sábado, 31 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 31 de maio de 2014
Ano A - Lucas 1,39-56
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
És feliz porque creste, Maria, pois em ti a palavra de Deus vai cumprir-se, conforme ele disse (Lc 1,45)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

1 39 Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá.
40 Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
41 Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42 E exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
43 Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?
44 Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.
45 Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!"
46 E Maria disse: "Minha alma glorifica ao Senhor,
47 meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,
48 porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,
49 porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo.
50 Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.
51 Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos.
52 Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes.
53 Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos.
54 Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
55 conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.
56 Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa".

Palavra da Salvação. Glória à Vós, Senhor!
 

 COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Visitação de Nossa Senhora
 
Nessa passagem do Evangelho, ao iniciar o relato com a expressão “naqueles dias”, S. Lucas designa os acontecimentos primordiais, remetendo seus leitores às origens da fé. Igualmente, destaca a prontidão, disposição constante de Maria, refletida no fato de ela ir imediatamente à casa de Isabel para servi-la. S. Bento comenta: “Maria vai no passo alegre da obediência e na agilidade do temor de Deus”. A mesma ideia é frisada por S. Ambrósio ao dizer: “Maria é movida pela alegria de servir, levada pela piedade em cumprir seu dever de parente e pela pressa do júbilo. Repleta de Deus, como não alcançaria vivamente os cumes da caridade? O dom do Espírito Santo ignora toda demora! ”
Maria parte com a prontidão da caridade. Abrem-se os olhos interiores de Isabel e ela vislumbra uma luz que ninguém poderá obscurecer. A criança em seu seio estremece e “Isabel ficou cheia do Espírito Santo”. Uma grandeza inefável se realiza em seu ventre, o filho João é santificado. O que leva Orígenes a proclamar: “A voz da saudação de Maria, que chega aos ouvidos de Isabel, plenifica João com o Espírito Santo”. Por isso, “João estremeceu e a mãe se torna como que a boca do filho. Ela profetiza exclamando: ‘Tu és bendita entre as mulheres, e o fruto de teu ventre é bendito’”.
Maria é portadora de Jesus, mas também do Espírito Santo, tanto na Visitação, quanto em Pentecostes. Escreve S. Ambrósio: “Maria age por caridade e nos indica uma regra de vida. Pois é preciso notar que neste episódio é o superior que vem ao inferior para ajudá-lo: Maria vem a Isabel, Cristo a João. Assim, mais tarde, o Senhor virá no batismo de João para santificá-lo”. Maria conduz seu filho Jesus. Já no seio materno, ele se revela Pessoa em comunhão, pois a humanidade, como a de João Batista, colocada em contato com “o fogo” da divindade, é purificada e santificada.
Em previsão da Encarnação, Maria é a Imaculada Conceição, que na Anunciação é repleta do Espírito Santo: “A sombra do Altíssimo te cobrirá”, diz-lhe o anjo. Aos Apóstolos e também a nós é concedido, de modo especial, em Pentecostes, o Espírito divino, que nos torna manifestação de Jesus. O modelo exemplar é Maria. Nela, a esperança que palpita em nossos corações já se realiza, e ela, que nos precede na glória do Pai, sussurra aos ouvidos de nossa alma: a busca do inapreensível se concretiza no amor daquele que veio a nós e nela se encarnou. Agraciada por Ele, ela, a mãe do Filho do Altíssimo, aguarda-nos junto a Ele, em seu corpo glorioso.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que a contemplação da assunção de tua mãe santíssima me inspire a viver em comunhão com Deus, servindo-o como servo humilde.
 
 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 30 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 30 de maio de 2014
Ano A - João 16,20-23
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Era preciso que Cristo sofresse e ressuscitasse dos mortos para entrar em sua glória (Lc 24,46.26).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

16 20 Disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria.
21 Quando a mulher está para dar à luz, sofre porque veio a sua hora. Mas, depois que deu à luz a criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria que sente de haver nascido um homem no mundo.
22 Assim também vós: sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria.
23 Naquele dia não me perguntareis mais coisa alguma. Em verdade, em verdade vos digo: o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará”.

Palavra da Salvação. Glória à Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
ENXUGANDO O PRANTO

Os discípulos foram alertados a respeito do perigo de ficarem muito abatidos com a morte do Mestre, e se entregarem ao pranto e às lamentações, esquecendo-se da missão que tinham pela frente.
Se, por um lado, justificava-se o choro momentâneo, seria insensato deixar-se vencer por ele. A tristeza deveria transformar-se em alegria, e o pranto em festa. A última palavra sobre a vida de Jesus competia ao Pai. Este responderia com a "vida" o que os inimigos do Reino votaram à "morte". Então teria fim a alegria efêmera do mundo, que se vangloriou de ter eliminado Jesus. Era tempo de colocar no Pai uma confiança inabalável.
As dores do parto são uma imagem do que os discípulos estavam vivendo. Uma criança vem à luz em meio a dores e sofrimentos, tanto dela quanto da mãe. Uma vez concluído o parto, é tempo de festejar.
Algo semelhante passa-se com Jesus: seu ministério de salvação da humanidade foi perpassado de rejeição e incompreensão que culminou na morte de cruz. Tudo isto foi necessário para que a salvação pudesse acontecer. Uma vez realizada, era tempo de alegrar-se, porque o Senhor ressuscitou. Ninguém jamais haveria de privar os discípulos dessa alegria pela presença do Ressuscitado.
Doravante, as tribulações infligidas pelo mundo podem ser vividas de maneira diferente, pois, em Jesus Ressuscitado, temos a certeza de que o poder da morte foi vencido definitivamente.
 
ORAÇÃO
Pai, não permitas que jamais a tristeza e o pranto tomem conta do meu coração. E que a fé na Ressurreição seja, para mim, motivo de perene alegria.
 
(Pe. Jaldemir Vitório)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 29 de maio de 2014

Ano A - João 16,16-20

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu não vos deixarei órfãos: eu irei, mas voltarei, e o vosso coração muito há de se alegrar (Jo 14,18).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16 16 Jesus disse: “Ainda um pouco de tempo, e já me não vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver, porque vou para junto do Pai”.
17 Nisso alguns dos seus discípulos perguntavam uns aos outros: “Que é isso que ele nos diz: ‘Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver?’ E que significa também: ‘Eu vou para o Pai?’”
18 Diziam então: “Que significa este pouco de tempo de que fala? Não sabemos o que ele quer dizer”.
19 Jesus notou que lho queriam perguntar e disse-lhes: “Perguntais uns aos outros acerca do que eu disse: ‘Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver’.
20 Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Anúncio de um breve retorno
 
O tempo está vencido, aproxima-se a hora de sua partida para junto do Pai. Um silêncio constrangedor domina o ambiente em que os Apóstolos se encontram. Ouve-se unicamente a voz do Mestre que os alerta: “Chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará”. Porém, para confortar seus amigos, Ele acrescenta: “Mas a vossa tristeza se transformará em alegria”. Confusos e inseguros, tais palavras soavam para eles como um enigma. Jesus reconhece que eles permanecem ao seu lado só por causa do afeto do coração. Só mais tarde, eles irão compreender que Jesus aludia à necessidade de passar pela morte para chegar à ressurreição; referia-se à lei pascal, inserida no coração de todos os que o amam e o seguem, de modo que a morte corporal, ao invés de ser o fim último, é a porta de entrada para a feliz e eterna morada de Deus.
Os acordes dessa alegria e segurança soam no cântico da liturgia pascal: “Ressuscitado, o Cristo não morre mais”. No tempo da ausência terrena de Jesus estará presente o Espírito Consolador, a aflição e a tristeza constituirão então o prelúdio da alegria definitiva. Por isso, após a Santa Ceia, o discurso de Jesus assume a força de um forte apelo à alegria, que deverá caracterizar a era messiânica, manifestação da presença do amor de Deus, que permite aos discípulos respirar os ares de um mundo para além dos limites da criação.
S. Leão Magno conclui: “Assim como a ressurreição do Senhor foi para nós causa de alegria na solenidade pascal, assim sua ascensão aos céus é causa do gozo presente, já que recordamos e veneramos devidamente, desde agora, aquele no qual a humildade de nossa natureza senta-se em companhia de Deus Pai”. Portanto, a tristeza advinda da separação não é para sempre, ela é temporária: “Nós nos veremos de novo, diz o Mestre, e o vosso coração se encherá de alegria, e esta alegria ninguém vos poderá arrancar jamais”.
No silêncio daquela noite singular, os Apóstolos pressentem os momentos dolorosos que hão de se suceder. A obra terrena do Mestre chegava ao seu termo. Embora seu rosto refletisse o sofrimento interior pelo qual passava, Ele não deixa de encorajá-los: “Um pouco de tempo, e não mais me vereis; e mais um pouco, e me vereis de novo”. Só mais tarde, na manhã de Pentecostes, eles compreenderão que a “dignidade do Filho de Deus era comunicada à humanidade inteira por meio do Espírito Santificador” (S. Cirilo de Alexandria), transformando a tristeza em alegria definitiva. A alegria de que Jesus fala é fruto do amor, que afasta de nossos corações a aflição e a incerteza e confere-nos confiança em Deus (parresía):“Em verdade, em verdade, vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, Ele vo-la dará”.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam "ver" Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 28 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 28 de maio de 2014
Ano A - João 16,12-15
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro paráclito, que há de permanecer eternamente convosco (Jo 14,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

16 12 Assim falou Jesus: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora.
13 Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão.
14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.
15 Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse: Há de receber do que é meu, e vo-lo anunciará”.

Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
O PARÁCLITO GLORIFICA JESUS
 
O Espírito Santo nos é enviado não apenas como o Consolador. Ele é também o Espírito da Verdade, que nos ensinará toda a verdade. A promessa da presença do Espírito Santo no meio de nós é a garantia da fidelidade da Igreja na busca da compreensão das verdades reveladas nas Sagradas Escrituras. É o Espírito Santo quem abre o coração e a mente de todos os fiéis para que possam compreender melhor as coisas do alto e assim possibilita a todos a melhor vivência da vontade do Pai. É pela ação do Espírito Santo que podemos reconhecer Jesus e glorificar o seu santo Nome.
Um dos efeitos positivos da ação do Paráclito seria o de levar os discípulos a descobrirem a verdadeira identidade de Jesus, desfazendo as falsas idéias decorrentes da morte de cruz. Esta reduzira Jesus à extrema fraqueza e impotência, num quadro de humilhação. O Paráclito reverteria este quadro. Como Espírito da Verdade, ajudaria os discípulos a desfazer os equívocos em torno da pessoa de Jesus, revelando-lhes sua glória.
Ele ensinaria aos discípulos toda a verdade, possibilitando-lhes assumir uma postura realista em relação ao Mestre, não mais de desilusão, e sim, de esperança. As palavras deste Espírito ser-lhe-iam sugeridas pelo Pai. Bastava dar-lhe ouvido. Escutando-as, atentamente, os discípulos poderiam conhecer o que o Pai tinha a dizer em favor de Jesus. Aí estava a verdade!
O Paráclito lhes descortinaria, também, as coisas as realidades vindouras. O futuro não deve permanecer oculto para quem tem o Espírito Santo. Nisto ele glorifica Jesus, por mostrar que nem o egoísmo nem a maldade tem a palavra última sobre ser humano algum, muito menos sobre Jesus.
O discípulo não pode se enganar, quando contempla Jesus apresentado na fraqueza e na humilhação. Ao Paráclito, a tarefa de abrir-lhes os olhos para a verdade escondida no Crucificado, cuja glória esconde-se sob a cruz.
 
ORAÇÃO
 
Espírito da Verdade permite-me reconhecer a glória de Jesus, para além da cruz e do sofrimento, instruindo-me com as palavras de meu Mestre e Senhor.
(Pe. Jaldemir Vitório)

terça-feira, 27 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 27 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA
Evangelho do dia 27 de maio de 2014

Ano A - João 16,5-11

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16 5 Disse Jesus: “Agora vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’
6 Mas porque vos falei assim, a tristeza encheu o vosso coração.
7 Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei.
8 E, quando ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo.
9 Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim.
10 Ele o convencerá a respeito da justiça, porque eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis;
11 ele o convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Jesus vai para nos enviar o Defensor
 
João é o único evangelista a referir-se ao Espírito Santo como o Paráclito (Parakletos), também traduzido por Defensor, Consolador, Advogado. Tendo já mencionado várias vezes o dom do Espírito Santo, agora Jesus retoma o anúncio de sua partida, detendo-se mais na missão do Espírito que será enviado. É bom que Jesus vá, porque o Defensor, o Espírito Santo, enviado aos discípulos unidos em comunidade, dará continuidade histórica ao ministério de Jesus, restaurador da vida. Agora, os próprios discípulos, unidos ao Espírito, são os protagonistas da missão libertadora e vivificante. O Espírito, que já estava presente em Jesus, é colocado em destaque a partir da ocultação do Jesus visível e sensível. O Espírito é uma presença tão forte entre nós como era a presença de Jesus no momento histórico de seu ministério. O Espírito Santo atualiza a presença dele na comunidade dos discípulos. A ação do Espírito é reconhecida, pela fé, em todo ato de amor que remove a injustiça, promove a vida e constrói a comunhão e a paz.

(Pe. Jaldemir Vitório)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 26 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 26 de maio de 2014

Ano A - João 15,26-16,4

Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito Santo, a verdade, dará testemunho de mim; depois, também vós, neste mundo, de mim ireis testemunhar (Jo 15,26s).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
15 26 Disse Jesus: “Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.
27 Também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio
1 Disse-vos essas coisas para vos preservar de alguma queda.
2 Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus.
3 Procederão deste modo porque não conheceram o Pai, nem a mim.
4 Disse-vos, porém, essas palavras para que, quando chegar a hora, vos” lembreis de que vo-lo anunciei.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Quando vier o Paráclito, ele dará testemunho de mim
 
Na noite da refeição pascal, reunido com os Apóstolos, Jesus fala do Espírito que Ele enviará de junto do Pai, o Espírito da Verdade e que os consolará e dará testemunho dele. Como Ele, também seus seguidores irão passar pelo batismo do sofrimento e serem perseguidos. Se até aquele instante, o Espírito estava junto deles, após a sua partida, Ele virá aos seus corações para iluminá-los e fortalecê-los no testemunho que darão a favor dele diante dos tribunais do “mundo”. Nada deverá desanimá-los. Ele não os deixará órfãos, “porque, diz Jesus, estais comigo desde o começo”. Palavras de amizade e de carinho. amigas e compreensivas. O sSeu desejo é que eles não fiquem abalados nem aflitos, mas perseverem no testemunho.
 
Os antigos valorizavam o testemunho dado em favor de quem apresentava uma mensagem. Assim Moisés é acolhido pelos israelitas por ter sido designado por Deus. Escolhidos por Jesus e unidos a Ele, os Apóstolos darão testemunho dele, serão seus porta-vozes, embora não só eles, também o Espírito estará com eles e “convencerá o mundo incrédulo do seu pecado”. AsPa palavraslavras do Mestreque os confundem, deixando-os perplexos pelo fato de ainda não terem ainda compreendido a importância de sua ida para o Pai. Agora, predomina Era maior o sentimento de tristeza com a sua iminente ausência. Jesus não os repreende, aliás, o Mestre quer apenas transmitir-lhes firmeza: é bom para vós que eu vá, “pois se eu não for o Paráclito não virá a vós”. Só mais tarde, eles compreenderão o sentido de suas palavrasestas: A sua ida, a sua ida, que começa com a sua ressurreição, irá corresponder à vinda do Espírito divino em seus corações.
Então firmados na fé e guiados pelo Espírito da Verdade, eles darão testemunho do Cristo. Meditando sobre estas palavras do Evangelista S. João, afirma S. Agostinho, na oração final do Tratado sobre a Santíssima Trindade: “O testemunho apostólico para ser ‘fiel e verdadeiro’ deve estar duplamente fundado: No ensinamento de Jesus, seguindo-o fielmente, como também na firmeza e na luz do Espírito Santo”. Graças ao Espírito da Verdade, os discípulos proclamarão a w ao Os Apóstolos pareciam compreender melhor e sua morte por amor como retorno de Jesus : Retorno ao Pai, fato que provoca a vinda do Espírito e, por conseguinte, a união deles com o venha Mestre, em Jesus, o Filho Unigênito, junto ao qual eles estarão estejam como filhos amados do Pai. .
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que o Defensor, enviado por ti, de junto do Pai, esteja sempre comigo, ajudando-me a realizar a missão de maneira autêntica e frutuosa.
Amém!

domingo, 25 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 25 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 25 de maio de 2014
Ano A - João 14,15-21
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Quem me ama realmente guardará minha palavra, e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 14 15 "Se me amais, guardareis os meus mandamentos.
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco.
17 É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.
18 Não vos deixarei órfãos. Voltarei a vós.
19 Ainda um pouco de tempo e o mundo já não me verá. Vós, porém, me tornareis a ver, porque eu vivo e vós vivereis.
20 Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim e eu em vós.
21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama. E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele".
 
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
O ESPÍRITO VERDADEIRO

Num contexto de ódio e de perseguição, a promessa feita por Jesus de dar aos discípulos o Espírito da Verdade reveste-se de suma importância. Foi a forma de protegê-los contra o erro e a mentira, ciladas montadas pelo mundo para desviá-los do bom caminho. Sem esta ajuda salutar, com muita probabilidade, deixar-se-iam levar pelas sugestões do falso espírito, chegando a renegar sua condição de discípulos. Pois, enquanto o Espírito da Verdade conduz ao Deus verdadeiro, o espírito da mentira conduz aos falsos deuses, aos ídolos.
O Espírito é designado como Paráclito, ajudante dos discípulos de Jesus. Assim, não seriam deixados à própria sorte, numa espécie de perigosa orfandade. A presença do Espírito de Verdade junto deles daria continuidade à de Jesus. Eles teriam sempre a quem recorrer, pois o Espírito estaria neles e "com eles para sempre".
A comunidade cristã sempre correria o sério risco de ser levada pelo espírito da mentira. Por isso, precisava da presença constante do Espírito da Verdade para manter-se sempre no bom caminho. Quanto maior esse risco, tanto mais necessária fazia-se a presença desse Espírito que conduz à verdade e à vida. Ele haveria de ser uma luz a expulsar as trevas, de modo a permitir aos discípulos caminhar com segurança rumo à casa do Pai.
 
ORAÇÃO
Pai, concede-me o dom do teu Espírito que, como luz, dissipa as trevas e me faz caminhar seguro pelos caminhos de teu Filho Jesus.
 
(Pe. Jaldemir Vitório)
 
 

sábado, 24 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 24 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 24 de maio de 2014
Ano A - João 15,18-21
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, onde Cristo está sentando á direita de Deus Pai (Cl 3,1).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
15 18 Disse Jesus: “Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós.
19 Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia.
20 Lembrai-vos da palavra que vos disse: ‘O servo não é maior do que o seu senhor’. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir. Se guardaram a minha palavra, hão de guardar também a vossa.
21 Mas vos farão tudo isso por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Os discípulos e o mundo
 
Após sua partida, seus discípulos deviam passar pelo mesmo batismo do sofrimento e beberem do mesmo cálice da dor. Por isso, com palavras de carinho e afeto, Jesus procura fortalecê-los e animá-los. Não irá abandoná-los, em breve Ele voltará. Cabe aos Apóstolos permanecerem unidos, assim como “eu e o Pai, diz Ele, somos um só”, pois só assim o mundo crerá que Ele foi enviado pelo Pai, que ama a todos. Diante destas palavras, eles compreendem que, ao comunicar a Palavra do Pai, Jesus os torna participantes das riquezas divinas, particularmente, da unidade dele com o Pai. Se eles fossem do “mundo” e estivessem sujeitos a ele, então o mundo os acolheria. “Se fôsseis do mundo, diz-lhes o Mestre, o mundo amaria o que era seu; mas porque não sois do mundo e minha escolha vos separou do mundo, o mundo, por isso vos odeia”. A melhor tradução aqui seria:“vos rejeita”. De certa maneira, é o que vemos hoje: as forças dominantes gostariam de ver a Igreja se curvar aos seus interesses.
Embora não deixe de alertá-los das perseguições, que eles sofreriam por causa de seu nome, Jesus manifesta-lhes uma atitude generosa e fecunda, incluindo-os em sua própria filiação. Assim seus seguidores viverão a fecundidade apostólica da vida fraterna, em oposição ao mundo que não quer viver o mandamento do amor. O antagonismo existente entre Jesus e o mundo irá se refletir ao longo da vida dos Apóstolos, pois a opção feita por eles é clara: definiram-se pela pertença a Jesus, mesmo sabendo que isto significaria ser rejeitado pelo “mundo”. O termo “mundo”, empregado pelo evangelista S. João, reflete a ambiguidade do termo, que se refere a dois “mundos” diversos, um criado por Deus e outro, contrário às realidades divinas, espelha o ambiente incrédulo daquela época. Neste sentido, S. Basílio Magno exorta os cristãos a evitarem o mundo “dos homens vãos e frívolos para estarem unidos a Deus e à sua vontade”, colocando-se em busca da ‘euthymia’, isto é, da paz e da felicidade. No mundo, eles serão presença da face humana do Deus-Amor.
Sensibilizados pelas palavras consoladoras do Mestre, os discípulos compreendem que “o servo não é maior que seu senhor” e que já não há mais espaço para uma atitude dúbia. Essa posição, dita de modo claro e inequívoco, era audaciosa até para os discípulos, e será rejeitada pelos que “não conhecem quem me enviou”. Então o olhar de Jesus dirige-se aos discípulos no desejo de tranquilizá-los, melhor, fortalecê-los. Fixando neles seu olhar compassivo, após dizer-lhes que “neste mundo eles experimentariam a dor”, Jesus acrescenta: “mas tende confiança, eu venci o mundo” e promete-lhes enviar “de junto do Pai”, o Paráclito, o Espírito da Verdade, que os manterá firmes no testemunho do Evangelho.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito de encorajamento, diante da perspectiva de ser odiado e perseguido, reveste-me de coragem, para eu não permitir que as forças do mal tenham poder sobre mim.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 23 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 23 de maio de 2014
Ano A - João 15,12-17
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
15 12 Disse Jesus: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.
13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.
14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando.
15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.
16 Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda.
17 O que vos mando é que vos ameiameis uns aos outros”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 

COMENTÁRIO DO EVANGELHO
NÃO SERVOS, MAS AMIGOS

Jesus rompeu a visão rígida de discipulado que vigorava em sua época, recusando-se considerar seus discípulos como servos, por considerá-los como amigos. Ele não era um rabino a mais, preso a esquemas incompatíveis com o Reino. Sua postura foi inovadora.
O esquema servo-senhor era-lhe insuficiente para expressar seu modo de considerar os discípulos. Um patrão não tem satisfações a dar a seus empregados, uma vez que são considerados como meros executores das ordens recebidas. Os laços de comunhão entre eles são frágeis, pois o empregado, quase sempre, quer ver-se livre da tutela do seu patrão. A um e outro falta o amor.
O esquema amigo-amigo revela o que Jesus pretende ser para os seus discípulos. A amizade comporta afeto, comunhão de interesses e busca de ideais comuns. Embora correndo o risco de ser rompida, a amizade autêntica tende a ser estável. Nela, um amigo não se sente tutelado pelo outro. Tudo se fundamenta na liberdade e no respeito.
Ao convocar seus discípulos, Jesus quis, logo, estabelecer laços de amizades com eles. Chamou a cada um por decisão pessoal. Comunicou-lhe tudo quanto aprendeu do Pai. Assumiu-os como colaboradores em sua missão. Não lhes impôs normas ou regras, a não ser o mandamento do amor mútuo. Manifestou-lhes, até o extremo, seu bem-querer, a ponto de dar a vida por eles.
 
ORAÇÃO

Espírito que constrói amizade reforça os laços que me unem a Jesus e aos meus semelhantes.
 
(Pe. Jaldemir Vitório)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 22 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 22 de maio de 2014
Ano A - João 15,9-11
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço, então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar (Jo 10,27).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

15 9 Disse Jesus: “Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. 10 Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor.
11 Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Assim como o Pai me amou, também eu vos amei
 
Jesus não apresenta aos homens uma nova doutrina, nem um insólito projeto social. Simplesmente, Ele revoluciona a relação do homem com Deus, falando-nos não de um divino anônimo, mas mostrando-nos a face humana de Deus, um Deus que nos ama a ponto de dar a vida por nós. S. Irineu exclama: “Como poderia o homem ir a Deus, se Deus não tivesse vindo ao homem? Como libertaria o homem de seu nascimento de morte se não fosse regenerado na fé com um novo nascimento?” A boa notícia de Jesus fala justamente de seu amor para conosco e da vocação sublime do homem, que nele encontra o espaço de sua liberdade e de sua deificação, palavra esta utilizada pelos Padres da Igreja para designar a sua adoção e imortalidade em Deus.
De início, os Apóstolos não entenderam bem as suas palavras, chegando Judas Tadeu a perguntar-lhe: Senhor, por que te manifestas a nós e não ao povo? A resposta é imediata e soava de modo um tanto enigmático: “Vê, se alguém me ama, observa aquilo que eu disse. E, então, também meu Pai o amará, e juntos, o Pai e eu, viremos a ele e viveremos junto a ele. Se, ao contrário, alguém não me ama, não respeita as minhas palavras”. Aquele que ama Jesus faz a experiência de Deus, em sua maneira de ser e de agir. O amor de Deus não é abstrato. Também o nosso amor significa compromisso, ou seja, a observância do “seu mandamento” é garantia de nossa permanência em Jesus e em sua obediência ao Pai.
O amor de Deus não é imposto, ele respeita a liberdade da pessoa humana, a sua verdade e realização plena. Deus espera que a pessoa humana, como Maria Santíssima, dê o seu sim e, dessa maneira, permita a união do divino e do humano em sua vida. Então, nele se instala a morada de Deus, fundada na reciprocidade do amor, apregoada pelo Apocalipse: “Eis que eu estou à porta e bato: Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (3,20). O sentido destas palavras é evidente para nós: não existe verdadeira vida longe de Deus.
O amor (ágape) não é simplesmente fruto de nós mesmos, ele é a presença em nós do amor com o qual Deus ama seu Filho e suas criaturas. Por isso, é essencial a Jesus comunicar-se no amor e não menos essencial para nós é expressarmos nosso amor doando-nos e vivendo o sacrifício de Jesus como santificação na solidariedade, do ser e do amor, com os nossos irmãos. O Evangelho de S. João conduz-nos ao Pai, do qual tudo procede. Ele não é simplesmente o ser ilimitado ou o ser supremo, Ele é a inexauribilidade do Amor pessoal, ao qual chegamos pela adoração pura, pois no dizer de S. Máximo, o confessor, “o infinito é indubitavelmente algo de Deus, mas não o próprio Deus, que está ainda infinitamente além dele”.

 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)

quarta-feira, 21 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 21 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 21 de maio de 2014
Ano A - João 15,1-8
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Ficai em mim e eu em vós ficarei, diz Jesus;
quem em mim permanece há de dar muito fruto (Jo 15,4s).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

15 1 Disse Jesus: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará;
2 e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto.
3 Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado.
4 Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5 Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
6 Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fogo, e queimar-se-á.
7 Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito.
8 Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos”.
Palavra da Salvação. Glória à Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
A VIDEIRA E OS RAMOS
A imagem da união dos ramos à videira ilustra o tipo de relacionamento a ser estabelecido entre Jesus e a comunidade dos discípulos, e, ao mesmo tempo, funciona como um alerta para as tentações futuras.
A parábola sublinha alguns pontos fundamentais. Para os discípulos produzirem frutos de amor e justiça, é mister que permaneçam unidos ao Senhor. Dele é que provém a "seiva" necessária para perseverar no caminho difícil do serviço gratuito ao próximo. Quem, apesar de se proclamar discípulo, for incapaz de fazer frutificar o amor, será rechaçado pelo Pai, o agricultor. Um relacionamento puramente exterior e formal com Jesus não tem sentido. É indigno da condição de discípulo ser infrutífero. Permanecendo unido a Jesus, produzirá os frutos esperados. Então, o Pai trata-lo-á com amor, procedendo à poda, para que produza ainda mais frutos. A expectativa do Pai é ver os discípulos do Filho perseverar no amor, expresso em gestos cada vez mais exigentes e comprometidos.
A parábola serve, também, de alerta contra a tentação de buscar adesões fora de Jesus. Seriam adesões estéreis, pois só na medida em que permanecerem unidos a Jesus, conseguirão agir conforme o desejo do Pai. Não existe alternativa possível.
 
ORAÇÃO
 
Espírito de adesão ao Senhor, une-me cada vez mais profundamente a Jesus, para que eu possa produzir os frutos que o Pai espera de mim.

(Pe. Jaldemir Vitório)

terça-feira, 20 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 20 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 20 de maio de 2014
Ano A - João 14,27-31
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Era preciso que Cristo sofresse e ressuscitasse dos mortos para entrar em sua glória, aleluia! (Lc 24,46.26)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
14 27 Disse Jesus: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!
28 Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou e volto a vós’. Se me amardes, certamente haveis de alegrar-vos, que vou para junto do Pai, porque o Pai é maior do que eu.
29 E disse-vos agora estas coisas, antes que aconteçam, para que creiais quando acontecerem.
30 Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo; mas ele não tem nada em mim.
31 O mundo, porém, deve saber que amo o Pai e procedo como o Pai me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
A paz eu vos deixo, a minha paz vos dou
 
A vida humana desenvolve-se sob o signo da possibilidade mais do que da necessidade. Pois o homem é um ser livre, que sempre poderá modificar o ponto de partida de seu agir, conferindo-lhe a marca de “autenticidade”. Mas ele é também livre para optar pelos seus objetivos e realizações. Enfim, a liberdade o define e lhe confere caráter de criatura humana. Daí a importância de ele estabelecer comunhão e diálogo para um discernimento reto e justo e para alimentar a esperança, que lhe descortina horizontes sempre novos. Caso contrário, ele pode enveredar-se para o egoísmo ou para a arrogante e irracional negação da esperança eterna.
S. Agostinho fala da angústia e da fragilidade do caminhar humano. É a precariedade da vida. Meditando sobre ela, Agostinho experimenta a mão misericordiosa de Deus, único uno e indefectível, tocando-o e convocando-o a “nascer de novo”. Como Nicodemos, ele descobre que a vida cristã se apresenta qual “filha da esperança e renúncia ao desespero”,pois, no dizer de S. Irineu, “uma vida sem eternidade é indigna do nome de vida. Verdadeira é só a vida eterna”. Então, Agostinho rende-se ao poder do amor e proclama que o amor quer a liberdade do amado, e a fé, dom de Deus, depende de sua decisão.
Convertido, Agostinho lança-se nos braços do Imenso. A angústia da alma é absorvida pelo sagrado temor ou tremor, e ele é envolvido pelo afago do amor, que tudo supera. Realidade nova e estupenda. Em seu coração reina a paz e em sua alma a serenidade. Soam aos seus ouvidos interiores as palavras de Jesus, dirigidas aos discípulos: “Eu vos deixo a paz, a minha paz vos dou”. A paz torna-se uma herança, legada por Jesus aos seus seguidores. E ao dizer “a minha paz”, ela adquire a consistência do próprio Deus. A paz é o próprio Jesus e Ele a dá, entregando-se à morte pela humanidade. Em outras palavras, Agostinho compreende que o Filho não é totalmente Ele mesmo até que Ele nos inclua nele. Entretanto, não podemos viver de sua vida, sem amar como fomos amados por Ele.
Toda perturbação é superada, o medo e a ansiedade vencidos. Opondo-se aos desejos mundanos, mentirosos e vãos, exteriorizados pelos oráculos dos falsos profetas, a paz encontra raízes na verdade, anunciada por Jesus e conquistada ao preço de seu sangue. A paz não se reduz a uma mera fórmula, é um legado e um dom. “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração”, diz o Mestre. Finalmente, Agostinho encontra o que os judeus esperavam encontrar na Terra Prometida: a paz, que ninguém poderá, agora, tolher do seu coração.

(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito de segurança, que a ausência física de Jesus não me deixe perturbado, e sim, seja motivo de alegria, para mim, porque sei que ele nos precedeu junto do Pai.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 19 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 19 de maio de 2014
Ano A - João 14,21-26
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito Santo, o paráclito, haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho falado, aleluia (Jo 14,26).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
14 21 Disse Jesus: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama. E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele”.
22 Pergunta-lhe Judas, não o Iscariotes: “Senhor, por que razão hás de manifestar-te a nós e não ao mundo?”
23 Respondeu-lhe Jesus: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada.
24 Aquele que não me ama não guarda as minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou.
25 Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco.
26 Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito”.
Palavra da Salvação. ´Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
UMA REDE DE AMOR

A adesão a Jesus introduz o discípulo numa rede complexa de amor. Nela estão implicados o Filho Jesus, o Pai e o discípulo.
Guardando os mandamentos do Mestre, o discípulo vive o amor mútuo, cujo ápice consiste em doar a vida pelos outros. Tudo, em sua vida, resume-se no mandamento do amor. O desamor não encontra guarida em seu coração.
No ato de amar o próximo, o discípulo concretiza seu amor a Jesus. O próximo torna-se mediação deste amor maior, impedindo-o de se tornar abstrato. Destarte, o amor ao próximo ganha transcendência, e vai além do que podemos imaginar. Com ele, supera-se os limites do outro, e envolve o próprio Deus.
O Pai intervém nesta dinâmica de amor, amando a quem ama o seu Filho, observando os seus mandamentos. Quem acolhe o Filho, está acolhendo também o Pai. E, assim, o Pai faz-se presente na vida de quem ama o Filho.
Por sua vez, o Filho responde com amor ao amor do discípulo, porque quem ama é também amado. E mais, torna-se habitação do Pai e do Filho.
Esta rede divina de amor é motivo de realização plena para o discípulo.

ORAÇÃO
Espírito do verdadeiro amor ensina-me a guardar, com fidelidade, o mandamento do amor, a ponto de me tornar tua habitação, do Pai e do Filho.

(Pe. Jaldemir Vitório)

domingo, 18 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 18 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 18 de maio de 2014

Ano A -  João 14,1-2

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ficai em mim, e eu em vós hei de ficar, diz o Senhor; quem em mim permanece; esse dá muito fruto (Jo 15,4s).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 14 1 "Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.
3 Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais.
4 E vós conheceis o caminho para ir aonde vou".
5 Disse-lhe Tomé: "Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?"
6 Jesus lhe respondeu: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
7 Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto".
8 Disse-lhe Filipe: "Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta".
9 Respondeu Jesus: "Há tanto tempo que estou convosco e não me conheceste, Filipe! Aquele que me viu, viu também o Pai. Como, pois, dizes: Mostra-nos o Pai...
10 Não credes que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é que realiza as suas próprias obras.
11 Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Crede-o ao menos por causa destas obras.
12 Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai".
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Eu sou o caminho, a verdade e a vida
 
Jesus é o caminho para o Pai. Caminho prefigurado pelo povo de Israel, que atravessou o deserto conduzido por Moisés para chegar à Terra Prometida. No tempo presente, com“nossos olhos agora iluminados pelo colírio da fé”, como escreveu Santo Agostinho, somos conduzidos não por Moisés, mas pelo Divino Mediador, pois diz Jesus: “Ninguém vem ao Pai a não ser por mim”.
Por meio de Jesus, Deus veio ao mundo para buscar “a ovelha desgarrada” e, quando o Filho se eleva ao Céu, “apresenta ao Pai a humanidade reencontrada” (Santo Irineu). Eis o objetivo da vinda de Jesus: reconciliar-nos com Deus, para que nele encontremos a imortalidade e possamos atingir nossa plena realização. Graças ao sangue precioso de Cristo, tornamo-nos criaturas renovadas, livres de todo pecado, pois, realizada em Jesus, a obra redentora acontece em nossa vida.
Jesus é o Mestre que, com sua palavra e exemplo, mostrou à humanidade o caminho que leva ao Pai. É necessário percorrê-lo para se chegar à meta primordial. Assim, durante a vida terrena, vendo Jesus com os olhos da fé, já contemplamos o Pai em seu amor infinito por nós.
No Senhor repousa a nossa esperança de salvação eterna, pois, sendo Deus, tornou-se um de nós para que o homem não permanecesse distante dele. Em Jesus, Deus tornou-se íntimo dos homens. O abismo da distância entre nós e Deus é transposto pela Cruz. Ao seu tempo, dizia Santo Agostinho: “Por Jesus Cristo vós chegais a Jesus Cristo. Por Jesus Cristo homem, vós chegais a Jesus Cristo Deus: pelo Verbo feito carne, vós chegais ao Verbo que no começo era Deus”. Diz hoje o Papa Francisco: “Quando caminhamos sem a Cruz, edificamos sem a Cruz ou confessamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor -somos mundanos, somos bispos, padres, cardeais, papas, mas não discípulos do Senhor”.
Jesus é o caminho e a verdade para se chegar à vida de comunhão com o Pai. Se acolhermos Jesus e vivermos a sua mensagem, seremos conduzidos por Ele, chegaremos ao Pai e, maravilhados, reconheceremos que Jesus é a face humana de Deus.
A verdade, revelada por Cristo, é vida na comunhão com o Pai e é comunhão de vida com os irmãos. Pois a prática das virtudes, por meio da palavra, do ser ou do querer, cria um dinamismo interior que nos possibilita viver em comunhão com o Pai e dar acolhida ilimitada ao próximo. Desse modo, participamos sempre mais da vida divina e, juntos com Santo Irineu, podemos dizer: “A glória de Deus é a vida do homem, e a vida do homem é a visão de Deus”.

(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Pai, não deixes que jamais o medo tome conta de meu coração, a ponto de impedir-me de caminhar rumo à tua casa, pelo caminho aberto por teu Filho Jesus.

sábado, 17 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 17 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 17 de maio de 2014

Ano A - João 14,7-14

Aleluia, aleluia, aleluia.
Se guardais minha palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8,31s).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
14 7 Disse Jesus: “Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto”.
8 Disse-lhe Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”.
9 Respondeu Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheceste, Filipe! Aquele que me viu, viu também o Pai. Como, pois, dizes: ‘Mostra-nos o Pai’
10 Não credes que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é que realiza as suas próprias obras.
11 Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Crede-o ao menos por causa destas obras.
12 Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai.
13 E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
14 Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
JESUS E O PAI

Não se pode de compreender a existência de Jesus, prescindindo de sua íntima comunhão com o Pai. Suas palavras e seus gestos foram sempre referidos ao Pai. A consciência de ser o Filho enviado estava sempre presente em tudo quanto fazia. E mais: tinha consciência de estar chegando a hora de voltar para junto do Pai.
Sendo assim, o Filho divino pode ser considerado como a transparência do Pai. Quem o conhece, conhece o Pai. Quem o vê, vê também o Pai. Ouvi-lo, significa ouvir o Pai. Contemplar seus milagres, corresponde a contemplar o Pai manifestando seu amor pela humanidade. É, pois, inútil pretender ter acesso a Deus, prescindindo de Jesus.
Evidentemente, o Pai não é Jesus. E Jesus não é o Pai. As palavras de Jesus não dão margem para equívocos. Seria falsa qualquer identificação, e não corresponderia ao pensamento de Jesus. A comunhão entre ambos não redunda da fusão de um no outro.
Apesar disto, Jesus não titubeou em fazer esta afirmação ousada: "Quem me vê, vê o Pai". Da contemplação da vida de Jesus, é possível chegar a compreender quais são as pautas da ação de Deus, ou seja, a maneira como ele se relaciona com os seres humanos, e o que espera deles.
Portanto, não é preciso ir longe para encontrar Deus. Jesus é o caminho pelo qual chegamos até o Pai.
ORAÇÃO
Espírito de discernimento ilumina minha mente e meu coração para que eu possa reconhecer o Pai na contemplação do Filho Jesus.

(Pe. Jaldemir Vitório)

sexta-feira, 16 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 16 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 16 de maio de 2014

Ano A - João 14,1-6

Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14,6)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
14 1 Disse Jesus: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar.
3 Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais.
4 E vós conheceis o caminho para ir aonde vou”.
5 Disse-lhe Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?”
6 Jesus lhe respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
NÃO SE PERTURBE!

O discípulo do Ressuscitado vê-se confrontado com duas situações que, se mal compreendidas, poderão ser causa de perturbação. Por um lado, tem diante de si um projeto, cujas exigências e conseqüências são preocupantes: pautar a própria vida pelo ideal do Reino, num mundo hostil e refratário ao amor, tem um preço a ser pago. Por outro lado, o discípulo pergunta-se pelo fim de tudo isto, pela meta para onde caminha. O sentido da caminhada e o ânimo com que ela é feita, dependem de uma certa lucidez. Caso contrário, o discípulo deixar-se-á vencer pelo desânimo.
Jesus tomou a iniciativa de tranqüilizar os discípulos, apelando para a fé: "Assim como vocês acreditam em Deus, acreditem também em mim". Suas palavras elucidavam as dúvidas que povoavam o coração deles. Acolhidas na fé, essas palavras surtiriam o efeito tranqüilizador desejado.
Para os discípulos, abriu-se uma perspectiva de comunhão escatológica com o Pai. Simbolicamente, Jesus referiu-se à casa com muitas moradas. O vocábulo casa evoca afeto, convivência, intimidade. As muitas moradas significam a disposição do Pai para acolher a todos, sem exceção. Quem chegar na casa do Pai, será recebido por ele.
Esse lugar de acolhida será preparado por Jesus, o qual precederá os seus discípulos. Com uma tal certeza, pode-se deixar de lado todo receio. Basta seguir o caminho aberto por Jesus.
 
ORAÇÃO

Espírito de tranqüilidade afasta para longe de mim toda perturbação, e faze-me confiar plenamente nas palavras de Jesus, que já nos preparou um lugar na casa do Pai.

(Pe. Jaldemir Vitório)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 15 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 15 de maio de 2014

Ano A - João 13,16-20

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, a fiel testemunha, primogênito dos mortos, nos amou e do pecado nos lavou em seu sangue derramado (Ap 1,5).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: 13 16 "em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu Senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou.
17 Se compreenderdes estas coisas, sereis felizes, sob condição de as praticardes.
18 Não digo isso de vós todos; conheço os que escolhi, mas é preciso que se cumpra esta palavra da Escritura: ´Aquele que come o pão comigo levantou contra mim o seu calcanhar´. 19 Desde já vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais e reconheçais quem sou eu.
20 Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe aquele que eu enviei recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou".
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
O servo não é maior do que seu Senhor
No momento solene da última ceia, Jesus lembra que não só ali, mas em qualquer outra ocasião, os discípulos deviam abolir todo tipo de ambição. Reunidos em volta da mesa, eles partilham os alimentos e sentem-se irmanados. A imagem da refeição ou do banquete era muito querida por Jesus, que a utiliza em algumas parábolas e é apresentada como sinal de comunhão na vida futura.
Para significar a humildade e o serviço, Jesus, inesperadamente, levantou-se e, após depor o manto e cingir-se com uma toalha, pôs-se a lavar os pés dos Apóstolos, dizendo-lhes: “Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais”. Se eu vos lavei os pés, eu, que sou o vosso Mestre, muito mais vós deveis lavar os pés uns dos outros. Mais tarde, esta passagem será utilizada contra a ambição daqueles que buscavam honrarias na Igreja, ao invés do serviço.
Já o dia ia avançado, quando Jesus toma o pão e o cálice e institui a Eucaristia, presença real e perpetuada dele na vida dos seus discípulos. Prolonga-se, através dela, a ação salvadora de sua obra. Meditando sobre esse momento, S. Cirilo de Alexandria coloca nos lábios de Jesus as palavras: “Digo-vos isto: todos irão rir de vós, no tribunal de Deus se, sendo todos servos, vós não quiserdes prestar entre vós o serviço que eu, Deus e Senhor, vos prestei”. À Eucaristia liga-se o serviço. Se ela é uma realidade constitutiva da vida cristã, o serviço não deixa também de ser indispensável, de modo que quem a recebe não pode deixar de abraçar o espírito do lavar os pés.
Em outras palavras, na última ceia, Jesus sela a comunhão dos seus discípulos com Ele e deles entre si, no amor e no serviço, pois do sacramento do amor, a Eucaristia, decorre o serviço aos irmãos. Na Igreja, esse serviço abrange o atendimento e a promoção dos mais desprotegidos, os órfãos e as viúvas, e dos mais carentes e sofredores. Justamente por isto, “todos reconhecerão que sois meus discípulos, se houver o amor entre vós”.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)

Oração
Espírito de arrependimento toca o meu coração, para que eu me penitencie pelas vezes que traí o amigo Jesus.

(Pe. Jaldemir Vitório)