terça-feira, 3 de setembro de 2013

EVANGELHO DO DIA 03 DE SETEMBRO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 03 de setembro de 2013

4,31-37

Aleluia, aleluia, aleluia.
Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo (Lc 7,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
4 31 Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e ali ensinava-os aos sábados.
32 Maravilharam-se da sua doutrina, porque ele ensinava com autoridade.
33 Estava na sinagoga um homem que tinha um demônio imundo, e exclamou em alta voz: 34 “Deixa-nos! Que temos nós contigo, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus!”
35 Mas Jesus replicou severamente: “Cala-te e sai deste homem”. O demônio lançou-o por terra no meio de todos e saiu dele, sem lhe fazer mal algum.
36 Todos ficaram cheios de pavor e falavam uns com os outros: “Que significa isso? Manda com poder e autoridade aos espíritos imundos, e eles saem?”
37 E corria a sua fama por todos os lugares da circunvizinhança.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
Lc 4, 31-37: A cura de um endemoninhado
       
Reportando-se aos sinais feitos pelos profetas Elias e Eliseu, o povo exclama: “Nunca se viu coisa semelhante em Israel!” O assombro dos que presenciam o milagre é o momento culminante das obras messiânicas, realizadas por Jesus, em sua missão pública. Anteriormente, o mesmo tinha acontecido em relação à sua pregação, em que todos ficaram admirados e exclamavam: “Ele fala com autoridade!”
A cura do endemoninhado encerra-se com um duplo julgamento: A revelação maravilhosa das obras de Jesus e a interpretação malévola, perpetrada por seus inimigos, que “descidos de Jerusalém” declaram: “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios”. Por isso, há a exigência de um ato de fé, pois em ambas as situações, pregação e cura de enfermos, exprime-se um aspecto característico do poder de Jesus, distinguindo-o de alguns de seus contemporâneos, que praticavam a magia e se declaravam capazes de exorcizar. Em contraste com o que sucedia com eles, quando Jesus utiliza o poder de sua palavra, todos ficam surpresos e, pasmos, exclamam: “Eis um ensinamento novo, cheio de autoridade! Ele ordena aos espíritos impuros e eles lhe obedecem!”
A descrição do homem, apresentado a Jesus, deixa entrever o elemento demoníaco presente na experiência humana. A propósito desse episódio, Orígenes fala da liberdade concedida por Deus ao homem, “conduzindo-o ao cume do bem ou precipitando-o no abismo do mal”.  É o combate interior, descrito como o conflito trágico entre o poder do mal e a benevolência divina, que torna cada um “artífice de sua salvação ou de sua condenação”. Em sua missão, Jesus livra o homem do império do mal ou de um poder pessoal mais forte do que ele, e leva-o ao Reino do amor, da paz e da justiça.
O pecado assombra a natureza humana, desviando-a de sua lídima realização e deformando a reta orientação de seus atos. Como a poluição do ar impede de se ver claramente a luz do sol, o pecado não permite a livre atuação da graça e o desabrochar harmonioso da criatura em sua natureza. Tais impedimentos multiplicam-se na vida da pessoa e no corpo social, podendo chegar ao obscurantismo e à barbárie, não dando espaço para a reta e natural ordenação do homem, “criado à imagem e semelhança de Deus”. Porém, permanece no homem a radical capacidade para o bem, que o conduz não a um divino anônimo, mas a Cristo transfigurado. Então, despertado do sonambulismo, ele vive o resplendor da cruz e participa da vitória sobre o pecado e o mal.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
Oração
Espírito que desarticula o poder do mal, liberta todos os que vivem subjugados pelas forças malignas e, assim, impedidos de reconhecer o amor de Deus, manifestado em Jesus.
 

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