SALVE MARIA!
Evangelho do dia 22 de maio de 2014
Ano A - João 15,9-11
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço, então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar (Jo 10,27).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Minhas ovelhas escutam minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço, então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar (Jo 10,27).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
15 9 Disse Jesus: “Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. 10 Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor.
11 Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Assim como o Pai me amou, também eu vos amei
Jesus não apresenta aos homens uma nova doutrina, nem um insólito projeto social. Simplesmente, Ele revoluciona a relação do homem com Deus, falando-nos não de um divino anônimo, mas mostrando-nos a face humana de Deus, um Deus que nos ama a ponto de dar a vida por nós. S. Irineu exclama: “Como poderia o homem ir a Deus, se Deus não tivesse vindo ao homem? Como libertaria o homem de seu nascimento de morte se não fosse regenerado na fé com um novo nascimento?” A boa notícia de Jesus fala justamente de seu amor para conosco e da vocação sublime do homem, que nele encontra o espaço de sua liberdade e de sua deificação, palavra esta utilizada pelos Padres da Igreja para designar a sua adoção e imortalidade em Deus.
De início, os Apóstolos não entenderam bem as suas palavras, chegando Judas Tadeu a perguntar-lhe: Senhor, por que te manifestas a nós e não ao povo? A resposta é imediata e soava de modo um tanto enigmático: “Vê, se alguém me ama, observa aquilo que eu disse. E, então, também meu Pai o amará, e juntos, o Pai e eu, viremos a ele e viveremos junto a ele. Se, ao contrário, alguém não me ama, não respeita as minhas palavras”. Aquele que ama Jesus faz a experiência de Deus, em sua maneira de ser e de agir. O amor de Deus não é abstrato. Também o nosso amor significa compromisso, ou seja, a observância do “seu mandamento” é garantia de nossa permanência em Jesus e em sua obediência ao Pai.
O amor de Deus não é imposto, ele respeita a liberdade da pessoa humana, a sua verdade e realização plena. Deus espera que a pessoa humana, como Maria Santíssima, dê o seu sim e, dessa maneira, permita a união do divino e do humano em sua vida. Então, nele se instala a morada de Deus, fundada na reciprocidade do amor, apregoada pelo Apocalipse: “Eis que eu estou à porta e bato: Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (3,20). O sentido destas palavras é evidente para nós: não existe verdadeira vida longe de Deus.
O amor (ágape) não é simplesmente fruto de nós mesmos, ele é a presença em nós do amor com o qual Deus ama seu Filho e suas criaturas. Por isso, é essencial a Jesus comunicar-se no amor e não menos essencial para nós é expressarmos nosso amor doando-nos e vivendo o sacrifício de Jesus como santificação na solidariedade, do ser e do amor, com os nossos irmãos. O Evangelho de S. João conduz-nos ao Pai, do qual tudo procede. Ele não é simplesmente o ser ilimitado ou o ser supremo, Ele é a inexauribilidade do Amor pessoal, ao qual chegamos pela adoração pura, pois no dizer de S. Máximo, o confessor, “o infinito é indubitavelmente algo de Deus, mas não o próprio Deus, que está ainda infinitamente além dele”.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
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