SALVE MARIA
Evangelho do dia 28 de fevereiro de 2014
Ano A - Marcos 10,1-12
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 10 1 saindo dali, ele foi para a região da Judéia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume.
2 Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher.
3 Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?"
4 Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher."
5 Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei;
6 mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
7 Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;
8 e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9 Não separe, pois, o homem o que Deus uniu."
10 Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto.
11 E ele disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira.
12 E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério."
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 10 1 saindo dali, ele foi para a região da Judéia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume.
2 Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher.
3 Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?"
4 Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher."
5 Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei;
6 mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
7 Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;
8 e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9 Não separe, pois, o homem o que Deus uniu."
10 Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto.
11 E ele disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira.
12 E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério."
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Perguntas sobre o divórcio
Acalorada era a discussão entre os rabinos sobre o motivo que legitimava o repúdio da própria mulher. A questão girava ao redor das determinações do Deuteronômio, cujas expressões eram pouco precisas. Para testar Jesus, os fariseus lhe perguntam: “É lícito repudiar a própria mulher por qualquer motivo que seja?” Os mais rígidos, escola de Shammai, interpretavam o texto bíblico em seu sentido estrito: só em caso de uma conduta deveras desonrante. Ou em sentido mais amplo, escola de Hillel, segundo a qual se podia repudiar a mulher por não importa qual motivo. A pergunta é capciosa e visa colocar Jesus à prova.
Ciente do que se passa no coração de seus ouvintes, o Senhor situa a questão no quadro dos desígnios do Pai. Sem negar a Lei, é necessário superá-la não se deixando limitar por ela. Com sabedoria, Jesus põe em evidência o gesto inicial da criação do universo: o amor de Deus. No “princípio, Deus os fez homem e mulher”. Princípio não temporal, mas sim absoluto e eterno, que indica nossa eleição em Deus e nos remete aos desígnios eternos do Pai, que nos chama a ser imagem da própria Trindade, unidade perfeita no amor.
Através dos tempos e das civilizações, a marca indelével de Deus permanece em nós, não menos presente que a natureza humana saída das mãos de Deus. Nada poderá destruí-la, nem mesmo o pecado, embora ele nos torne dessemelhantes a Deus. A imagem, porém, jamais a perdemos. Sendo amor, escreve S. Gregório de Nissa,“Deus colocou também esta marca em nosso coração”. Desde a criação, fomos iniciados na comunhão do amor divino para vivê-lo e testemunhá-lo.
Ao amor infinito e gratuito de Deus, respondemos com nossa fidelidade e doação generosa. Misterioso e amoroso horizonte, que nos permite compreender as palavras de Jesus: “O que Deus uniu o homem não separe”. Portanto, o matrimônio é sinal sagrado do amor de Deus e, desde o início da era cristã, ele se realiza na Igreja, diante do seu ministro: “in facie ecclesiae”. Em sua carta a S. Policarpo, S. Inácio de Antioquia declara: “Convém que os homens e as mulheres que se casam, contratem sua união com o parecer do Bispo, a fim de que seu matrimônio se realize diante do Senhor”. S. Inácio reconhece que o matrimônio, instituição natural, foi enobrecido e elevado por Jesus à dignidade de sacramento. Certamente, estão presentes a ele as palavras do Apóstolo S. Paulo, que se refere ao matrimônio como imagem da união mística de Cristo com a Igreja, sua esposa (Ef.5).
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
ORAÇÃO
Senhor Jesus, leva-me a ter o mesmo pensar do Pai e a refazer meus esquemas mentais contaminados pelo pecado.