ano C
Lucas 2,36-40
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Um dia sagrado brilhou para nós: nações, vinde todas adorar o Senhor: pois hoje desceu grande luz sobre a terra.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
 
Naquele tempo, 36 havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada.
37 Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações.
38 Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação.
39 Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré.
40 O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
UMA PLÊIADE DE JUSTOS
 
A profetisa Ana completa a plêiade dos justos envolvidos nos eventos em torno do nascimento do Messias Jesus. De Zacarias e Isabel afirmou-se que eram “justos diante de Deus e caminhavam irrepreensíveis em todos os mandamentos e ordens do Senhor”. Isabel, “cheia do Espírito Santo”, proclamou as glórias da mãe do Salvador. João Batista, “desde o ventre materno”, esteve cheio do Espírito Santo, destinado a ser “profeta do Altíssimo”, cujos caminhos haveria de preparar.
Maria reconheceu-se “humilde serva do Senhor”, disposta a cumprir em tudo a sua santa palavra. Fala-se pouco de José, sendo sublinhada somente sua prontidão em cumprir as leis civis (vai com Maria até Belém para alistar-se no recenseamento), bem como, as leis religiosas (no prazo previsto, vai com sua esposa e seu filho ao templo de Jerusalém realizar os ritos da purificação).
Simeão é apresentado como um homem “justo e piedoso”, que esperava a realização das promessas divinas feitas a Israel. O Espírito revelou-lhe que não haveria de morrer “sem ver o Cristo do Senhor”.
O mesmo Espírito conduziu-o ao templo para o encontro com o Messias. Ana, por sua vez, é apresentada como uma mulher fiel e temente a Deus. A maior parte de sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor, no templo, com jejuns e orações. Sua piedade foi recompensada com a graça de reconhecer no menino Jesus a realização das esperanças de Israel.
 
ORAÇÃO
Pai, dá-me a graça de ser piedoso e justo como as pessoas envolvidas no mistério da encarnação de teu Filho Jesus. Sejam elas para mim fonte de perene inspiração.
 
(Pe. Jaldemir Vitório)

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 29 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA
 
Evangelho do dia 29 de dezembro de 2013
 
Ano C
Mateus 2,13-15.19-23
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Que a paz de Cristo reine em vossos corações e ricamente habite em vós sua palavra! (Cl 3,15s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
 
13 Depois que os magos partiram, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar".
14 José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito.
15 Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: "Eu chamei do Egito meu filho".
19 Com a morte de Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egito, e disse:
20 "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e retorna à terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino".
21 José levantou-se, tomou o menino e sua mãe e foi para a terra de Israel.
22 Ao ouvir, porém, que Arquelau reinava na Judéia, em lugar de seu pai Herodes, não ousou ir para lá. Avisado divinamente em sonhos, retirou-se para a província da Galiléia.
23 e veio habitar na cidade de Nazaré para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas: "Será chamado Nazareno".
Palavra da Salvação. Glória a Vós Senhor!

COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
UMA FAMÍLIA PROVADA

A Sagrada Família de Nazaré, apesar de sua relação privilegiada com Deus, em nada foi poupada dos infortúnios próprios dos seres humanos. Seria enganoso imaginá-la gozando de regalias inacessíveis a qualquer pessoa comum. Talvez, exatamente porque tão intimamente ligada a Deus, tenha sido posta à prova, de maneira tão dura. Já os fatos inerentes ao nascimento de Jesus comportaram motivos de aflição. É fácil de imaginar quanta angústia acarretaram a concepção misteriosa de Maria, a obrigação de se deslocar para Belém, quando o tempo de dar à luz estava se aproximando, a falta de lugar adequado para o parto e as condições precárias em que o menino Jesus nasceu. A fuga apressada para o Egito, para escapar da fúria homicida de Herodes, foi mais um sofrimento imposto à Sagrada Família. À perspectiva de morte somava-se a de ver-se obrigada a fugir para o estrangeiro, de maneira imprevista, como também, a de ter de voltar para Israel, a fim de não cair nas garras de Arquelau, sucessor de Herodes, devendo escolher, como lugar de moradia, a humilde e sem importância Nazaré. A Sagrada Família jamais esteve isenta de tribulações. Mas nem por isso desviou-se do caminho da fé e obediência a Deus. Sua fidelidade foi continuamente posta à prova. E, na provação, foi se consolidando. Desta forma, tornou-se modelo de família cristã que, experimenta as dificuldades da vida, sem se desviar dos caminhos de Deus.

ORAÇÃO
Pai, que a fidelidade demonstrada pela Sagrada Família de Nazaré seja exemplo para as famílias cristãs, cuja fé é provada em meio a tribulações.

(Pe. Jaldemir Vitório)

sábado, 28 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 28 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do Dia 28 de dezembro de 2013
Ano C

Mateus 2,13-18

Aleluia, aleluia, aleluia.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; vos louva o exército dos vossos santos mártires!


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

13 Depois que os magos partiram, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar".
14 José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito.
15 Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: "Eu chamei do Egito meu filho".
16 Vendo, então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo exato que havia indagado dos magos.
17 Cumpriu-se, então, o que foi dito pelo profeta Jeremias:
18 "Em Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já não existem!"
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
O MARTÍRIO DOS INOCENTES
 
A presença de Jesus na história humana despertou a fúria de quem estava firmemente alicerçado num esquema de pecado, posto em xeque pela salvação oferecida à humanidade. A pregação de Jesus desmascarava a injustiça, punha a nu a perversidade dos opressores, revelava a fragilidade de sistemas fundados na opressão e na violência.
A matança dos inocentes de Belém foi uma espécie de antecipação do futuro de Jesus e de seus discípulos. Um frágil recém-nascido foi suficiente para abalar a segurança do prepotente e violento Herodes. Sua decisão de eliminar as crianças da região onde nascera o Messias Jesus visava eliminar no seu nascedouro, tudo o que pudesse pôr em risco a segurança de seu reino. No coração do rei sangüinário não havia lugar para o amor.
Herodes, em última análise, ousou desafiar o próprio Deus, de quem Jesus era Filho e recebera uma missão. Levantar-se contra o Messias correspondia a rebelar-se contra quem o enviou. Mas Deus não se deixou vencer por Herodes: salvou seu Filho pela ação previdente de José, que se pôs em fuga para o Egito, com o menino e sua mãe.
Na vida de Jesus e de seus discípulos, a perseguição e a morte, por causa do Reino, seriam uma constante. Entretanto, como estão a serviço do Reino do Pai, podem contar com a vitória, uma vez que os prepotentes jamais prevalecerão.

ORAÇÃO
Senhor Jesus, apesar das perseguições e da morte que deverei defrontar, ponho-me em tuas mãos e me consagro totalmente ao serviço do teu Reino.

(Pe. Jaldemir Vitório)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 27 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do Dia 27 de dezembro de 2013
Ano C

João 20,2-8

Aleluia, aleluia, aleluia.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos, vos louva o exército dos vossos santos mártires!


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 2 Correu e foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava: "Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram!"
3 Saiu então Pedro com aquele outro discípulo, e foram ao sepulcro.
4 Corriam juntos, mas aquele outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5 Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou.
6 Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no chão.
7 Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Ressurreição do Senhor
(Comemora-se S. João)
 
 
 No primeiro dia da semana, bem cedo, o sol ainda não tinha despontado e Maria Madalena já se dirige ao túmulo de Jesus. A pedra, que estava diante dele, fechando-o, estava removida. Admirada, talvez assustada, ela corre até Simão Pedro e ao outro discípulo, que céleres se dirigem ao túmulo. João vai mais rápido, por causa de sua juventude, também, comentam alguns S. Padres, “pelo seu zelo de amor”. Fariam a verificação, assim dita oficial, do túmulo vazio. Tendo chegado primeiro, o Apóstolo João espera por Pedro, sinal sem dúvida de notável deferência, primeiro sinal de reconhecimento do primado do Apóstolo Pedro.
 
          Pedro entra, também “o outro discípulo, aquele que tinha chegado primeiro ao túmulo”, e ele “vê e crê”. Ao Apóstolo Pedro cabe a precedência, a João, o discípulo amado, a fé. É o despontar da fé na ressurreição do Senhor. Ao contrário de Lázaro, a ressurreição não é uma simples retomada da vida anterior. É a entrada definitiva do Senhor na Vida, para além da experiência empírica, onde não existe espaço para a morte. Daí, as dúvidas dos Apóstolos, quando das aparições de Jesus Ressuscitado e a sua insistência em dizer: “sou eu mesmo”. Ou, ainda, em pedir do que comer e, ao estarem todos reunidos, em mandar Tomé tocar as chagas de suas mãos e de seu peito. De fato, no início “eles não tinham ainda compreendido”, pela falta de entendimento, sobretudo, pela ausência de profunda comunhão, necessária para uma apreensão interior do fato ocorrido.
 
Paulatinamente, foi o mesmo Jesus que lhes revelou o Mistério: sua humanidade submetida, voluntariamente, à condição da natureza humana, por sua ressurreição, manifesta o caráter imortal e incorruptível de sua natureza divina. O finito e o infinito encontram-se unidos em sua Pessoa, e os Apóstolos abeiram-se do ilimitado, “contemplando a glória da santa natureza de Deus” (S. Isaac de Nínive). Felizes e admirados, também nós louvamos a bondade generosa do Senhor, pois o que não é possível a Deus, a morte, foi ela assumida por Cristo, o Filho de Deus e o que não é possível a nós, a vida eterna, foi-nos concedida por Cristo em sua Ressurreição.

 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, quero viver a experiência de ser amado por ti, a ponto de toda minha existência ser plasmada e transformada por tua presença em mim.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 26 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 26 de dezembro de 2013
Ano C

Mateus 10,17-22

Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendito o que vem em nome do Senhor. Nosso Deus é o Senhor, ele é a nossa luz (Sl 117,26s).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 10 17 Disse Jesus: “Cuidai-vos dos homens. Eles vos levarão aos seus tribunais e açoitar-vos-ão com varas nas suas sinagogas.
18 Sereis por minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os pagãos.
19 Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele momento ser-vos-á inspirado o que haveis de dizer.
20 Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós.
21 O irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais e os matarão.
22 Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
SEREIS ODIADOS POR TODOS

 A encarnação de Jesus não baniu o pecado da história humana. Embora ela se tenha constituído na possibilidade concreta de superação do pecado, muitos ainda haveriam de resistir, preferindo um projeto de vida cujo desfecho é a condenação.
Por outro lado, a quem optasse por ele, o Messias não apresentava uma vida de segurança e de comodidade. A resistência que Jesus experimentou por parte de seus contemporâneos teve prosseguimento na experiência dos discípulos. A opção pelo caminho de Jesus exigia força e coragem diante das perseguições, dos flagelos, dos processos nos tribunais que os inimigos de Deus haveriam de impingir aos seguidores de seu Filho. Como Jesus, o discípulo seria também a presença questionadora da salvação na história humana, embora muitos iriam persistir no caminho do pecado.
A história da fé cristã, por isso, estava fadada a ser uma história de martírio e de testemunho da fé, pela entrega corajosa da própria vida. Por conseguinte, o discípulo deve considerar estas circunstâncias como possibilidade de comprovar a profundidade de sua opção pelo Reino anunciado por Jesus.

ORAÇÃO
Senhor Jesus, apesar das dificuldades que encontro para te seguir, faze-me caminhar, com fidelidade, nas estradas da salvação, que abriste para a humanidade.

(Pe. Jaldemir Vitório)

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 25 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
EVANGELHO DO DIA 25 DE DEZEMBRO DE 2013
 
  Lc 2,1-14
 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas.
 
 
   Naqueles dias, saiu um decreto do imperador Augusto mandando fazer o recenseamento de toda a terra – o primeiro recenseamento, feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade. Também José, que era da família e da descendência de Davi, subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, à cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Quando estavam ali, chegou o tempo do parto. Ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia naquela região pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. Um anjo do Senhor lhes apareceu, e a glória do Senhor os envolveu de luz. Os pastores ficaram com muito medo. O anjo então lhes disse: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor! E isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura”. De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste cantando a Deus: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são do seu agrado!”
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Nascimento de Jesus
                  Natal, vinda do Filho de Deus, que “se torna, escreve S. Beda, partícipe da nossa natureza, tornando-nos participantes da sua graça”. Maravilhado, exclama S. Agostinho: “Desperta, ó homem, por tua causa Deus se fez homem”. A salvação entrou no mundo, pois quem nasceu de Maria é o nosso Salvador, “que assumiu nossa humanidade para nos comunicar as riquezas da vida de Deus” (Orígenes). Alegrem-se os céus, exulte a terra, porque aquele que é do céu está agora na terra.
         Tudo que é de Deus nos é comunicado por Jesus. Daí anunciarem os anjos aos pastores: “Alegrai-vos, nasceu-vos o Salvador”. Na luz divina, participamos da alegria dos pastores e somos iluminados pela Criança que nasce em Belém. Natal não é um simples momento comovedor e romântico da família. É a celebração da encarnação do Filho de Deus, nascido do seio puríssimo da Virgem Maria. Comemorá-lo é ir ao presépio de Belém e adorar o Menino Jesus, reconhecendo-o como nosso Deus e Salvador. Um Deus que não quis se manifestar em meio às pompas, mas na simplicidade de uma criança e na pobreza de uma manjedoura. Festa dada pelo próprio Pai celestial, que enviou seu Filho para nos salvar e nos reconciliar com ele. Declara S. Ambrósio: “Jesus nasce de um seio materno, mas, igualmente, refulge no céu; jaz num refúgio terreno, mas reina no esplendor celeste!”.
         Reconhecidos, agradecemos o divino presente concedido por Deus. Os enfeites, a festa e os presentes natalinos significam que somos nós os agraciados e presenteados por Ele. Nessa compreensão, um presente, embora caro, e um simples e sincero sorriso se equiparam. Da mesma forma, o aperto de mão, que demonstra amizade e solidariedade, e o perdão que oferecemos ao irmão tornam-se sinais da bondade e do amor de Deus para conosco. Noite santa, na qual se eleva o cântico de amor a Deus e se expressa a fé presente no coração dos fiéis, prostrados ao lado do Menino.
Porém, a pureza do momento se embaça e ficamos alarmados com os abusos nos gastos e a sofisticação crescente das celebrações. Espontaneamente, um clamor eleva-se aos céus. Ao nosso redor, jazem crianças sem teto e sem pão, famílias na miséria e desassistidas. Com a voz embargada, unidos aos anjos, entoamos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”. Paz aos que se solidarizam com seus irmãos e partilham seus bens com generosidade e amor. Pois, como escreve S. Efrém, “no momento em que a divindade desceu e revestiu-se de humanidade os anjos exclamaram: ‘paz na terra’; e quando a humanidade subiu para ser absorvida na divindade e sentar-se à sua direita, gritavam as crianças: ‘paz no céu’, ‘hosana no mais alto dos céus’”.
         Cristo nasce, cantemos glória, Cristo desce do céu, vamos ao seu encontro. A paz penetra suavemente o coração dos que o acolhem, nós o adoramos, vibramos e um olhar de admiração leva-nos a cantar e a louvar a presença do Menino Deus. Ele vem a nós na doação do seu amor divino e nele abeiramo-nos do abismo do Mistério da gratuidade de nossa própria existência. Tudo é graça, dom gratuito do amor e da liberdade divina! É Natal, Cristo se fez carne, alegremo-nos, pois as trevas do pecado se dissipam e o mundo é iluminado pela brilhante luz da esperança, prelúdio da Ressurreição!

 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, vieste ao mundo para reconciliar a humanidade com Deus. Que eu saiba colher os frutos de teu gesto de amor, deixando a divindade transparecer em mim.
 

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 24 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 24 de dezembro de 2013
Ano C

Lucas 1,67-79

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó sol da manhã, ó sol de justiça, da eterna luz esplendor: oh, vinde brilhar para o povo sentado na sombra da morte.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

 Naquele tempo, 1 67 Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou, nestes termos:
68 "Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo,
69 e suscitou-nos um poderoso Salvador, na casa de Davi, seu servo
70 (como havia anunciado, desde os primeiros tempos, mediante os seus santos profetas),
71 para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam.
72 Assim exerce a sua misericórdia com nossos pais, e se recorda de sua santa aliança,
73 segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão: de nos conceder que, sem temor,
74 libertados de mãos inimigas, possamos servi-lo
75 em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias da nossa vida.
76 E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho,
77 para dar ao seu povo conhecer a salvação, pelo perdão dos pecados.
78 Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente,
79 que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz".
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!

COMENTÁRIO DO EVANGELHO
LOUVOR E PROFECIA

 Zacarias soube reconhecer a salvação de Deus, cumprindo-se na história de Israel, por meio da libertação trazida pelo poderoso Salvador, Jesus, suscitado no meio do povo. Finalmente, a tão esperada visita de Deus se concretizava, e a libertação, há séculos acalentada, se fazia verdade. A seu filho recém-nascido competia a tarefa de preparar os caminhos da libertação que estava próxima.
Com Jesus, renascia a esperança no coração do povo. Deus não se esquecera das antigas profecias. As promessas seriam realizadas e o povo, resgatado da escravidão a que fora reduzido. Sem dúvida, a servidão pior era a do pecado e do egoísmo. Fazia-se necessário uma remissão urgente. Só assim seria possível servir a Deus, de maneira agradável, na justiça e na santidade.
O Altíssimo, do qual João seria profeta, despontaria como luz para tirar a humanidade das trevas e das sombras da morte, a que o pecado a havia reduzido. Doravante, seria possível trilhar os caminhos da paz, deixando para trás a injustiça e a iniqüidade, fruto do pecado.
O canto de Zacarias, saudando o nascimento de seu filho, era de louvor pelas promessas cumpridas, mas também profecia do que Deus iria realizar.


ORAÇÃO
Senhor Jesus, como Zacarias, eu louvo ao Pai pela fidelidade em cumprir suas promessas e agradeço o que sua misericórdia realiza em favor da humanidade.

(Pe. Jaldemir Vitório)

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 23 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 23 de dezembro de 2013
Ano C

Lucas 1,57-66

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó rei e Senhor das nações e pedra angular da Igreja, vinde salvar a mulher e o homem, que, um dia, formastes do barro.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
1 57 Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho.
58 Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifestara a sua misericórdia, e congratulavam-se com ela.
59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino e o queriam chamar pelo nome de seu pai, Zacarias.
60 Mas sua mãe interveio: "Não, disse ela, ele se chamará João".
61 Replicaram-lhe: "Não há ninguém na tua família que se chame por este nome".
62 E perguntavam por acenos ao seu pai como queria que se chamasse.
63 Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: "João é o seu nome". Todos ficaram pasmados.
64 E logo se lhe abriu a boca e soltou-se-lhe a língua e ele falou, bendizendo a Deus.
65 O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; o fato divulgou-se por todas as montanhas da Judéia.
66 Todos os que o ouviam conservavam-no no coração, dizendo: "Que será este menino?" Porque a mão do Senhor estava com ele.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Natividade de S. João Batista
                   Último dos profetas do Antigo Testamento, João Batista tem por missão preparar a vinda de Jesus, nosso Salvador. Em seu próprio nascimento, no dizer de S. Efrem, ele já anuncia a vinda do Messias, “graças ao paralelo traçado pelo Evangelista S. Lucas entre João e Jesus”. Com vivo realismo, descreve-se a circuncisão de João, cerimônia de sua entrada na comunidade de Israel, marcada pela imposição do nome. Segundo a prática judaica, foi uma ocasião de regozijo e de festas, um grande acontecimento. Estavam reunidos, ao redor de Isabel e de Zacarias, os parentes e vizinhos, que comentavam o fato de terem ouvido dizer que algo extraordinário tinha sucedido: “Deus cumulara Isabel com a sua misericórdia”. E com ela se alegravam.
         Era de praxe que o nome da criança refletisse a história da família. Por isso, grande foi o espanto de todos, quando Isabel disse que ele se chamaria João, nome estranho à família e objetavam, pois queriam que ele recebesse o nome de Zacarias. Ele então pede uma tabuinha e escreve: “Seu nome é João”, que significa “graça de Deus”. De imediato, soltou-se sua língua e ele, antes mudo, entoa um belíssimo cântico profético. Ao escrever o nome da criança, Zacarias prenuncia que o seu verdadeiro nome, também o nosso, é aquele que Deus confere a cada um, sinal de seu amor único e pessoal. O nome de cada qual está inscrito no coração misericordioso de Deus e a circuncisão ou o batismo deixa em nós a marca indelével de pertença a Deus.
         A natividade de João Batista foi um acontecimento impressionante e enternecedor, rodeado de mistério. Um respeito reverencial toma conta dos que lá estavam. Escreve S. Lucas: “Então, um temor apoderou-se de todos os seus vizinhos, e por toda a região montanhosa da Judéia comentavam-se esses fatos”. Momento profético, em que se realiza a palavra do anjo a Zacarias: “Terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento”. A partir de então, a mensagem da salvação tende a ser presença viva e eficaz na história da humanidade.

(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Pai, conta comigo para realizar o teu projeto, como contaste com João cujo nascimento foi revestido de gestos amorosos de tua providência.

domingo, 22 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 22 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 22 de dezembro de 2013
Ano C

Mateus 1,18-24

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Chamar-se-á Emanuel, que significa: Deus conosco (Mt 1,23).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
1 18 Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo.
19 José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente.
20 Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo.
21 Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”.
22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta:
23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel, que significa: Deus conosco”.
24 Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!

 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
A perícope  (termo grego que significa “cortar ao redor” ou seja uma parte destacada de um texto, para ser analisada e estudada em separado) evangélica da concepção virginal de Jesus tem sido objeto de controvérsia. As interpretações são desencontradas tanto por desconhecermos elementos fundamentais para compreendê-la, o que não acontecia com as comunidades primitivas, quanto por projetarmos nossos preconceitos sobre o texto bíblico.
O Evangelho detém-se na soleira do mistério insondável de Deus, numa atitude de respeito e reverência, sem se importar com especulações de caráter anatômico ou fisiológico. Só lhe interessam os elementos teológico-espirituais deste dado da fé da Igreja.
Jesus não entra na História como resultado do esforço humano de construir a própria salvação. Ele tem sua origem em Deus, em quem toda a sua existência está alicerçada.
Sua origem evoca o relato da criação, no Gênesis, onde tudo existe pela vontade soberana de Deus. Jesus, e com ele a salvação da humanidade, é a derradeira obra divina.
Jesus é o dom de Deus a ser acolhido pela humanidade. Torna-se, portanto, inútil qualquer esforço humano de construir a salvação pelas próprias mãos. O ser humano só pode salvar-se por obra de Deus. Qualquer outro caminho estará fadado ao fracasso.
A referência ao Espírito Santo aponta para um tipo de ação inefável e misteriosa de Deus em relação à mãe do Messias. O mesmo Espírito Santo, instrumento da ação divina desde os primórdios da Criação, fez-se também presente quando do nascimento do Messias Jesus. A esta força divina é que se deve sua presença no mundo.
 
Oração
Pai, ajuda-me a contemplar sua ação maravilhosa em relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de salvação para toda a humanidade.

(Pe. Jaldemir Vitório)

sábado, 21 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 21 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do Dia 21 de dezembro de 2013
Ano C

Lucas 1,39-45

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó Emanuel, sois nosso rei e orientador: vinde salvar-nos, ó Senhor e nosso Deus!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
1 39 Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá.
40 Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
41 Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42 E exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
43 Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?
44 Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.
45 Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!"
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Visitação de Nossa Senhora
 
A saudação do anjo a Maria, “alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo”, designa-a como cumulada da graça e do favor divino (kecharitoméne), e de modo permanente (cháris), uma vez que a graça divina habita em sua vida, desde sempre. Se o pecado significa fechar-se a Deus e aos irmãos, a graça divina outorga ao ser humano uma qualidade sobrenatural, demonstrada por Maria, cujo coração é voltado para o Senhor em total sintonia com a sua vontade. Ao Anjo, ela responde: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua vontade”, pois nela não há qualquer sinal, por menor que seja de egoísmo ou de fechamento aos desígnios do Pai. E por estar entregue a Deus, ela é toda disponível aos seus semelhantes. Por isso, destaca-se a presteza com que ela se encaminha à casa de Isabel, indo imediatamente ao seu encontro para servi-la. A confirmação do apelo de Deus, ela experimenta no interior de uma vida doada ao Filho e aos seus semelhantes.
No encontro com sua prima Isabel, esta movida pelo Espírito Santo louva Maria e o fruto de seu seio como realização das promessas feitas a Abraão e à sua descendência. Em sua generosidade, Maria coloca-se a serviço de sua prima. Doação graciosa e humilde, manifestada no “Magnificat”, cântico de agradecimento pelas maravilhas realizadas em sua vida: “Minha alma engrandece o Senhor e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva”. A “cheia de graça” está unida ao Filho do Altíssimo, que, em seu ventre, se revela frágil, na regência da bondade e na limpidez da benevolência.  A criatura se sintoniza com o seu Criador, “seu Senhor e Deus”, que não se manifesta em majestade e força, mas sim na benignidade e gratidão daquele que serve. Ela acolhe “o Filho muito amado” e o louva na jovialidade de ser como só ele consegue ser: todo serviço no amor. Maria serve Isabel, na sinceridade do seu coração. Com o grande professor do século XII, S. Anselmo, confessamos: “Sem o Filho de Deus nada existiria, sem o Filho de Maria nada seria redimido”.
Sua vocação e fé tornam-nos mais disponíveis e generosos ao chamado de Cristo, colocando-nos a serviço de todos para conduzi-los, com ela, ao seu Filho Jesus. Sua mediação é essencialmente mediação materna, que se repete perpetuamente através da história. No final do hino, ela evoca a promessa feita “em favor de Abraão e de sua descendência para sempre”, promessa que simboliza o universalismo do Evangelho e de sua missão mediadora na ação salvadora de seu Filho.  

(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, ajuda-me a compreender a bem-aventurança aplicada a Maria, que se fez servidora de Deus e dos irmãos.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 20 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do Dia 20 de dezembro de 2013
Ano C

Lucas 1,26-38

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó chave de Davi, que abre as portas do reino eterno: oh, vinde e livrai do cárcere o preso, sentado nas trevas!


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
1 26 No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27 a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria.
28 Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo".
29 Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
30 O anjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
32 Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,
33 e o seu reino não terá fim".
34 Maria perguntou ao anjo: "Como se fará isso, pois não conheço homem?"
35 Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.
36 Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
37 porque a Deus nenhuma coisa é impossível".
38 Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo afastou-se dela.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
EIS A SERVA DO SENHOR

 Maria ocupou um lugar de destaque no advento da salvação, aceitando acolher a proposta de Deus de assumir a maternidade do Messias Jesus. A escolha de Maria não se explica, no plano humano. Era uma jovem, já prometida em casamento a um descendente da casa de Davi. Não pertencia a nenhuma família nobre e rica, e habitava numa cidade escondida e mal-afamada. Não passava por sua mente ligar-se, de algum modo, ao Messias. Humanamente falando, ela não possuía os requisitos necessários para ser mãe do Salvador.
O diálogo de Maria com o anjo revelou a imagem que ela fazia de si mesma, bem como o que Deus pensava a respeito dela. Da parte de Deus, era considerada repleta de graça, amada por ele, bendita entre todas as mulheres. Em outras palavras, possuidora dos requisitos necessários para ser colaboradora de seu plano de salvação. Este requeria alguém totalmente disponível para Deus, despojado de si mesmo e dos próprios interesses, e disposto a assumir uma missão superior a tudo que se possa imaginar. Maria, por sua vez, tinha consciência de suas limitações. Não podia imaginar que Deus a tivesse em tão alta conta. Não conseguia conciliar a concepção do Messias com o fato de não ter conhecido homem algum. Estava longe de compreender o que significa conceber por obra do Espírito Santo. Contudo, como se sabia serva, não receou aceitar cegamente o projeto de Deus.
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que eu me deixe modelar pelo exemplo de Maria, a serva humilde que se fez capaz de assumir, com total disponibilidade, o projeto de Deus.

(Pe. Jaldemir Vitório)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 19 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 19 de dezembro de 2013
Ano C

Lucas 1,5-25

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó raiz de Jessé, sinal das nações: oh, vinde livrar-nos e não tardeis mais!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
1 5 Nos tempos de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote por nome Zacarias, da classe de Abias; sua mulher, descendente de Aarão, chamava-se Isabel.
6 Ambos eram justos diante de Deus e observavam irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor.
7 Mas não tinham filho, porque Isabel era estéril e ambos de idade avançada.
8 Ora, exercendo Zacarias diante de Deus as funções de sacerdote, na ordem da sua classe,
9 coube-lhe por sorte, segundo o costume em uso entre os sacerdotes, entrar no santuário do Senhor e aí oferecer o perfume.
10 Todo o povo estava de fora, à hora da oferenda do perfume.
11 Apareceu-lhe então um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do perfume.
12 Vendo-o, Zacarias ficou perturbado, e o temor assaltou-o.
13 Mas o anjo disse-lhe: “Não temas, Zacarias, porque foi ouvida a tua oração: Isabel, tua mulher, dar-te-á um filho, e chamá-lo-ás João.
14 Ele será para ti motivo de gozo e alegria, e muitos se alegrarão com o seu nascimento;
15 porque será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem cerveja, e desde o ventre de sua mãe será cheio do Espírito Santo;
16 ele converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus,
17 e irá adiante de Deus com o espírito e poder de Elias para reconduzir os corações dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, para preparar ao Senhor um povo bem disposto”.
18 Zacarias perguntou ao anjo: “Donde terei certeza disto? Pois sou velho e minha mulher é de idade avançada”.
19 O anjo respondeu-lhe: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para te falar e te trazer esta feliz nova.
20 Eis que ficarás mudo e não poderás falar até o dia em que estas coisas acontecerem, visto que não deste crédito às minhas palavras, que se hão de cumprir a seu tempo”.
21 No entanto, o povo estava esperando Zacarias; e admirava-se de ele se demorar tanto tempo no santuário.
22 Ao sair, não lhes podia falar, e compreenderam que tivera no santuário uma visão. Ele lhes explicava isto por acenos; e permaneceu mudo.
23 Decorridos os dias do seu ministério, retirou-se para sua casa.
24 Algum tempo depois Isabel, sua mulher, concebeu; e por cinco meses se ocultava, dizendo:
25 “Eis a graça que o Senhor me fez, quando lançou os olhos sobre mim para tirar o meu opróbrio dentre os homens”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Anúncio do nascimento de João Batista
 
Zacarias e sua esposa, já de idade avançada, vivem estéreis, sem filhos. Certa feita, estando no Templo, coube a Zacarias, “conforme o costume sacerdotal, entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso”, enquanto todo o povo permanecia do lado de fora. Eis que lhe aparece o Anjo do Senhor, dizendo-lhe, de modo preciso, que a sua esperança irá se concretizar: “Não tenhas medo, Zacarias, porque a tua súplica foi ouvida, e Isabel, tua mulher, vai te dar um filho, ao qual porás o nome de João”. Ditas no Templo, durante um ato litúrgico, suas palavras adquirem um valor amplo e profético. Elas correspondem à prece de Zacarias e também à súplica de todo o povo fiel, como conclui o próprio anjo ao dizer: “Terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento”, pois ele preparará o caminho e a vinda do Senhor (v.17). Pasmo e com dúvidas, Zacarias pergunta: “De que modo saberei disso?” O Anjo o tranquiliza e indica que as suas palavras brotam da vontade de Deus: “Eu sou Gabriel; assisto diante de Deus e fui enviado para anunciar-te esta boa nova”. Mas por causa de sua dúvida, “tu permanecerás mudo até o dia em que isso acontecer”, acrescenta o Anjo.
Todo o relato tem um alcance bastante amplo. O fato da esterilidade de sua esposa é imagem do povo de Israel, distante do Senhor e que necessita de penitência e de uma transformação de vida. Nesse sentido, é admirável o fato de S. Lucas, já no início do Evangelho, referir-se ao Espírito divino para indicar que João Batista “ficará pleno do Espírito Santo ainda no seio de sua mãe, e converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus”. Nisto ele faz entrever, em profundidade, a missão de Jesus, como assinala S. Beda, ao interpretar as palavras do Anjo a Zacarias “tua prece foi ouvida”, que corresponderiam “não diretamente à súplica por um filho, pois Zacarias considerava tal fato como impossível, mas ‘à oração’ pela salvação de todo o povo. E essa oração foi ouvida por Deus”.
         Portanto, embora se fale do nascimento de João Batista, a ideia central do relato é a vinda do Salvador, princípio de uma nova humanidade e fonte da comunicação do Espírito Santo aos homens.  O próprio nome imposto à criança João, que significa “graça de Deus”, aponta para a história da Salvação. A Zacarias, o Anjo anuncia que seu filho será apresentado como o precursor do Messias e “ficará pleno do Espírito Santo ainda no seio de sua mãe”. Por João, todos os filhos de Israel serão convocados a participar da liberdade abscôndita do Mistério de Deus. A própria mudez de Zacarias é sinal do apelo para que todos se deixem guiar por Deus, pois o grande Senhor se aproxima.

 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que eu te reconheça sempre como a manifestação da misericórdia divina pela humanidade, como o nome de João indica.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 18 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do Dia 18 de dezembro de 2013
Ano C

Mateus 1,18-24

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó guia de Israel, que no monte do Sinai orientastes a Moisés, oh, vinde redimir-nos com braço estendido!


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
1 18 Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo.
19 José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente.
20 Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo.
21 Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”.
22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta:
23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel, que significa: Deus conosco”.
24 Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
A OBEDIÊNCIA DE JOSÉ

 Tendo excluído a paternidade humana na geração de Jesus, a genealogia deixou sem explicação a participação de José no nascimento do Messias. Para superar esta lacuna, José é apresentado como um discípulo fiel que se deixou guiar por Deus e, assim, mesmo sem ter evidências, aceitou colaborar na obra da salvação.
O esposo de Maria foi definido como sendo um homem justo. Em suas dúvidas a respeito da noiva que se apresentara grávida, soube ouvir a voz de Deus e submeter-se a ela. O pedido de Deus era claro: José deveria acolher Maria como esposa e assumir, como filho, o que nela fora gerado por obra do Espírito Santo. A função de José no plano da salvação seria a de garantir a identidade social do menino Jesus. Doravante, este seria reconhecido como filho de José, embora fosse Deus seu verdadeiro Pai. Em seu papel de pai adotivo, competia-lhe dar, ao menino, o nome - Jesus - e, com isso, evidenciar sua missão de salvador da humanidade.
A obediência de José possibilitou o cumprimento do projeto salvífico divino, pois Jesus tornar-se-ia o Emanuel, a presença de Deus na vida da humanidade. Em Jesus, começaria uma nova etapa da História, sendo ele o acesso definitivo a Deus. Seria Deus conosco, caminhando com a humanidade pecadora em busca de salvação. Em tudo isto, foi grande o mérito do humilde José.

ORAÇÃO

Senhor Jesus, faze-me assimilar o exemplo de José, em sua obediência de discípulo disposto a colaborar na obra da salvação.
 
 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 17 DE DEZEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do Dia 17 de dezembro de 2013
Ano C

Mateus 1,1-17

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó sabedoria do altíssimo, que tudo determina com doçura e com vigor: oh, vem nos ensinar o caminho da prudência!


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
1 1 Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
2 Abraão gerou Isaac. Isaac gerou Jacó. Jacó gerou Judá e seus irmãos.
3 Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara. Farés gerou Esron. Esron gerou Arão.
4 Arão gerou Aminadab. Aminadab gerou Naasson. Naasson gerou Salmon.
5 Salmon gerou Booz, de Raab. Booz gerou Obed, de Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi.
6 O rei Davi gerou Salomão, daquela que fora mulher de Urias.
7 Salomão gerou Roboão. Roboão gerou Abias. Abias gerou Asa.
8 Asa gerou Josafá. Josafá gerou Jorão. Jorão gerou Ozias.
9 Ozias gerou Joatão. Joatão gerou Acaz. Acaz gerou Ezequias.
10 Ezequias gerou Manassés. Manassés gerou Amon. Amon gerou Josias.
11 Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no cativeiro de Babilônia.
12 E, depois do cativeiro de Babilônia, Jeconias gerou Salatiel. Salatiel gerou Zorobabel.
13 Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliacim. Eliacim gerou Azor.
14 Azor gerou Sadoc. Sadoc gerou Aquim. Aquim gerou Eliud.
15 Eliud gerou Eleazar. Eleazar gerou Matã. Matã gerou Jacó.
16 Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.
17 Portanto, as gerações, desde Abraão até Davi, são quatorze. Desde Davi até o cativeiro de Babilônia, quatorze gerações. E, depois do cativeiro até Cristo, quatorze gerações.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Genealogia de Jesus

          O sentido e a importância das genealogias na Bíblia são bem conhecidos. No caso presente, o evangelista resume o Antigo Testamento a uma história que conduz ao Messias, na certeza de que Deus dará cumprimento às promessas feitas e reiteradas através da história. Não se trata de dar conhecimento de um mistério isolado, mas levar à compreensão dinâmica da história da salvação e revelar que Deus, em sua fidelidade e generosidade, cumpre a promessa feita a Abraão e a Davi, promessa de enviar um Salvador e um Rei para governar a casa de Israel e para livrá-la de seus inimigos. A concepção virginal de Maria poderia sugerir que Jesus fosse alheio aos laços familiares e tivesse entrado na história do mundo sem laços físicos com a humanidade. A história de Maria nos precede e se situa nas palavras do Senhor que, através do profeta Isaías, proclama que “uma virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel, Deus conosco”. Promessa que, qual estrela de esperança, refulge ao longo da história de Israel. Nome que lhe é dado por José que, por esse gesto, segundo costume judaico, assume a posição de “pai adotivo” e o insere na cadeia das gerações, desde Abraão. 
 Ao gerá-lo por obra do Espírito Santo, Maria vai além da promessa feita a Davi e permite contemplar que o reino do seu Filho é o reino do próprio Deus e que nele se cumprem as esperanças postas no esperado “Cristo” ou Messias, cuja presença estende as bênçãos divinas a todos os povos e nações, constituindo-os, com Israel, um único povo. Nesse sentido, S. Cirilo recorda que “Abraão é figura dos dois povos, o povo judaico e o dos gentios, que creram em Cristo”.
Na longa série de gerações, síntese de uma história viva, despontam figuras anunciadoras da obra de Cristo e que nos levam à compreensão de sua pessoa. Inserido na história do povo de Israel, no dizer de Severo de Antioquia, “Ele participa da nossa natureza humana e cumpre todas as esperanças colocadas nele”. Assim, embora profundamente judeu, o evangelista S. Mateus apresenta uma rigorosa visão missionária e universalista de sua missão.  Igualmente, o novo povo de Deus, fundado sobre os apóstolos, remete-nos ao povo de Deus, herdeiro das promessas feitas aos patriarcas. 
         Portanto, o nascimento de Jesus, por intervenção do Espírito de Deus, manifesta a culminância profética e santa de toda a história, segundo os planos estabelecidos pela Providência divina. Ele é o sinal inicial da presença divina na nossa história, que terá seu apogeu no estabelecimento do Reino dos céus, com a presença da Igreja de Cristo estendendo-se até às extremidades da terra. A genealogia serve ao projeto de evidenciar o fato de ser Jesus o Messias, o Salvador prometido e anunciado pelos profetas. É Ele o Filho Unigênito de Deus, rei e salvador da humanidade, “nascido da família de Davi, segundo a carne” (Rm 1,3) e descendente de Abraão, pai de todos os povos. Ele é a intervenção decisiva de Deus na nossa história.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer, em tua humanidade, a presença da salvação oferecida pelo Pai, como dom gratuito a todos nós