segunda-feira, 30 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 30 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 30 de setembro de 2013

Lucas 9,46-50

Aleluia, aleluia, aleluia.
Veio o filho do homem, a fim de servir dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naqueles tempo, 9 46 veio-lhes então o pensamento de qual deles seria o maior.
47 Penetrando Jesus nos pensamentos de seus corações, tomou um menino, colocou-o junto de si e disse-lhes:
48 "Todo o que recebe este menino em meu nome, a mim é que recebe; e quem recebe a mim, recebe aquele que me enviou; pois quem dentre vós for o menor, esse será grande".
49 João tomou a palavra e disse: "Mestre, vimos um homem que expelia demônios em teu nome, e nós lho proibimos, porque não é dos nossos".
50 Mas Jesus lhe disse: "Não lho proibais; porque, o que não é contra vós, é a vosso favor". Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
 
Quem é o maior?
         No surgimento da Igreja, o Apóstolo S. Pedro recebe do Senhor diversos sinais de preeminência, o que poderia despertar, entre os Apóstolos, certa rivalidade. Não esqueçamos, observa S. Jerônimo, que os demais “Apóstolos tinham visto que Pedro e o Senhor pagaram o mesmo tributo” devido ao Templo. Tiago e João foram escolhidos com Pedro para serem testemunhas da Transfiguração. Eles já o tinham sido da ressurreição da filha de Jairo. Vem, então, muito a propósito a curiosidade dos discípulos, “que se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram: Quem é o maior no Reino dos Céus?”
          Em todos os tempos, o desejo de grandeza e de glória encontra guarida em muitas mentes. Mas nada escapa ao olhar atento de Jesus. Por isso, querendo formá-los, ele adverte que para partilhar da sua glória é necessário passar pela cruz. De imediato, eles não o entendem, pois era forte entre eles a concepção da vinda gloriosa do Messias. Jesus não desiste. Em sua paciência, escreve S. Jerônimo, ele “quer purificar, por meio da humildade, o desejo de glória manifestado por eles”. Ele se assenta, como no sermão da Montanha, e profere um solene apelo, pois não se trata simplesmente de uma situação hierárquica. O essencial não é o lugar que eles ocuparão junto a ele, mas é possuir a condição necessária para entrar no Reino de Deus. E esta consiste, acentua S. Gregório de Nissa, “no serviço, compreendido como atitude de quem segue o Mestre e abraça como sentido de sua vida o amor a Deus e ao próximo”.
         É no amor, expresso no serviço, que o discípulo participa da realidade de Deus. Para tanto, há uma exigência, a de conversão, mudança no modo de pensar e de ser. Daí o fato de Jesus dizer: “Se alguém quiser ser o primeiro seja o último e aquele que serve a todos”. E exemplifica suas palavras, tomando uma criança e colocando-a no meio deles. “Neste gesto, diz Orígenes, ele simboliza a humildade, obra do Espírito Santo” na vida de quem o segue. A figura das crianças é comentada por S. Hilário que observa: “Por crianças, o Senhor significa todos os que nele creem pela fé, após tê-lo escutado. Pois serão ilário.. como as crianças, que seguem seu pai, que amam sua mãe e têm por verdadeiro o que lhes é dito”. Então, em sua vida, brilhará a humildade do Senhor.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito de igualdade, tira de mim todo ideal de grandeza que consiste no domínio sobre meu semelhante, e torna-me servidor humilde dos mais pequeninos.

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 29 de setembro de 2013
Lucas 16,19-31

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, sendo rico, se fez pobre por amor; para que sua pobreza nos, assim, enriquecesse (2Cor 8,9).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 16 19 disse Jesus: “Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava.
20 Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico.
21 Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico. Até os cães iam lamber-lhe as chagas.
22 Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
23 E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio.
24 Gritou, então: ‘Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas’.
25 Abraão, porém, replicou: ‘Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento.
26 Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá’.
27 O rico disse: ‘Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos,
28 para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos’.
29 Abraão respondeu: ‘Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos!’
30 O rico replicou: ‘Não, pai Abraão; mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão’.
31 Abraão respondeu-lhe: ‘Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos’.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!


REFLEXÃO
Parábola do mau rico e do pobre Lázaro

             A parábola não fala de um rico anônimo, voluntariamente cruel ou desdenhoso. Ele simplesmente ignora o pobre, embora este permaneça à sua porta. Exclama S. Jerônimo: “Ó mais infeliz entre os homens, vês um membro do teu corpo prostrado diante da porta e não tens compaixão. Em meio às tuas riquezas, o que fazes do que te é supérfluo?” Em muitos corações brama a mesma indignação ao verem tantos famintos, desprezados e rejeitados. Quantos, porém, vivem ao lado da miséria, sem vê-la, indiferentes e alheios ao sofrimento dos indigentes. O abismo entre Lázaro, no céu, e o rico, no inferno, foi criado durante sua vida terrena. Ouve-se a dura repreensão de S. Gregório Nazianzeno: “Imitai a imparcialidade de Deus, e não existirão mais pobres”. Forte apelo para despertar o amor e a responsabilidade para com os pobres, quer em nível social quer em âmbito de vida particular.
        O nome Lázaro, dado por Jesus ao pobre, significa “Deus é meu auxílio”. Apesar de uma vida adversa e sofredora, ele não perde sua esperança em Deus. Seus olhos contemplam os tesouros do céu. O mau rico nada vê além das riquezas terrenas, pois permanece preso aos bens materiais e aos prazeres humanos. Preocupado em buscar a felicidade terrena, nem nota o que se passa ao seu redor. Seu coração permanece fechado e vazio. Observa S. Agostinho: “Jesus não se referiu ao nome do rico, mas disse o nome do pobre. O nome do rico andava de boca em boca, mas Deus não o nomeia; silenciavam o nome do pobre, mas Deus o revela. Assim, Deus, que habita no céu, silencia o nome do rico porque não o encontra inscrito no céu. Porém, declara o nome do pobre porque aí o encontra inscrito, por sua própria solicitação”.
            Pródiga em imagens, a parábola retrata a retribuição pessoal concedida a Lázaro e traça os sofrimentos do rico, logo após a morte. Não se espera o fim dos tempos ou o julgamento último. A morte já os introduz na eternidade, marcada por um destino irrevogável. Estaria Jesus sendo muito severo? Ora, já no Antigo Testamento, ao se falar da esmola, sugerem-se consequências para a eternidade. Se ela “cobre uma multidão de pecados”, é necessário que ela não se resuma só à dádiva material. Unindo-se à caridade, ela comporta também um cuidado pessoal com o infeliz, pobre ou desamparado. Pois, diz S. Gregório de Nissa, “os pobres são os administradores de nossa esperança”. 
              A parábola traduz, com veemência e ardor, o apelo à conversão: Afastem-se as trevas do egoísmo e da ganância, do indiferentismo face à miséria do próximo, e abra-se o coração à generosidade e ao amor dadivoso e desinteressado.  Clama S. Hilário de Poitiers: “Deus não é medo, castigo, remorso, mas boa nova, amor, Ele é Pai”. Recordando a passagem do Evangelho: “com a medida com que medis sereis medidos”, S. Agostinho insiste: “ao rico, no tormento, é negada a misericórdia, porque não quis usar de misericórdia em sua vida. Por isso, quando em meio aos sofrimentos, ele invoca a piedade, não é ouvido, porque sobre a terra não acolheu as súplicas do pobre”.  Seu coração permanece fechado à misericórdia. 
 
 (Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito de sensatez, ensina-me a aproveitar o tempo que me é concedido para viver o amor, solidário com os pobres, de forma a me preparar para o encontro com o Senhor.
 

EVANGELHO DO DIA 28 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 28 de setembro de 2013

Lucas 9,43-45

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 9 43 todos ficaram pasmados ante a grandeza de Deus. Como todos se admirassem de tudo o que Jesus fazia, disse ele a seus discípulos:
44 "Gravai nos vossos corações estas palavras: O Filho do Homem há de ser entregue às mãos dos homens!"
45 Eles, porém, não entendiam esta palavra e era-lhes obscura, de modo que não alcançaram o seu sentido; e tinham medo de lhe perguntar a este respeito.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
A INCOMPREENSÃO DO SOFRIMENTO
A forma como Jesus introduz sua admoestação aos discípulos demonstra a gravidade de sua fala: "Prestem bastante atenção ao que vou dizer a vocês!" De fato, a revelação de seu destino haveria de pegar desprevenidos os discípulos. Eles jamais poderiam imaginar o que o Mestre lhe queria comunicar.
Os discípulos haviam conhecido um aspecto da realidade de Jesus: seu poder taumatúrgico, sua capacidade de fazer-se próximo dos pobres e dos pequeninos, sua autoridade para veicular ensinamentos jamais ouvidos, sua relação profunda com o Pai. Embora os mestres da Lei e os fariseus demonstrassem má vontade, as multidões ouviam-no empolgadas. Aderir a ele parecia ser um passo acertado.
Quando Jesus anunciou estar "para ser entregue nas mãos dos homens", os discípulos foram incapazes de compreender plenamente estas palavras, pois lhes pareciam obscuras. E receavam pedir explicações ao Mestre.
A revelação de Jesus colocou em xeque tudo quanto os discípulos pensavam a seu respeito. Pensá-lo sofredor, humilhado, aviltado nas mãos dos inimigos seria demais. Isto significava o fracasso das esperanças acalentadas até então.
Só Jesus era capaz de compreender que a perspectiva de morte não significava o fracasso de seu projeto. Aí, também, se realizava o desígnio do Pai.
Oração
Espírito de sintonia com Jesus, dá-me inteligência para compreender a morte de Jesus, na perspectiva da realização do projeto do Pai, e não como frustração.

(Pe. Jaldemir Vitório)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 27 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 27 de setembro de 2013

Lucas 9,18-22

Aleluia, aleluia, aleluia.
Veio o filho do homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
9 18 Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: "Quem dizem que eu sou?"
19 Responderam-lhe: "Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas".
20 Perguntou-lhes, então: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu: "O Cristo de Deus".
21 Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém.
22 Ele acrescentou: "É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia".
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
Confissão de Pedro
  
Como de costume, “Jesus se encontrava sozinho em oração”, na intimidade com o Pai. Assim foi quando escolheu os Apóstolos. Também agora, antes de introduzi-los no mistério de sua missão, cujo objetivo era formar e constituir o novo povo de Deus. Por isso, desejando associar os Apóstolos à sua missão, perguntou-lhes: “Quem dizem as multidões que eu sou?” A resposta de Pedro é significativa, imediata e direta, em nome de todos: “Tu és o Cristo de Deus”. As palavras de Pedro indicam não só a prova pela qual Jesus deverá passar, mas igualmente a fé dos discípulos, que hão de acolher a sua Paixão. É o seguimento da cruz, caminho de renúncia, necessário para encontrar-se nele e para decidir-se por Ele.  
Momento solene e revelador. Arrebatados ao âmago da vida de oração e de comunhão com o Pai, os olhos interiores dos Apóstolos se iluminam e eles reconhecem nas palavras de Jesus uma aquiescência implícita à sua missão de Servo Sofredor. Com efeito, chamando-o de “o Cristo de Deus”, o apóstolo reporta-se, evidentemente, ao Messias, compreendido não como um rei terreno e político, mas como o Salvador esperado e desejado por todos os homens, pois sua missão se estende para além dos horizontes de Israel e atinge todas as nações. É a realização da esperança messiânica: reunião de todas as gentes num só povo, o povo messiânico. Os gentios acolhidos são mais do que os prosélitos, vindos da diáspora, compreendem também todos os que se converteriam à sua Palavra, proclamada até as extremidades da terra.     
Mas há uma novidade maior. A ação de Jesus vai além da reconciliação dos homens com Deus e estende-se à comunhão dos homens entre si, graças à solidariedade com Ele, melhor, à inclusão nele de toda a humanidade regenerada. Bela é a expressão de S. Atanásio: “Deus se fez homem para que o homem se tornasse Deus”. Se a nossa humanidade é a mesma que foi assumida pelo Filho de Deus, então, podemos afirmar que a sua humanidade não é simplesmente semelhante à nossa, mas ela é de fato a que está em nós. Daí a sublime conclusão: nele, nós todos nos encontramos, de maneira que o retorno dele ao Pai já é nossa presença, em plenitude, junto de Deus. A missão alcança o seu escopo: no coração do Pai, o povo messiânico participa da perfeita unidade no amor.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito que nos faz conhecer Jesus, dá-me a graça de conhecer a verdadeira identidade do Filho de Deus, purificada de meus preconceitos pessoais.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 26 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 26 de setembro de 2013

Lucas 9,7-9

Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14,6).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naqueles dias, 9 7 O tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que Jesus fazia e ficou perplexo. Uns diziam: "É João que ressurgiu dos mortos"; outros: "É Elias que apareceu";
8 e ainda outros: "É um dos antigos profetas que ressuscitou".
9 Mas Herodes dizia: "Eu degolei João. Quem é, pois, este, de quem ouço tais coisas?" E procurava ocasião de vê-lo.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
UM MALVADO PERPLEXO

 A simples evocação do nome de Herodes é motivo de apreensão. Filho mais novo de Herodes, o Grande, governou com o título de tetrarca. Popularmente, era chamado de rei. Indivíduo astuto, ambicioso, amante do luxo e do prazer. Violento como o pai. Foi ele quem mandou prender e degolar João Batista, por ter-lhe censurado a injustiça cometida contra seu próprio irmão, cuja mulher tomara por esposa.
Herodes é uma pessoa a quem os milagres de Jesus deixa perplexo. Por quê? Supersticioso como era, poderia estar pensando que o Mestre fosse a reencarnação de João Batista, com a possibilidade de ser castigado pelo mal cometido contra ele. Se fosse Elias, seria sinal da consumação dos tempos, quando o Senhor viria para fazer a humanidade passar pelo crivo da sua justiça. Caso fosse um dos antigos profetas ressuscitados era de se esperar a realização das antigas esperanças de Israel. Nenhuma destas explicações deixava Herodes tranqüilo. As notícias a respeito de Jesus superavam todos esses esquemas messiânico-escatológicos.
A compreensão de Jesus e da sua ação dependem de um envolvimento pessoal com ele e da disposição de acolher sua mensagem, deixando-se transformar por ela. Em outras palavras, é preciso ter fé.
Exatamente isto é que faltava a Herodes, com relação a Jesus. Desejar vê-lo por mera curiosidade ou pseudo-interrogações não basta para conhecer quem ele, de verdade, é.
 
Oração

Espírito de compromisso, liberta meu coração de falsas interrogações a respeito de Jesus, e leva-me a compreender que só a fé engajada pode levar-me a conhecê-lo.

(Pe. Jaldemir Vitório)

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 25 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 25 de setembro de 2013

Lucas 9,1-6

Aleluia, aleluia, aleluia.
Convertei-vos e crede no Evangelho, pois o reino de Deus está chegando! (Mc 1,15)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 9 1 reunindo Jesus os doze apóstolos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades.
2 Enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.
3 Disse-lhes: “Não leveis coisa alguma para o caminho, nem bordão, nem mochila, nem pão, nem dinheiro, nem tenhais duas túnicas.
4 Em qualquer casa em que entrardes, ficai ali até que deixeis aquela localidade.
5 Onde ninguém vos receber, deixai aquela cidade e em testemunho contra eles sacudi a poeira dos vossos pés”.
6 Partiram, pois, e percorriam as aldeias, pregando o Evangelho e fazendo curas por toda parte.
Palavra da Salvação. Glória à Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
 
 
A missão dos Doze
         
         Convocando os Doze, Jesus os “envia a proclamar o Reino de Deus e a curar”. A ação do Mestre se estende e se multiplica, delineando a futura missão dos Apóstolos, que deverão levar sua mensagem por todo o mundo. Com ênfase, Ele recomenda-lhes não levarem nada consigo, pois os quer livres de todo apego aos bens materiais e de toda preocupação em obter posses terrenas. Porém, nas areias áridas do desprendimento, suspirando por um refrigério, oásis de Paz, eles miram nos horizontes o vulto do Senhor, que os proverá. “A glória deles, reflete S. Cirilo de Alexandria, não é a de não possuírem nada, mas a de se colocarem nas mãos divinas”. Recupera-se, então, o sentido original de renúncia como adesão existencial profunda, o que lhes permite contemplar, no cumprimento da missão confiada pelo Senhor, a aurora da alegria sobrenatural. E como discípulos, fiéis seguidores de Jesus, eles se assemelham a Ele que lhes “ordena dar gratuitamente o que gratuitamente eles tinham recebido”.
         No despojamento e na simplicidade, os Apóstolos compreendem que o verdadeiro milagre é viver e proclamar o amor. Assim se explica o entusiasmo deles em anunciar o amor “agápico” e em cumprir o apelo do Senhor: dar gratuitamente. Experiência misteriosa e única. O amor ao próximo é para eles sintoma da aquisição do verdadeiro amor a Deus, que é infinita generosidade e bondade.
Por conseguinte, o mandato do Senhor de “dar gratuitamente o que gratuitamente receberam” corresponde à ordem de evangelizar, pois evangelizar não é um capricho sentimental, mas é viver o amor, movimento da alma, “energia divina”, que inflama a alma sem cessar e a reúne a Deus pela força do Espírito Santo. S. João Clímaco, mais tarde, exclamará: “Tu feriste minha alma, ó Amor, e meu coração não pode suportar tuas chamas. Avanço, louvando-te”. Eis a missão dos Apóstolos. Eis a nossa missão. Nesse sentido, S. Isaac Siríaco assevera: “O sinal seguro para reconhecer os verdadeiros anunciadores do Evangelho é não lhes parecer suficiente o fato de serem, porventura, entregues, dez vezes ao dia, às chamas por sua caridade para com o próximo”. No amor, os Doze anunciam e vivem o Evangelho.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, faze crescer em mim a consciência de que sou teu mensageiro, enviado para proclamar o Reino confiado unicamente em ti.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 24 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 24 de setembro de 2013

Lucas 8,19-21

Aleluia, aleluia, aleluia.
Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11,28)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 8 19 a mãe e os irmãos de Jesus foram procurá-lo, mas não podiam chegar-se a ele por causa da multidão.
20 Foi-lhe avisado: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e desejam ver-te".
21 Ele lhes disse: "Minha mãe e meus irmãos são estes, que ouvem a palavra de Deus e a observam".
Palavra da Salvação. Glória a Vós Senhor!

REFLEXÃO
 
O FRUTO DA PALAVRA
 
A vivência sincera da Palavra de Deus estabelece entre o discípulo do Reino e Jesus uma profunda comunhão. Mas também, entre os mesmos discípulos, a Palavra produz frutos de fraternidade e solidariedade. Em ambos os casos, os laços interpessoais podem mostrar-se mais fortes que os provenientes das relações familiares.
Disto resulta a nova família do Reino em que a paternidade provém de Deus, e a convivência entre os membros pauta-se pelo amor e pela igualdade, para além de raça, de condição social e de diferença de gênero. Ser judeu ou pagão, escravo ou livre, homem ou mulher são distinções irrelevantes para a família do Reino. A possibilidade de viver a comunhão desponta no horizonte, deixando de lado tudo o que possa ser motivo de divisão.
Desta forma, no contexto do Reino, relativiza-se a família natural de Jesus. O fato de ser sua mãe ou seus irmãos tinha pouca relevância. Esta familiaridade não lhes dava precedência na relação com o Mestre. Seria inútil exigir este direito, já que o haviam perdido.
Tanto a mãe quanto os seus parentes deveriam fazer o caminho de sua relação com Jesus passar pela submissão à Palavra de Deus. Doravante, serão seus familiares os que, como ele, ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.

Oração
 
Espírito de submissão à Palavra de Deus, que a escuta e a prática da Palavra me tornem membro da família do Reino, a nova família de Jesus.

(Pe. Jaldemir Vitório)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 23 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 23 de setembro de 2013

Lucas 8,16-18

Aleluia, aleluia, aleluia.
Vós sois a luz do mundo; brilhe a todos a vossa luz. Vendo eles vossas obras, deem glória ao Pai celeste! (Mt 5,16)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 8 16 "Ninguém acende uma lâmpada e a cobre com um vaso ou a põe debaixo da cama; mas a põe sobre um castiçal, para iluminar os que entram.
17 Porque não há coisa oculta que não acabe por se manifestar, nem secreta que não venha a ser descoberta.
18 Vede, pois, como é que ouvis. Porque ao que tiver, lhe será dado; e ao que não tiver, até aquilo que julga ter lhe será tirado".
Palavra da Salvação. Glória à Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
 
Como receber e transmitir a mensagem de Jesus
         Se o pecado é “o sonho da alma”, a vida espiritual é crescimento na graça divina e experiência da luz divina. Por isso, para transmitir a mensagem do Reino de Deus, Jesus emprega a imagem da luz ou da lâmpada, bastante familiar ao precursor João Batista, mas também a Ele, que permanece oculto sob a humildade de sua “carne” e de sua Palavra. Aliás, no mundo antigo a lâmpada tinha uma função muito mais importante do que em nossos dias. Para os judeus a luz também exprimia a beleza interior, a verdade e a bondade de Deus. Os salmos não cessam de proclamar: “Em sua luz vemos a luz”; “a sua palavra é a lâmpada que guia os nossos passos”.
         Em sua benevolência, Jesus ilumina, com sua luz sem ocaso, sem mudança, jamais eclipsada, as trevas de nossa vida, comunicando alegria e paz. Ele é a luz que brilha nos corações dos que creem em sua palavra e os torna capazes de contemplar a realidade divina do Reino de Deus. Juntos com São Sofrônio, podemos dizer: “Levamos em nossas mãos círios acesos para significar a luz eterna daquele que vem a nós. De nossa alma afastam-se as terríveis trevas e somos iluminados com o resplendor de Cristo”. Sem dúvida, os que são dignos da luz divina, são purificados interiormente e afugentam as trevas do erro, da mentira e do pecado. Ela é o calor que acalenta o coração humano no amor a Deus e ao próximo, pois “por acaso se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma cama?” Clemente de Alexandria vê nestas palavras do Mestre a pergunta: “Para que serve uma sabedoria que não torna sábio quem é capaz de entendê-la?”
         Iluminados interiormente, somos chamados “luz do mundo”, porque Jesus antevê, no fundo dos nossos corações, comenta Tertuliano, “o bem presente em nós”, concedido pelo próprio Deus, que nos capacita para o anúncio dos seus ensinamentos. Dom gratuito do amor divino, que leva S. Agostinho a exclamar: “Sejamos dispensadores e não usurpadores”, pois recebemos para dar e não para reter. A Palavra de Deus, desejada e amada por nós, ilumina-nos e nela tornamo-nos transmissores da mensagem do Senhor, porquanto soa, no silêncio do nosso coração, a recomendação do Mestre: “Cuidai do modo como ouvis, porque ao que tem, será dado; e ao que não tem, mesmo o que pensa ter, lhe será tirado”.
 
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito que ilumina a humanidade, faze que as comunidades cristãs sejam autênticas portadoras da luz do Evangelho para os que estão perdidos nas trevas do erro ou da maldade.

EVANGELHO DO DIA 22 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 22 de setembro de 2013

Lucas 16,1-13

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, sendo rico, se fez pobre e por amor; para que sua pobreza nos, assim, enriquecesse (2Cor 8,9).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
16 1 Jesus disse também a seus discípulos: “Havia um homem rico que tinha um administrador. Este lhe foi denunciado de ter dissipado os seus bens.
2 Ele chamou o administrador e lhe disse: ‘Que é que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, pois já não poderás administrar meus bens’.
3 O administrador refletiu então consigo: ‘Que farei, visto que meu patrão me tira o emprego? Lavrar a terra? Não o posso. Mendigar? Tenho vergonha.
4 Já sei o que fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando eu for despedido do emprego’.
5 Chamou, pois, separadamente a cada um dos devedores de seu patrão e perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves a meu patrão?’
6 Ele respondeu: ‘Cem medidas de azeite’. Disse-lhe: ‘Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve: cinqüenta’.
7 Depois perguntou ao outro: ‘Tu, quanto deves?’ Respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma os teus papéis e escreve: oitenta’.
8 E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes’.
9 Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.
10 Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes.
11 Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras?
12 E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
13 Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
Palavra da Salvação. Glória à Vós, Senhor!

REFLEXÃO
UMA ESTRANHA COMPARAÇÃO
 
A parábola evangélica pode soar estranha aos nossos ouvidos. Partindo da esperteza de um administrador claramente desonesto, Jesus tira lições de vida para o discípulo do Reino. Afinal, a comparação tem sua razão de ser.
O administrador age como um capitalista de nossos tempos. Conhece a maneira de garantir sua fonte de lucro e, prevendo dificuldades futuras, toma as providências necessárias para evitar o fracasso. Suas estratégias são eficientes, por serem bem estudadas. Seria arriscado dar um passo em falso e colocar tudo a perder. Pouco lhe importa considerações de caráter ético. Se é preciso ser desonesto e cometer injustiça para atingir o objetivo, não lhe interessa! Os meios justificam-se pelo fim a ser alcançado.
Jesus quer inculcar nos discípulos esta mesma disposição, em se tratando de dispor-se para alcançar o Reino. Evidentemente, os elementos de desonestidade ficam fora de cogitação. O ponto focalizado, na atitude do administrador, é sua decisão inabalável, sua capacidade de encontrar a forma adequada de ver concretizado seu intento, a coragem de enfrentar os riscos, o otimismo que não permite pôr em dúvida o seu projeto.
Jesus constata que os filhos deste mundo são muito mais espertos do que os filhos da luz. Aqueles têm muito a ensinar a estes últimos, pois lhes falta determinação na busca de seus objetivos.

Oração
Espírito de determinação, afasta de mim toda tentação de acomodar-me, pouco me empenhando em vivenciar o que o Reino exige de mim.

(Pe. Jaldemir Vitório)

sábado, 21 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 21 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 21 de setembro de 2013

Mateus 9,9-13

Aleluia, aleluia, aleluia.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos, vos louva, ó Senhor, o coro dos apóstolos.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
9 9 Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, que estava sentado no posto do pagamento das taxas. Disse-lhe: "Segue-me. O homem levantou-se e o seguiu".
10 Como Jesus estivesse à mesa na casa desse homem, numerosos publicanos e pecadores vieram e sentaram-se com ele e seus discípulos.
11 Vendo isto, os fariseus disseram aos discípulos: "Por que come vosso mestre com os publicanos e com os pecadores?"
12 Jesus, ouvindo isto, respondeu-lhes: "Não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes.
13 Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores."
Palavra da Salvação. Glória à Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
 
Vocação de Mateus
        
         Jesus se encontra em Cafarnaum, cidade buliçosa, situada na rota de Damasco. Razão da presença aí de aduanas e dos respectivos cobradores de impostos. São os publicanos (telovai), dentre os quais se encontra Mateus, nome hebraico, provavelmente abreviação de Matatías, que significa “dom de Deus”. Jesus o chama. Na vocação de Mateus, a tradição patrística e a literatura ascética destacam dois aspectos fundamentais: o apelo gratuito e eficaz do Senhor e a resposta pronta e incondicional de Mateus. A primeira revela a bondade e o poder do Mestre, a segunda aponta para a acolhida e disponibilidade do Apóstolo. Jesus, segundo S. Beda o venerável, “viu mais com os olhos interiores do seu amor do que com os olhos corporais. Jesus viu o publicano e, porque o amou, o escolheu, e lhe disse: Segue-me, isto é, imita-me. Ele o segue, menos com seus passos, mas muito mais com seu modo de agir, pois quem está em Cristo, anda de contínuo como ele andou”.
         Jesus chama-o e Mateus o segue. Comenta S. Jerônimo: “Mateus diz ser um publicano para mostrar que ninguém deve se desesperar sobre sua salvação. Importante é se converter para uma vida melhor. De publicano, ele é transformado em apóstolo, bastando um chamado do Senhor”.  Ele se torna seguidor do Mestre e vive em sua intimidade. De fato, levantando-se, ele acompanha Jesus, numa correspondência exata e imediata da resposta ao apelo, sinal que ela é sem reticência ou hesitação. Essa sua atitude, como a de Pedro e a dos demais apóstolos, que deixando tudo o seguem, vai permitir-lhe a presença e a ação da graça. A alegria inesperada e pascal de estar com Jesus reflete-se no Evangelho, escrito por ele. É a primavera de Deus manifestada ao paralítico: “Levanta-te, teus pecados te são perdoados”. E a Mateus: “Vem e segue-me”. Escreve S. João Crisóstomo: “Jesus, que conhece os secretos pensamentos de cada pessoa, sabe o momento em que cada um de nós está pronto para escutar o seu chamado”.
         Ao chamado de Jesus segue-se a ceia oferecida por Mateus. À ceia foram “muitos publicanos e pecadores, que se sentaram à mesa com Jesus e os Apóstolos”. Os fariseus ficam consternados. Como poderia o Mestre comer com tais pessoas? A resposta é clara e tocante. Soa como um forte apelo à conversão: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Ide, pois, e aprendei o que significa: misericórdia é que eu quero, e não sacrifício. Com efeito, eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. Certa ironia se reflete nas palavras de Jesus, pois os fariseus se julgavam justos e Jesus dá, justamente, preferência aos pecadores. Desejo profundo e ardente de levar todos à prática da misericórdia e a não se prenderem às observâncias externas da Lei, mas a viverem a compaixão misericordiosa no cuidado dos pobres e pecadores.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, tira de mim o medo e a covardia que me impedem de iluminar, com minhas ações, o que, no nosso mundo, está mergulhado nas trevas.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 20 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 20 de setembro de 2013

Lucas 8,1-3

Aleluia, aleluia, aleluia.
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
8 1 Depois disso, Jesus andava pelas cidades e aldeias anunciando a boa nova do Reino de Deus.
2 Os Doze estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios;
3 Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Susana e muitas outras, que o assistiram com as suas posses.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
A SERVIÇO DO REINO


 Para aceitar as mulheres como servidoras do Reino foi preciso que Jesus superasse a mentalidade judaica a qual as considerava espiritual e moralmente inferiores aos homens. Por isso, indignas de receberem instrução religiosa semelhante aos homens e, muito menos, tornar-se discípulas de um mestre que se prezasse.
O gesto de Jesus, que aceitou a colaboração das mulheres ao lado dos Doze, era uma prova evidente de que reconhecia a dignidade das mulheres, colocando-as no mesmo nível espiritual e moral dos homens.
As seguidoras do Mestre eram movidas por um profundo senso de gratidão. Todas tinham feito a experiência da misericórdia de Jesus, uma vez que "foram curadas de espíritos malignos e de enfermidades". Pôr-se a serviço de Jesus e, por extensão, a serviço dos mais necessitados, era a forma melhor de se mostrarem agradecidas. De Maria Madalena afirma-se terem sido expulsos sete demônios, isto é, fora curada de uma doença extremamente grave. Tendo sido salva da morte, colocou-se a serviço da vida.
Estas mulheres demonstraram a Jesus uma fidelidade a toda prova. Estiveram junto dele até a cruz, quando os discípulos, abandonando o Mestre, puseram-se em fuga. E, assim como foram testemunhas da crucifixão, serão também as primeiras testemunhas da ressurreição. Quem manifestou maior amor por Jesus, teve o privilégio de experimentar, antes dos discípulos, a alegria de sabê-lo ressuscitado.
 
Oração
Pai, reveste-me do amor e da fidelidade necessárias para ser servidor do Reino. Que eu demonstre meu reconhecimento a ti, colocando minha vida a serviço do meu próximo.

(Pe. Jaldemir Vitório)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 19 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do Dia
Ano C - 19 de setembro de 2013

Lucas 7,36-50

Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
7 36 Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa.
37 Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume;
38 e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume.
39 Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: “Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora”.
40 Então Jesus lhe disse: “Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre”, disse ele.
41 “Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinqüenta.
42 Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais?”
43 Simão respondeu: “A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou”. Jesus replicou-lhe: “Julgaste bem”.
44 E voltando-se para a mulher, disse a Simão: “Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos.
45 Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés.
46 Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés.
47 Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama”.
48 E disse a ela: “Perdoados te são os pecados”.
49 Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: “Quem é este homem que até perdoa pecados?”
50 Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: “Tua fé te salvou; vai em paz”.
Palavra da Salvação. Glória à Vós Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
A pecadora perdoada
     
         Diante de Jesus ninguém permanece indiferente. Rejeita-o ou é atraído por ele. Se suas palavras, por vezes, são duras, ele demonstra ser bondoso para com todos. No Evangelho de hoje, reunido com os pecadores, Jesus revela sua divina misericórdia. S. Gregório de Nissa observa que “o Senhor, convidado por um fariseu, não rejeita o convite, embora seu anfitrião não seja um dos seus discípulos, aliás, ele não crê nEle. Por que então S. Lucas transmite-nos esta cena? Talvez para dar-nos um exemplo da conduta de Jesus. De fato, deparamo-nos com muitas pessoas que, fechadas sobre si mesmas, julgam-se justas e tratam as demais pessoas com desprezo por tê-las como pecadoras. Sem esperar o dia do julgamento, separam os cabritos dos cordeiros, pois pensam ver  as portas do céu abrirem-se, exclusivamente, para elas, pois não querem partilhar com as demais o lugar nem a mesa”.
         E eis que, durante a ceia, uma mulher tida como pecadora aproxima-se de Jesus.  Observa S. Gregório Magno: “Porque Maria viu claramente as manchas de sua vergonha correu para lavá-las na fonte da Misericórdia, e não teve vergonha diante dos convivas. No seu interior, a vergonha era tão grande, que ela não temia mais nada proveniente do exterior. Mas, o que mais admiramos? Maria que se aproxima ou o Senhor que a recebe? Mais exato seria perguntar: é Ele quem a recebe ou é Ele quem a atrai? Ele a atrai e a recebe, pois a atrai no interior de sua misericórdia e a recebe com bondade”. Por considerar-se indigna, ela permanece atrás do Mestre e prostrando-se aos seus pés, lava-os com suas lágrimas. Manifestação tangível da corporeidade do Salvador e súplica silenciosa de uma pecadora, que o unge com precioso perfume.
         Presentes na ceia, os fariseus prendem-se às aparências e ao passado da mulher. “Rotulada” e desprezada, ela encontra coragem, provinda da fé, para chegar a Jesus e colocar-se à mercê da misericórdia divina. Ato de reverência e afeto ao Senhor. Ao inverso da reação farisaica, Jesus, que sonda “os rins e os corações” e lê o que se encontra no seu interior, é todo bondade. À súplica da pecadora, Ele responde com o perdão: “Porque ela demonstrou muito amor, seus numerosos pecados lhe estão perdoados”. No amor, reina o perdão. 
 
 (Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, tira de mim toda malícia e todo preconceito que me levam a interpretar, de forma equivocada, o que é gesto de amor.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 18 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 18 de setembro de 2013

Lucas 7,31-35

Aleluia, aleluia, aleluia.
Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna (Jo 6,63.68).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
7 31 Disse Jesus: “a quem compararei os homens desta geração? Com quem se assemelham?
32 São semelhantes a meninos que, sentados na praça, falam uns com os outros, dizendo: ‘Tocamos a flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes’.
33 Pois veio João Batista, que nem comia pão nem bebia vinho, e dizeis: ‘Ele está possuído do demônio’.
34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: ‘Eis um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e libertinos’.
35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
 
SALVOS PELA CRUZ

 A expressão “exaltação da cruz” deve ser corretamente compreendida para se evitar mal entendidos. Erraria quem a interpretasse como uma apologia do sofrimento, privando-a do contexto em que se deu na vida de Jesus.
O diálogo com Nicodemos ajuda-nos a encontrar o sentido da cruz, no conjunto do ministério do Mestre. Evocando a serpente de bronze erguida por Moisés no deserto, Jesus afirmava ser necessário que ele também fosse elevado para salvar os que haveriam de crer nele. Como a serpente de bronze era penhor de vida para o povo pecador que a contemplava no alto do mastro, o mesmo aconteceria com o Messias. A força salvadora do Filho erguido na cruz era uma clara manifestação da presença do Pai em sua vida. Afinal, na cruz, o Filho revelava sua mais absoluta fidelidade ao Pai. Por se recusar a não trilhar o caminho traçado pelo Pai, teve de se confrontar com a terrível experiência de sofrer a morte dos malfeitores. Assim, tornou-se fonte de salvação.
A exaltação da cruz tem por objetivo glorificar Jesus por seu testemunho de adesão incondicional ao querer do Pai. Só é capaz deste gesto quem acolheu a salvação de que é portadora, e deseja mostrar-se agradecido a Jesus, por tamanha prova de amor. Quem se dispõe a abrir o coração e deixar a cruz dar seus frutos de vida e salvação, irá beneficiar-se do amor infinito que o Pai demonstrou pela humanidade pecadora.

 Oração

 Pai, ao exaltar a cruz de teu Filho Jesus, quero abrir meu coração para que ela frutifique em mim, renovando minha disposição de ser totalmente fiel a ti.
(Pe. Jaldemir Vitório)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 17 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 17 de setembro de 2013

Lucas 7,11-17

Aleluia, aleluia, aleluia.
Um grande profeta surgiu entre nós, e Deus visitou o seu povo (Lc 7,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
7 11 No dia seguinte dirigiu-se Jesus a uma cidade chamada Naim. Iam com ele diversos discípulos e muito povo.
12 Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto a ser sepultado, filho único de uma viúva; acompanhava-a muita gente da cidade.
13 Vendo-a o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: "Não chores!"
14 E aproximando-se, tocou no esquife, e os que o levavam pararam. Disse Jesus: "Moço, eu te ordeno, levanta-te".
15 Sentou-se o que estivera morto e começou a falar, e Jesus entregou-o à sua mãe.
16 Apoderou-se de todos o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: "Um grande profeta surgiu entre nós: Deus voltou os olhos para o seu povo".
17 A notícia deste fato correu por toda a Judéia e por toda a circunvizinhança.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
 
Ressurreição do filho da viúva de Naim
         Qual é nossa reação diante da dor e dos sofrimentos de nossos semelhantes? Jesus é tocado, diz-nos o Evangelho, no mais profundo de seu coração e sente compaixão. De fato, dois cortejos encontram-se, um seguindo o enterro do filho de uma viúva e outro acompanhando o Senhor. A morte e a vida. O evangelista destaca aspectos comoventes: o morto é um jovem, filho único de uma viúva. Vendo-a, Jesus “ficou comovido e disse-lhe: ‘não chores’”. Da sensação ao sentimento, verdadeira expressão da humanidade de Jesus. Ele é verdadeiramente homem, e homem de coração. Movido em suas entranhas, Jesus tem piedade daquela mulher. Mais do que simples compaixão humana, é a imensa ternura de Deus diante da miséria humana. Manifestação da misericórdia divina. E Jesus a demonstra diante da multidão, como também diante do cego de Jericó. É a compaixão do Bom Samaritano, como também do pai diante do filho pródigo. A misericórdia divina toma a dianteira, antes mesmo que a fé peça o milagre. A respeito disso, escreve S. Cirilo de Alexandria: “Observa como ele une milagre a milagre. No primeiro caso, na cura do servo do centurião, ele atende a um convite, mas aqui ele se avizinha sem ser convidado. Ninguém lhe pediu para trazer à vida o morto, mas ele o faz por iniciativa própria”.São Gregório de Nissa entende que “o Senhor não se limita a assegurar, com as suas palavras, que os mortos ressurgirão (Jo 11,25s; Mc 12,25s), mas realiza ele mesmo a ressurreição e opera os seus prodígios partindo das coisas mais próximas, sobre as quais não se pode nutrir dúvidas”. Neste sentido, continua S. Gregório, “Jesus atesta seu poder doador de vida quando cura os enfermos atingidos por doenças mortais e ao despertar uma jovem recém-falecida. Agora, ao restituir à mãe um jovem que era levado ao sepulcro e, enfim, ao ressuscitar ao terceiro dia o seu próprio corpo transpassado pelos cravos e pela lança”.
         A ressurreição do filho da viúva revela a realidade divina de Jesus, nosso Salvador. Ele o ressuscita mediante uma simples palavra: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” O verbo levantar-se nos remete à Ressurreição de Jesus (1Cor 15,4; At 3,15). Igualmente, sugere o fim dos tempos (Lc 20,37) e também a ressurreição espiritual realizada “pelo despertar” do batismo (Ef 5,14). A ressurreição física do filho da viúva de Naim anuncia todas as ressurreições que hão de vir, inclusive a ressurreição da morte para a qual o pecado nos arrasta. Santo Ambrósio assinala que “mesmo se há pecado grave, do qual não podeis vos lavar por vós mesmos pelas lágrimas do arrependimento, por vós a Igreja como mãe chora e intercede por todo filho como a mãe viúva por seus filhos únicos, sobretudo ao ver seus filhos atraídos para a morte por causa dos vícios funestos”.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
Oração
Pai, torna-me sensível ao sofrimento e à dor de cada pessoa que encontro no meu caminho. Que a minha compaixão se demonstre com gestos concretos.