segunda-feira, 9 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 08 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA
 
Evangelho do dia 8 de setembro de 2013

Lucas 14,25-33

Aleluia, aleluia, aleluia.
Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos! (Sl 118,135)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
14 25 Muito povo acompanhava Jesus. Voltando-se, disse-lhes:
26 “Se alguém vem a mim e não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
27 E quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo.
28 Quem de vós, querendo fazer uma construção, antes não se senta para calcular os gastos que são necessários, a fim de ver se tem com que acabá-la?
29 Para que, depois que tiver lançado os alicerces e não puder acabá-la, todos os que o virem não comecem a zombar dele,
30 dizendo: ‘Este homem principiou a edificar, mas não pode terminar’”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
Renunciar ao que temos de mais caro
                    As multidões, movidas pelo desejo de unidade e de amor, vão aonde quer que Jesus esteja. E muitos, pouco a pouco, compreendem que segui-lo significa ser regenerado na fé e, nascido do alto, ter uma vida nova na experiência de Deus. Segui-lo é mais do que caminhar com o mestre, entregando-se aos seus ensinamentos. Não é só algo exterior, mas muito mais algo interior, que requer condições estipuladas pelo próprio Senhor. Diz Jesus: “Se alguém vem a mim e não odeia pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo”.
          Não nos assustemos com tais palavras, pois elas não visam aplacar “a cólera” de Deus ou satisfazer a justiça divina. Elas expressam a exortação do Senhor para que os discípulos renunciem à vocação seguida até então e ofereçam a Deus um sacrifício de louvor e de santificação. São Basílio observa que “ao falar do ódio, Jesus não deseja despertar em nossos corações tramas e insídias, mas quer conduzir-nos à virtude da piedade e a rejeitar a voz dos que nos desejam desviar dos ensinamentos divinos”.  
         O verbo odiar adquire, assim, o sentido de “ter menos em conta”, o que realça o enfático apelo de Jesus: existir inteiramente para Deus, descerrando os olhos do seu coração e abrindo-os à contemplação das belezas divinas. Portanto, o Senhor de um modo bastante direto quer que o discípulo não considere como valor supremo de sua vida as realidades do mundo, quaisquer que elas sejam, mas que ele se enamore do bem, da verdade e da luz, abandonando o mal, a mentira e as trevas. Então, guiado pela verdade e penetrado pelo amor divino, ele se confia à palavra de Deus para amar, em profundidade e santamente, seus parentes e familiares, seus irmãos e semelhantes.
        Do coração do discípulo brota um autêntico hino de louvor à liberdade, transportando-o ao coração amoroso de Jesus, que lhe transmite o poder de amar a todos, não só seus familiares, mas até seus próprios inimigos. As exigências apresentadas unem-se à infinita misericórdia de Jesus, que, de modo enfático, une o discípulo ao seu martírio na cruz com as palavras: “Quem não carregar a sua cruz, quem não renunciar a si mesmo, não pode ser meu discípulo”. Portanto, no seguimento de Jesus e unido ao seu sacrifício pela salvação da humanidade, o discípulo coloca sua vida, generosa e despretensiosamente, a serviço de Deus e dos irmãos.  

(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
Oração 
Espírito que predispõe para a renúncia, torna-me apto para o discipulado, libertando-me diante do que pode me desviar das exigências do Reino.

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