segunda-feira, 12 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 12 DE MAIO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 11 de maio de 2014

Ano A - Jo 10,11-18

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o bom pastor, diz o Senhor; eu conheço minhas ovelhas e elas me conhecem a mim (Jo 10,14).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, disse Jesus:
11 - Eu sou o bom pastor. 
O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.
12 - O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, 
e o lobo as ataca e dispersa.
13 - Pois ele é apenas um mercenário 
e não se importa com as ovelhas.
14 - Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas,
e elas me conhecem,
15 - assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai.
Eu dou minha vida pelas ovelhas.
16 - Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir, escutarão a minha voz,
e haverá um só rebanho e um só pastor.
17 - É por isso que o Pai me ama, porque dou a minha vida,
para depois recebê-la novamente.
18 - Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente;
esta é a ordem que recebi do meu Pai'.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
O bom Pastor dá a vida por suas ovelhas
 
O tema da vida pastoril é comum ao povo judaico. Já no princípio da história bíblica, Deus é chamado de Pastor. Também os patriarcas e os próprios reis recebem o título de “pastor”. No Evangelho, Jesus descreve o seu ministério em termos de pastoreio e, na hora de sua morte, ele se compara ao Cordeiro imolado e ao pastor separado das ovelhas pela morte violenta. No texto, ora considerado, em oposição ao mercenário, ele declara ser o bom Pastor, pronto a dar a vida por suas ovelhas, enquanto o mercenário, à chegada do lobo, foge e abandona o rebanho. Ao invés, entre o bom Pastor e as ovelhas, medram profundos vínculos de comunhão, que nos remetem à sua união com o Pai: “Eu conheço a minhas ovelhas e elas me conhecem, como o Pai me conhece e eu conheço o Pai”. A inter-relação entre o Pai e o Filho se estende ao conhecimento recíproco existente entre pastor e ovelhas, permitindo-nos considerar a cruz não como um ato externo e violento imposto a Jesus, mas como livre oferta do bom Pastor, que se sacrifica por suas ovelhas.
No entanto, ocorre que os ministros do bom Pastor, escravizados por lucro, ganância ou pelo poder dominador, têm uma alma de mercenário. Buscam mais a si mesmos e muito menos o bem das ovelhas. Por isso, diante das dificuldades e perigos, por temor, abandonam as ovelhas, “porque temer, diz S. Agostinho, é espiritualmente fugir”. O mesmo não acontece com os legítimos pastores, que levam as ovelhas a unir-se ao Senhor e a viver em comunhão com o Pai, jamais querendo se apossar delas. Eles as levam a serem livres para a verdade; orientados para o alto, também elas viverão voltadas para o Senhor, num ato de liberdade e de amor. Vale dizer, entre Cristo e seus seguidores existe uma relação única de verdadeira solidariedade, entendida como a inclusão de todos eles em sua humanidade.
Jesus é o verdadeiro bom Pastor, que conhece cada um de nós, chamando-nos pelo nome e comunicando aos nossos corações paz e confiança. Sentimo-nos envolvidos e protegidos por Ele, que nos abraça e nos acalenta no regaço do seu ardente amor. Caso vivamos unidos a Ele, nossa missão refletirá a sua missão e estaremos prontos a colocar, segundo S. Agostinho, “os próprios bens em benefício de todas as ovelhas e, se necessário for, dando a vida por elas”. Em outras palavras, o verdadeiro Pastor nos introduz na comunhão com Deus para vivermos a total liberdade no amor.



(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.

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