SALVE MARIA!
Evangelho do dia 15 de setembro de 2013
Lc 15,1-32
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Senhor reconciliou o mundo em Cristo, confiando-nos sua palavra, a palavra da reconciliação, a palavra que hoje, aqui nos salva! (2Cor 5,19)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
15 1 Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo.
2 Os fariseus e os escribas murmuravam: “Este homem recebe e come com pessoas de má vida!”
3 Então lhes propôs a seguinte parábola:
4 “Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5 E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo,
6 e, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: ‘Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido’.
7 Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma delas, não acende a lâmpada, varre a casa e a busca diligentemente, até encontrá-la?
9 E tendo-a encontrado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido.
10 Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrependa”.
11 Disse também: “Um homem tinha dois filhos.
12 O mais moço disse a seu pai: ‘Meu pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai então repartiu entre eles os haveres.
13 Poucos dias depois, ajuntando tudo o que lhe pertencia, partiu o filho mais moço para um país muito distante, e lá dissipou a sua fortuna, vivendo dissolutamente.
14 Depois de ter esbanjado tudo, sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar penúria.
15 Foi pôr-se ao serviço de um dos habitantes daquela região, que o mandou para os seus campos guardar os porcos.
16 Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
17 Entrou então em si e refletiu: ‘Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância e eu, aqui, estou a morrer de fome!’
18 Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: ‘Meu pai, pequei contra o céu e contra ti;
19 já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.
20 Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
21 O filho lhe disse, então: ‘Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’.
22 Mas o pai falou aos servos: ‘Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés.
23 Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa.
24 Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado’. E começaram a festa.
25 O filho mais velho estava no campo. Ao voltar e aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
26 Chamou um servo e perguntou-lhe o que havia.
27 Ele lhe explicou: ‘Voltou teu irmão. E teu pai mandou matar um novilho gordo, porque o reencontrou são e salvo’.
28 Encolerizou-se ele e não queria entrar, mas seu pai saiu e insistiu com ele.
29 Ele, então, respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir ordem alguma tua, e nunca me deste um cabrito para festejar com os meus amigos.
30 E agora, que voltou este teu filho, que gastou os teus bens com as meretrizes, logo lhe mandaste matar um novilho gordo!’
31 Explicou-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
32 Convinha, porém, fazermos festa, pois este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado’”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
O Senhor reconciliou o mundo em Cristo, confiando-nos sua palavra, a palavra da reconciliação, a palavra que hoje, aqui nos salva! (2Cor 5,19)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
15 1 Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo.
2 Os fariseus e os escribas murmuravam: “Este homem recebe e come com pessoas de má vida!”
3 Então lhes propôs a seguinte parábola:
4 “Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5 E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo,
6 e, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: ‘Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido’.
7 Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma delas, não acende a lâmpada, varre a casa e a busca diligentemente, até encontrá-la?
9 E tendo-a encontrado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido.
10 Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrependa”.
11 Disse também: “Um homem tinha dois filhos.
12 O mais moço disse a seu pai: ‘Meu pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai então repartiu entre eles os haveres.
13 Poucos dias depois, ajuntando tudo o que lhe pertencia, partiu o filho mais moço para um país muito distante, e lá dissipou a sua fortuna, vivendo dissolutamente.
14 Depois de ter esbanjado tudo, sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar penúria.
15 Foi pôr-se ao serviço de um dos habitantes daquela região, que o mandou para os seus campos guardar os porcos.
16 Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
17 Entrou então em si e refletiu: ‘Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância e eu, aqui, estou a morrer de fome!’
18 Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: ‘Meu pai, pequei contra o céu e contra ti;
19 já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.
20 Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
21 O filho lhe disse, então: ‘Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’.
22 Mas o pai falou aos servos: ‘Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés.
23 Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa.
24 Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado’. E começaram a festa.
25 O filho mais velho estava no campo. Ao voltar e aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
26 Chamou um servo e perguntou-lhe o que havia.
27 Ele lhe explicou: ‘Voltou teu irmão. E teu pai mandou matar um novilho gordo, porque o reencontrou são e salvo’.
28 Encolerizou-se ele e não queria entrar, mas seu pai saiu e insistiu com ele.
29 Ele, então, respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir ordem alguma tua, e nunca me deste um cabrito para festejar com os meus amigos.
30 E agora, que voltou este teu filho, que gastou os teus bens com as meretrizes, logo lhe mandaste matar um novilho gordo!’
31 Explicou-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
32 Convinha, porém, fazermos festa, pois este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado’”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
REFLEXÃO
Parábola do filho pródigo
Uma das mais belas passagens do Evangelho sobre o rosto de Deus é a parábola do filho pródigo. Ela descreve, em detalhes, a conduta de dois filhos e o sentimento do pai em relação a cada um deles. O intuito de Jesus é revelar Deus como o Pai misericordioso, solícito e pronto a perdoar e a acolher em sua inesgotável bondade os pecadores arrependidos.
À atitude amorosa do pai opõe-se a reação áspera e egoísta do irmão mais velho. Para este, a misericórdia é incompreensível. Mas o pai, apesar de o filho mais jovem ter esbanjado o dinheiro, que ele lhe tinha dado, dedica-lhe um amor inquebrantável e generoso. Longe, em terras estrangeiras, o filho mais jovem não deixa de sentir as marcas do amor do pai, presentes em seu coração. Humilhado, mas arrependido, ele retorna à casa paterna, decidido a declarar sua culpa. A solicitude do Pai, sua bondade incansável, confunde o filho mais velho, que voltava do trabalho. Também nós ficamos pasmos com a cena que se segue. O filho pródigo, ainda distante, vislumbra o vulto do pai, que ao percebê-lo corre ao seu encontro. A emoção do filho é enorme. A caminho da casa paterna, tantas ideias tinham passado por sua cabeça. Imaginava declarar sua culpa, pedir perdão, prostrar-se aos pés de seu pai. Mas o pai não deseja moralizar ou prescrever modos de agir. Quer simplesmente acolhê-lo. O filho não consegue nem mesmo chegar ao final de suas primeiras palavras, previamente preparadas, pois “ao vê-lo, o pai se encheu de compaixão e se lançou ao seu pescoço, cobrindo-o de beijos”.
O perdão é tão evidente, que o pai não necessita dizer nada. Suas ações falam mais alto e claramente. Ele manda revesti-lo de roupas bonitas, coloca o anel em seu dedo e ordena que preparem um banquete em sua honra. Proclama-se a vida digna e alegre de alguém que retorna ao lar. O filho pródigo toma consciência do privilégio de ser membro daquela família. A atitude diferente dos filhos assinala as opções diferenciadas de nossa liberdade, o que leva São Gregório Magno a dizer: “Podemos cair, pelo excesso de desejos e preocupações, abaixo de nós mesmos ou sermos elevados acima de nós, pela graça da contemplação do Pai”.
A atitude do pai, perscrutando o horizonte à espera do filho, nos enternece. Seus olhos, cansados de mirar as colinas distantes, veem o vulto que se aproxima e ao reconhecer ser o filho esperado, vai ao seu encontro, abraça-o e o reconduz ao aconchego do lar. Grande é sua alegria, “porque seu filho perdido e reencontrado se tornava mais querido, pois reencontrado. Um pai, mais pai que Deus, não há; um mais terno, não há. Tu que és seu filho, saibas que mesmo após ter ele te adotado, se tu o abandonas e voltas nu, ele te receberá: ele se alegrará ao te rever” (Tertuliano).
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
Oração
Pai, é meu desejo imitar teu modo de agir, no tocante ao perdão. Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.
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