domingo, 29 de junho de 2014

EVANGELHO DO DIA 03 DE JULHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 03 de julho de 2014

Ano A - João 20,24-29

Aleluia, aleluia, aleluia.
Acreditaste, Tomé, porque me viste. Felizes os que crêem sem ter visto (Jo 20,29)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 Os outros discípulos disseram-lhe: “Vimos o Senhor”. Mas ele replicou-lhes: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!”
26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco!”
27 Depois disse a Tomé: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé”.
28 Respondeu-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”
29 Disse-lhe Jesus: “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!”
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
A incredulidade de Tomé
Tomé é a tipologia do "ver para crer". A esta, Jesus contrapõe a bem-aventurança dos que creram sem ver.
Entre as primeiras comunidades vinculadas à comunidade de Jerusalém, surgiu a tradição do ver o ressuscitado como condição para as primeiras lideranças. A partir daí, somos chamados a crer nestas testemunhas, sem ver.
O episódio do Evangelho de hoje relativiza as narrativas de visões do ressuscitado. Na cena do encontro do túmulo vazio, o discípulo que Jesus amava creu sem ver o ressuscitado. Para crer não é necessário ver. A fé brota da experiência de amor que os discípulos tiveram no convívio com Jesus, e da mesma experiência de amor que se pode ter, hoje, nas relações fraternas de acolhimento, de doação e serviço, de misericórdia e compaixão, na fidelidade às palavras do Mestre.
ORAÇÃO
Pai, que a certeza da presença de teu Filho Jesus seja estímulo para o cumprimento da missão que recebi: a de proclamar o Reino a todos os povos.

( Pe. Jaldemir Vitório)

EVANGELHO DO DIA 02 DE JULHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 02 de julho de 2014

Ano A - Mateus 8,28-34

Aleluia, aleluia, aleluia.
Deus nos gerou pela palavra da verdade como as primícias de suas criaturas (Tg 1,18).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

8 28 No outro lado do lago, na terra dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério e vieram ao encontro de Jesus. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali.
29 Eis que se puseram a gritar: “Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?”
30 Havia, não longe dali, uma grande manada de porcos que pastava.
31 Os demônios imploraram a Jesus: “Se nos expulsas, envia-nos para aquela manada de porcos”.
32 “Ide”, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos porcos. Nesse instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para o lago, e morreu nas águas.
33 Os guardas fugiram e foram contar na cidade o que se tinha passado e o sucedido com os endemoninhados.
34 Então a população saiu ao encontro de Jesus. Quando o viu, suplicou-lhe que deixasse aquela região.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
VENCENDO OS ESPÍRITOS MAUS

A instauração do Reino de Deus, através da pessoa de Jesus, criou rupturas no esquema pecaminosa que se apoderou da história humana. O pecado criou espaço para que os espíritos malignos agissem sobre as pessoas, mantendo-as cativas de sua perversidade. Escravizar-se ao pecado é, em última análise, deixar-se possuir pelos maus espíritos. Jesus, veio, exatamente, para libertar o ser humano desta escravidão.
A ação de Jesus pode ser descrita como uma espécie de confronto com toda sorte de mau espírito. O mau espírito da ganância, da inveja, do egoísmo, da violência e afins vêem-se atormentados com a presença de Jesus. De fato, o Filho do Homem veio para atormentá-los e não pode deixá-los em paz, enquanto não vê o ser humano libertado de sua má influência.
A situação dos dois possessos gadarenos é imagem da gravidade e intensidade da possessão do mau espírito no coração humano. A convivência com eles tornou-se impossível. Sua violência impedia a aproximação de quem quer que fosse. E, quando foram expulsos, apoderou-se de uma vara de porcos, que acabou lançando-se ao mar e afogando-se.
A este estado fica reduzida a pessoa que abre espaço, em seu coração, para qualquer forma de mau espírito. Somente, a presença de Jesus tem o poder de libertá-la.
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, ajuda-me a repelir toda ação do mau espírito, cuja intenção é manter-me cativo de sua perversidade.

(Pe. Jaldemir Vitório)

EVANGELHO DO DIA 01 DE JULHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 01 de julho de 2014

Ano A - Mateus 8,23-27

Aleluia, aleluia, aleluia.
No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra (Sl 129,5).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
8 23 Jesus subiu a uma barca com seus discípulos.
24 De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia.
25 Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, nós perecemos!”
26 E Jesus perguntou: “Por que este medo, gente de pouca fé?” Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria.
27 Admirados, diziam: “Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem?”
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
HOMENS FRACOS NA FÉ!

A cena da tempestade acalmada retrata a vida do discípulo às voltas com as dificuldades e os desafios que sua opção comporta. Engana-se quem imagina poder seguir o Mestre Jesus na mais perfeita tranqüilidade, sem correr o risco de enfrentar perseguições e contrariedades. Nestas horas, é preciso recordar-se que ele está presente, sempre pronto a impedir que seus discípulos venham a sucumbir.
Uma leitura simbólica do texto bíblico permite-nos tirar uma lição: entrar na barca com o Mestre, corresponde a "embarcar" na vida dele.
A barca simboliza a Igreja, comunidade dos que aderiram a Jesus, dispostos a partilhar sua missão e seu destino. A tempestade aponta para as grandes crises a que a Igreja é submetida, ao longo de sua existência, de forma a provar a autenticidade da fé dos discípulos. O grito desesperado dos discípulos assemelha-se à súplica constante da Igreja, carente de proteção: "Senhor, tem piedade de nós!" A bonança do mar aponta para a paz que só ele pode dar à sua Igreja. Uma paz, porém, não isenta de toda sorte de provações, pois, seguir Jesus é escolher um caminho arriscado e tormentoso.
Sem uma fé sólida, o discípulo não tem como perseverar no seguimento do Mestre. E sentir-se-á como se estivesse sempre a ponto de perecer. Só na fé encontrará força para continuar.
 
ORAÇÃO
Espírito que robustece a fé, dá-me uma fé firme, que não deixe temer as provações que a condição de discípulo comporta.

(Pe. Jaldemir Vitório)

EVANGELHO DO DIA 30 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 30 de junho de 2014

Ano A - Mateus 8,18-22

Aleluia, aleluia, aleluia.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
8 18 Certo dia, vendo-se no meio de grande multidão, ordenou Jesus que o levassem para a outra margem do lago.
19 Nisto aproximou-se dele um escriba e lhe disse: “Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores”.
20 Respondeu Jesus: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”.
21 Outra vez um dos seus discípulos lhe disse: “Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar meu pai”.
22 Jesus, porém, lhe respondeu: “Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
DISPOSTOS A SEGUIR JESUS

O seguimento de Jesus tem seus pré-requisitos. Além da disposição de tornar-se discípulo, é preciso saber o que o seguimento exige de cada categoria de pessoas. O Evangelho refere-se ao caso de um escriba e de um discípulo. São dois exemplos ilustrativos do que se passa com quem se predispõe a seguir Jesus.
O mestre da Lei judaica é advertido para não tomar uma decisão apressada e superficial. Talvez confundindo Jesus com os rabinos da época, não tinha consciência de um dado importante: para seguir o Mestre Jesus era preciso estar pronto para abraçar a pobreza e o despojamento. Seria ilusório escolher segui-lo, pensando em poder levar uma vida de bem-estar e segurança. As exigências da pobreza deveriam ser previamente conhecidas e aceitas.
Quanto ao discípulo, parece não ter-se dado conta das reais exigências de sua opção. Por isso, pede ao Mestre para interromper sua missão e voltar para casa, a fim de cumprir seu dever de filho, e dar uma sepultura digna a seu velho pai. O pedido não é aprovado, pois, na família, deve haver quem se preocupe em fazer este gesto de misericórdia.
Qualquer que seja a questão, Jesus pensa o discipulado como uma escolha coerente, total e radical, feita para toda a vida, e que se torna a opção fundamental do discípulo. Diante dela, tudo é relativizado, mesmo as coisas mais caras ao ser humano.
 
ORAÇÃO
Espírito de afeição ao Reino, predispõe-me a ser discípulo de maneira radical e coerente, a ponto de relativizar tudo, mesmo aquilo que considero mais querido.

(Pe. Jaldemir Vitório)

EVANGELHO DO DIA 29 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 29 de junho de 2014

Ano A - Mateus 16,13-19

Aleluia, aleluia, aleluia.
Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir a minha igreja; e as portas do inferno não irão derrotá-la (MT 16,18)


Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, 16 13 chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?”
14 Responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas”.
15 Disse-lhes Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?”
16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
17 Jesus então lhe disse: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus.
18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
FÉ E MISSÃO

A missão de liderança confiada a Pedro exigiu dele uma explicitação de sua fé. Antes de assumir o papel de guia da comunidade, foi preciso deixar claro seu pensamento a respeito de Jesus, de forma a prevenir futuros desvios.
Se tivesse Jesus na conta de um messias puramente humano, correria o risco de transformar a comunidade numa espécie de grupo guerrilheiro, disposto a impor o Reino de Deus a ferro e fogo. A violência seria o caminho escolhido para fazer o Reino acontecer.
Se o considerasse um dos antigos profetas reencarnados, transformaria a Boa-Nova do Reino numa proclamação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e terror. De fato, pensava-se que, no final dos tempos, muitos profetas do passado haveriam de reaparecer.
Se a fé de Pedro fosse imprecisa, não sabendo bem a quem havia confiado a sua vida, correria o risco de proclamar uma mensagem insossa, e levar a comunidade a ser como um sal que perdeu seu sabor, ou uma luz posta no lugar indevido.
Só depois que Pedro professou sua fé em Jesus, como o “Messias, o Filho do Deus vivo”, foi-lhe confiada a tarefa de ser “pedra” sobre a qual seria construída a comunidade dos discípulos: a sua Igreja. Entre muitos percalços, esse apóstolo deu provas de sua adesão a Jesus, selando o seu testemunho com a própria vida, demonstração suprema de sua fé. Portanto, sua missão foi levada até o fim.
 
ORAÇÃO
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.

(Pe. Jaldemir Vitório)
 

sábado, 28 de junho de 2014

EVANGELHO DO DIA 28 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 28 de junho de 2014

Ano A - Lucas 2,41-51

Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendita é a virgem Maria, que guardava a palavra de Deus, meditando-a no seu coração (Lc 2,19).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

2 41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa.
42 Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.
43 Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem.
44 Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos.
45 Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele.
46 Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
47 Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas.
48 Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: “Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”.
49 Respondeu-lhes ele: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”
50 Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera.
51 Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Jesus entre os doutores
 
        Cada ano, José ia a Jerusalém para a festa da Páscoa. Embora as mulheres não fossem obrigadas a ir, Maria, mulher de oração, amava estar no Templo para orar e participar das celebrações. “Quando o menino completou doze anos”, a maioridade segundo a Lei, Maria o levou consigo. A Praça do Templo regurgitava de peregrinos, que entoavam salmos e, alegres, louvavam ao Senhor.
Terminados os festejos, José e Maria uniram-se à caravana que retornava a Nazaré. Após um dia de caminhada, ao darem-se conta de que o Menino não estava entre os parentes e amigos, imediatamente,“voltaram a Jerusalém à sua procura”. O coração deles pulsava forte, seus olhos corriam de um lado para outro, com dificuldade atravessavam a cidade ainda repleta de gente. O Menino, onde estaria Ele? Dirigem-se então ao Templo, lá os doutores e escribas costumavam prolongar-se em instruções e debates sobre a interpretação da Lei. Surpresos, viram-no entre os sábios das Escrituras, ouvindo o que falavam e fazendo perguntas, que os deixavam admirados pela sua inteligência e pelo conhecimento que demonstrava ter.
Foram dias de apreensão e de inquietude. S. Ambrósio observa: “Depois de três dias, Ele é encontrado no Templo, como se houvesse esquecido a sua família segundo a carne, cheio de sabedoria e da graça de Deus, revestido de esplendor divino, como em sua Ressurreição”. O fato de eles terem procurado e encontrado o Menino tem um profundo significado espiritual, presente ao longo do Evangelho: nosso caminhar interior para Deus, do pecado para a graça divina, do erro e da mentira para a verdade, do egoísmo e da ganância para uma vida de doação e de generosa partilha.
“Meu filho! ” – exclamou Maria. “Por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos”. – “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai? ” – respondeu Jesus.
Suas palavras deixaram seus pais confusos, pois elas insinuavam ser o Templo a casa de seu Pai e, no dizer de S. Beda, “continham a declaração de serem sua glória e seu poder coeternos aos de Deus Pai”. Entrementes, Maria, “sua mãe, guardava tudo isso em seu coração” e ia traçando, com imagens cada vez mais ricas, o quadro da vida do seu Filho. Aos poucos, levanta-se o véu do infinito amor de Deus e de seu Filho, envolvendo-a em sua ternura infinita. Sua resposta será sempre pronta, e assim estará Maria, a cada instante, concretizando o “fiat” dado no momento da Anunciação. Também nós, no encontro com Jesus, fazemos de nosso coração um Tabernáculo, onde suas palavras são guardadas e meditadas.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

EVANGELHO DO DIA 27 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 27 de junho de 2014
Ano A - Mateus 11,25-30
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tomai sobre vós o meu jugo e de mim aprendei, que sou de manso e humilde coração (Mt 11,29).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
11 25 Por aquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: "Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos.
26 Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado.
27 Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo.
28 "Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei.
29 Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas.
30 Porque meu jugo é suave e meu peso é leve."
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor!
 
 COMENTÁRIO DO EVANGELHO
MANSIDÃO E HUMILDADE
Ao se apresentar como modelo para os seus discípulos: “Aprendam de mim!”, Jesus frisou duas posturas pelas quais pautava a sua vida: a mansidão e a humildade. Elas são o reflexo das bem-aventuranças, as quais Ele sempre buscou praticar.
A mansidão de Jesus expressou-se no trato paciente com os pobres e pequeninos; na acolhida dispensada aos marginalizados; na atitude benévola em relação aos pecadores; na valorização de quem era desprezado; no respeito pelos estrangeiros. Nada, em seu comportamento, denotava arrogância, superioridade. Aliás, seus adversários, chocados com seu modo fraterno e próximo de estar com as pessoas, taxavam-no de “comilão, beberrão, amigos dos pecadores e das pessoas de má fama”.
A opção de Jesus pela mansidão não o impedia de ser severo, quando se fazia necessário. Seus adversários, sempre cheios de malícia e de segundas intenções, experimentaram a dureza de suas palavras e a intransigência de suas posturas.
A humildade de Jesus manifestou-se especialmente em sua relação com o Pai. Jamais teve a pretensão de ocupar uma posição que não lhe pertencia. Antes, tinha consciência de ser o enviado do Pai, e de estar a serviço dele. Tudo quanto fazia tinha o objetivo de reconciliar as pessoas com o Pai, cuja vontade era o imperativo de sua ação. Por isso, ao concluir seu ministério, Jesus pode afirmar: “Tudo está consumado!”, isto é, fiz tudo o que o Pai me incumbiu de fazer.
A humildade levou-o à cruz.

ORAÇÃO

Pai, dá-me um coração manso e humildade, a exemplo de teu Filho Jesus, cujo testemunho de vida deve inspirar toda a minha ação.

(Pe. Jaldemir Vitório)

EVANGELHO DO DIA 26 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 26 de junho de 2014
Ano A - Mateus 7, 21-29

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, 7 21 disse Jesus: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
22 Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres?’
23 E, no entanto, eu lhes direi: ‘Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!’
24 Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.
25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha.
26 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia.
27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína”.
28 Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina.
29 Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
PRUDÊNCIA E TOLICE
 
Engana-se quem pensa ter optado por uma adesão perfeita a Jesus só porque, da boca para fora, invoca seu nome, julgando estar dando mostras de fé. Certas circunstâncias da vida põem à prova a solidez desta adesão. Só, então, será possível saber se se trata de uma opção bem alicerçada ou não.
A opção por Jesus concretiza-se na prática de suas palavras. Quem as ouve e se esforça por pautar por elas a sua vida, está no bom caminho. Nenhuma tempestade, por mais violenta que seja, será suficientemente forte para demovê-lo de sua confiança no Senhor e no seu Reino. A tempestade se vai, sem ter abalado sua fé. A prudência levou-o a construir sua vida sobre alicerces sólidos.
Bem outro é o destino de quem fica satisfeito com uma piedade aparente, em que o comodismo e o amor próprio permanecem intocados. Ao ser provado, não estará em condições de resistir diante dos múltiplos assédios do tentador. Seu cristianismo de fachada será desmascarado, ficando claro que ele estava longe de ser um discípulo de Jesus. Por ser tolo, não edificou sua vida cristã sobre as bases indicadas pelo Mestre, vindo a sofrer as conseqüências de sua falta de discernimento.
Cada discípulo é chamado a fazer uma séria revisão de sua vida, para certificar-se se está agindo com a prudência necessária, ou se está sendo levado pela insensatez.
ORAÇÃO
 
Espírito de prudência, que eu saiba edificar minha vida cristã sobre os alicerces das palavras de Jesus, de modo a superar as provações da vida.

(Pe. Jaldemir Vitório)

EVANGELHO DO DIA 25 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 25 de junho de 2014

Ano A - Mateus 7,15-20

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ficai em mim e eu em vós ficarei, diz Jesus; quem em mim permanece há de dar muito fruto (Jo 15,4s).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
7 15 Disse Jesus: “Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores.
16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos?
17 Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos.
18 Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos.
19 Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo.
20 Pelos seus frutos os conhecereis”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
FALAR E AGIR

O discípulo do Reino sabe compaginar, perfeitamente, palavra e ação. Sua vida decorre de sua pregação, a ponto de seu testemunho de vida ser o melhor atestado da veracidade de suas palavras. Caso contrário, atuaria na comunidade como um falso profeta. A falsidade, neste caso, poderia acontecer de duas formas. A primeira consistiria em desconectar vida e pregação. A outra se dá, quando alguém cultiva uma virtude aparente, sem consistência. É o que se chama hipocrisia. Por fora, dá mostras de ser virtuoso, quando, de fato, é um grande perverso.
A comunidade cristã não está isenta de ver-se às voltas com pessoas deste tipo. Jesus alertou os discípulos e lhes indicou um critério para verificar a autenticidade das palavras do pregador cristão: observar se ele as pratica. De nada valem suas palavras bonitas, bem expressadas e convincentes, se não são vividas por quem as anuncia. Será preciso acautelar-se de tais pregadores, pois dizem, mas não fazem. Se, pelo contrário, a vida do pregador cristão corresponde à sua pregação, aí sim, será prudente dar-lhe ouvidos, pois "toda árvore boa só dá bons frutos".
Com este critério, os discípulos estavam aptos para precaver-se dos lobos infiltrados na comunidade.
 
ORAÇÃO
Espírito de sinceridade, faze com que minha vida seja sempre mais coerente com minha fé e minhas palavras.

(Pe. Jaldemir Vitório)

EVANGELHO DO DIA 24 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 24 de junho de 2014
Ano A - Lucas 1,57-66.80
Aleluia, aleluia, aleluia.
Serás chamado, ó menino, o profeta do Altíssimo: irás diante do Senhor, preparando-lhe os caminhos (Jo 1,7; Lc 1,17).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
1 57 Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho.
58 Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifestara a sua misericórdia, e congratulavam-se com ela.
59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino e o queriam chamar pelo nome de seu pai, Zacarias.
60 Mas sua mãe interveio: "Não", disse ela, "ele se chamará João".
61 Replicaram-lhe: "Não há ninguém na tua família que se chame por este nome".
62 E perguntavam por acenos ao seu pai como queria que se chamasse.
63 Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: "João é o seu nome". Todos ficaram pasmados.
64 E logo se lhe abriu a boca e soltou-se-lhe a língua e ele falou, bendizendo a Deus.
65 O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; o fato divulgou-se por todas as montanhas da Judéia.
66 Todos os que o ouviam conservavam-no no coração, dizendo: "Que será este menino? Porque a mão do Senhor estava com ele.
80 O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
SOB A PROTEÇÃO DO SENHOR
 
O nascimento de João Batista nos mostra a atuação de Deus na história e que nem sempre entendemos esta atuação ou os nossos projetos são os mesmos dele. Quando existe discordância entre a vontade de Deus e a nossa vontade, nós nos tornamos limitados e incapazes de viver plenamente na graça divina e de comunicar esta graça aos nossos irmãos e irmãs, mas quando a nossa vida é conforme a vontade de Deus, a graça divina atua em nós, a mão do Senhor está conosco e a nossa boca se abre para anunciar suas maravilhas e proclamar os seus louvores.
O texto evangélico sublinha a intensa manifestação divina nos fatos ligados ao nascimento de João Batista, a quem seria confiada a tarefa de preparar os caminhos do Messias Jesus. E isto, a tal ponto que, por toda a redondeza, espalhou-se um temor divino, levando o povo a se perguntar: “O que será que esse menino vai ser?”.
A mudez inexplicada de seu pai Zacarias foi um evidente indício de que algo maravilhoso estava acontecendo. Ele só voltou a falar quando cumpriu a ordem divina de dar ao filho o nome de João, que significa “Deus é favorável”, embora sua parentela julgasse que o mais normal seria chamá-lo de Zacarias, como o pai.
O parto de Isabel também foi interpretado como “demonstração de uma grande misericórdia do Senhor” para com ela. De fato, sem a ajuda divina jamais poderia conceber e dar à luz, dado a sua idade avançada e sua esterilidade.
A proteção divina dispensada a João Batista enquadrava-se no projeto de Deus de confiar-lhe a tarefa de preparar o povo para acolher o Messias, predispondo-o à conversão. A gravidade desta tarefa exigia que fosse “robustecido” pelo próprio Espírito, de modo a capacitar-se para o cumprimento do desígnio divino.
João Batista soube corresponder à ação do Espírito. Sua vida haveria de ser um testemunho fulgurante de temor a Deus, de cujos caminhos jamais se desviou, mesmo devendo padecer o martírio.

ORAÇÃO
Pai, toma-me sob a tua proteção e robustece-me com o teu Espírito, de modo que eu possa cumprir, com coragem e fidelidade, as tarefas do Reino que me são confiadas.

(Pe. Jaldemir Vitório)

EVANGELHO DO DIA 23 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 23 de junho de 2014
Ano A - Mateus 7,1-5
Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
7 1 Disse Jesus: “Não julgueis, e não sereis julgados.
2 Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos.
3 Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?
4 Como ousas dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar a palha do teu olho’, quando tens uma trave no teu?
5 Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
A PROIBIÇÃO DE JULGAR
 
O imperativo de Jesus, a respeito do julgamento do próximo, reveste-se de uma profundidade imperceptível à primeira vista. Seu pressuposto é que ninguém pode ser identificado com seus atos exteriores, ou com suas aparências. Dentro de cada um, existe um mistério profundo e impenetrável, cujo conhecimento é reservado unicamente a Deus. É preciso respeitá-lo, sabendo que, por trás de cada ato humano, existe uma história que nos escapa.
O discípulo do Reino evita qualquer tipo de julgamento, a não ser quando é feito por amor ao próximo. Só o amor possibilita-o posicionar-se de maneira conveniente em relação a seu semelhante, e emitir um juízo a seu respeito. Quem é movido pelo ódio ou pela malevolência, jamais será capaz de olhá-lo com objetividade e emitir um juízo verdadeiro sobre ele.
O julgamento mais radical ao qual o ser humano será submetido é o de condenação ou de salvação. Evidentemente, só ao Pai compete fazer tal julgamento. Aqui, também, vale o critério do amor. Ou seja, apenas o Pai ama tanto o ser humano, a ponto de poder determinar se este é merecedor de salvação ou de condenação. Ele conhece cada pessoa, na sua intimidade. Por isso, não corre o risco de se enganar. É com misericórdia que ele pesa as ações humanas.

ORAÇÃO
Espírito que leva a respeitar os semelhantes, educa-me a usar de misericórdia para com o meu próximo, de sorte que eu não seja levado a julgá-lo negativamente.

(Pe. Jaldemir Vitóri)
 
ORAÇÃO
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

domingo, 22 de junho de 2014

EVANGELHO DO DIA 22 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 22 de junho de 2014
Ano A - Mateus 10,26-33
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito Santo, a verdade, de mim irá testemunhar, e vós minhas testemunhas sereis em todo lugar (Jô 15,26s).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos: 10 26 “Não os temais, pois; porque nada há de escondido que não venha à luz, nada de secreto que não se venha a saber.
27 O que vos digo na escuridão, dizei-o às claras. O que vos é dito ao ouvido, publicai-o de cima dos telhados.
28 Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena.
29 Não se vendem dois passarinhos por um asse? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de vosso Pai.
30 Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados.
31 Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós.
32 Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus.
33 Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Jesus fala claramente aos Apóstolos
Diversas vezes Jesus fala de sua origem divina, mas não tão claramente como no Evangelho de hoje. Ao ouvi-lo, os Apóstolos exclamam: “Agora vemos que sabes tudo e não tens necessidade de que alguém te interrogue. Por isto cremos que saíste de Deus”. Jesus fala abertamente e não por figuras ou metáforas, que se tornam supérfluas, uma vez que se aproxima a hora de sua despedida. Reconfortados com as suas palavras, os Apóstolos reconhecem no Mestre sua ciência divina e, pasmos diante de sua sabedoria, declaram: “Tu sabes tudo”. Jesus anuncia o Reino divino, sua vinda próxima, e atribui a si mesmo uma autoridade singular, pois só participarão do Reino os que o acolherem. Neste sentido, suas palavras são claras: “Portanto, todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante de meu Pai que está nos céus”.
Ao longo do caminho, Jesus conversa com os seus Apóstolos. Por um instante, Ele para, olha para os Apóstolos, e declara-lhes:“Dizeis que agora credes. Eis que chega a hora – e ela soou – em que vos dispersareis, cada um para o seu lado, e me deixareis sozinho”. Jesus não quer repreendê-los, mas sim alertá-los e alimentar em seus corações a confiança no Pai: “Quanto a vós, até mesmo os vossos cabelos foram todos contados. Não tenhais medo, pois valeis mais do que muitos pardais”. O Pai não os abandonará jamais. Ao dizer que nenhum pássaro “cai em terra sem o seu consentimento”, Ele“declara expressamente que nada é desconhecido ao Pai” (S. João Crisóstomo).
O caminho a ser percorrido pelos discípulos é longo e exigente. Por isso, apesar de seus protestos de lealdade, o Mestre os alerta e os conforta, preparando-os para o momento de sua Paixão. Movido de bondade e compaixão, Ele lhes transmite a certeza da vitória final: “Eu vos disse tais coisas para terdes paz em mim”. A sua vitória é a deles, o que leva S. Agostinho a dizer: “Eles tiveram fé e venceram. Em quem, a não ser nele? Pois ele não teria vencido o mundo, se o mundo tivesse vencido seus membros”.
Cumprem-se as profecias de que o Messias instauraria a verdadeira paz e reuniria na unidade os filhos de Deus dispersos, não os deixando entregues aos ataques inimigos. Os seguidores do Mestre nada têm a temer. Ele estará sempre com eles e nele eles serão filhos amados do Pai, que “se revelará aos que não lhe recusam a fé” (Sab. 1,2). A fé, é saber-se amado por Deus.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
ORAÇÃO
Espírito da Verdade permite-me reconhecer a glória de Jesus, para além da cruz e do sofrimento, instruindo-me com as palavras de meu Mestre e Senhor.

sábado, 21 de junho de 2014

EVANGELHO DO DIA 21 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 21 de junho de 2014

Ano A - Mateus 6,24-34

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor 8,9).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

6 24 Disse Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza.
25 Portanto, eis que vos digo: não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, pelo que vestireis. A vida não é mais do que o alimento e o corpo não é mais que as vestes?
26 Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas?
27 Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida?
28 E por que vos inquietais com as vestes? Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam.
29 Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles.
30 Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé?
31 Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos?
32 São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso.
33 Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo.
34 Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
CONFIAR NA PROVIDÊNCIA

Nada mais contrário à espiritualidade do Sermão da Montanha do que a ansiedade por causa da sobrevivência pessoal, em termos de satisfação das necessidades materiais. A preocupação exagerada em relação aos bens deste mundo revela que a opção fundamental do discípulo do Reino está alicerçada na própria segurança e nos esforços humanos para consegui-la, e não em Deus. Quem orienta sua vida pela busca do Reino de Deus e sua justiça, não tem por que deixar-se dominar pela avidez de bens materiais. O olhar do discípulo centra-se no que é essencial. O resto vem-lhe por acréscimo.
Numa sociedade como a nossa, em que somos pressionados a consumir e acumular para garantir o nosso futuro, e na qual se exalta o valor do trabalho, da produção e da planificação, é desafiador por em prática este ensinamento de Jesus. Muitos irão considerá-lo utópico e impraticável. Outros acharão que seus destinatários são um pequeno grupo de pessoas especiais, capazes de se manterem radicalmente livres diante do consumismo moderno. Outros, ainda, o tomarão como fundamento de uma religião ecológica, baseada num estilo de vida espontâneo, sem preocupações.
Nada disto corresponde ao pensamento de Jesus. Seu esforço concentrou-se em levar os discípulos a terem confiança total em Deus e na sua providência. Esta será a opção orientadora de suas vidas, eles saberão como colocá-la em prática.
 
ORAÇÃO
Espírito de fé na Previdência, num mundo que valoriza a acumulação de bens, ensina-me a viver uma vida despojada, totalmente confiada no amor previdente do Pai.

(Pe. Jaldemir Vitório)

sexta-feira, 20 de junho de 2014

EVANGELHO DO DIA 20 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 20 de junho de 2014

Ano A - Mateus 6,19-23

Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

6 19 Disse Jesus: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam.
20 Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam.
21 Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração.
22 O olho é a luz do corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado.
23 Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará nas trevas. Se a luz que está em ti são trevas, quão espessas deverão ser as trevas!”
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
O verdadeiro tesouro
 
Jesus falava do Reino de Deus não como uma realidade exterior a Deus, mas como presença de Deus agindo no meio de nós. O Reino é absolutamente superior a tudo o que é transitório e manifesta-se como força renovadora e redentora. O Reino é a próprio Jesus, plenitude da verdade e do amor, único capaz de saciar nosso desejo radical de plenitude e de realização última. Por conseguinte, o Reino não é estranho a nós, pois trazemos latente em nosso coração a lembrança nostálgica da felicidade e da alegria espiritual. Até as pessoas deformadas pelo pecado e penetradas pela malícia sentem atração pela bem-aventurança da terra prometida do Reino de Deus, descrito por Jesus como o verdadeiro tesouro no céu, “onde nem a traça, nem o caruncho destroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam”. Eis a alegria da salvação, isto é, da participação na vida feliz do Pai.
Tal alegria não concerne simplesmente ao futuro, mas já está em via de realização desde agora, no presente, comunicando-nos paz, segurança e esperança. Todavia, sentimo-nos atraídos pelas riquezas materiais e dispersamos nosso tempo em futilidades e preocupações vãs.
Jesus conhece o que se passa em nosso coração e estabelece uma alternativa, não entre pobreza e riqueza, mas entre plenitude terrestre, temporária, e plenitude celeste, eterna. Ou ainda, entre os bens materiais e os espirituais. De um lado, estaria o falso tesouro ou a avareza, estéril e de antemão condenada por uma morte inevitável; de outro lado, a generosidade que distribui aos outros, aos mais pobres, o que é concedido pela liberalidade do Criador e da natureza. Então, aos nossos ouvidos chegam as palavras de Jesus: “Onde está o teu tesouro aí estará também o teu coração”.
A realidade espiritual não pode ser equiparada a nenhuma alegria terrena, que é efêmera e frágil. Mesmo assim, esta alegria adquire um novo sentido quando considerada à luz da mensagem do Senhor, que nos convida a investirmos no que verdadeiramente permanece sem nos prendermos no que dura só o tempo da vida terrena. O tesouro oferecido por Ele é incomensurável: não é simplesmente um salário pelas boas ações, mas é o Reino de Deus, herança imperecível, consumação da história, presença libertadora de Deus “com todas as suas riquezas” (Mestre Eckhart). Orientando seus fiéis, S. Basílio Magno, Bispo de Cesareia, recomenda: “O que tens em tuas mãos, tu deves considerar como não te pertencendo. Por um pouco de tempo tu gozas destes bens, depois eles passam, e te pedirão contas deles. Dizes tu: ‘O que farei? ’ É necessário dizer: ‘Eu saciarei a alma do pobre, eu abrirei meus celeiros, convidarei todos os infelizes. Lançarei este apelo magnífico: vós que não tendes pão, vinde a mim! Que cada um tome a sua parte, como de uma fonte que pertence a todos, dos bens dados por Deus! ”.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito de discernimento, que eu não me engane, ajuntando tesouros na Terra, quando só os do Céu podem garantir a vida eterna, junto do Pai.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

EVANGELHO DO DIA 19 DE JUNHO DE 2014 (CORPUS CHRISTI)

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 19 de junho de 2014

Ano A - João 6,51-58

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o pão descido do céu; quem deste pão come, sempre há de viver! (Jo 6,51)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, disse Jesus às multidões dos judeus: 6 51 "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo".
52 A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: "Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne?"
53 Então Jesus lhes disse: "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos.
54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
55 Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida.
56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
57 Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim.
58 Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente".
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo papa Urbano IV em 11 de agosto de 1264, em vista de destacar a dimensão sacramental que a tradição romana associou à última ceia de Jesus, já celebrada na semana santa.
A ceia é um momento de alegria, partilha e comunhão. Descartando a manducação do cordeiro pascal, Jesus apresenta-se como o pão que dá a vida, e o vinho que alegra a todos, inaugurando a nova celebração do Reino de Deus. A Eucaristia é a celebração da comunidade viva, animada pelo Espírito, unida em torno de Jesus, empenhada em cumprir a vontade do Pai, que é vida para todos.

(Pe. Jaldemir Vitório)
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Festa de Corpus Christi
 
Na festa de Corpus Christi, do Corpo de Cristo, rendemos ação de graças a Jesus pela Quinta-feira santa. Na última Ceia, ele deixa aos seus discípulos o mais valioso presente, a Eucaristia. Nela reconhecemos sua presença real e verdadeira e o adoramos como o Salvador de todo o gênero humano. Ele é o verdadeiro Cordeiro, que realiza a Redenção da humanidade. Diz o Senhor: ”Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue é verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, eu nele. Assim como o Pai, que vive, enviou-me e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim”.
A Eucaristia, presença real de Jesus, mistério de fé, remete-nos ao mistério de sua Encarnação, obra do Espírito Santo, no seio puríssimo da Virgem Maria. Sua presença na Eucaristia é também obra do Espírito Santo. No momento solene da consagração, o celebrante impõe as mãos sobre o pão e o vinho e, na pessoa de Cristo, invoca o Espírito Santo. Dá-se o milagre da transubstanciação: o pão e o vinho se transformam no Corpo e no Sangue de Jesus. O mistério da encarnação se perpetua e o Senhor permanece no meio de nós, segundo sua promessa, até o fim dos tempos.
S. Justino mártir afirma que, após a consagração, “não é pão ou vinho comum o que recebemos. Com efeito, do mesmo modo como Jesus Cristo, nosso Salvador, se fez homem pela Palavra de Deus e assumiu a carne e o sangue para a nossa salvação, também nos foi ensinado que o alimento sobre o qual foi pronunciada a ação de graças com as mesmas palavras de Cristo e, depois de transformado, nutre nossa carne e nosso sangue, é a própria carne e o sangue de Jesus que se encarnou”. Eis o mistério da fé! Proclamam os cristãos, logo após a consagração.
O discípulo participa da bondade misericordiosa de Jesus. Porém, caso feche-se ao Espírito Santo, ele jamais reconhecerá sua presença eucarística, pois é graças à ação divina do Espírito que se professa a presença única e extraordinária de Jesus no pão e no vinho consagrados. Como também na Palavra proclamada, no irmão que tem sede, que está nu ou é excluído da sociedade. Quem crê na presença eucarística, tão ardentemente desejada por Jesus, vai vivê-la intensamente na comunhão fraterna.
A Eucaristia constrói a Igreja, sinal da unidade de Deus, e permite-nos viver a comunhão com os irmãos. A caminho do martírio, lembra S. Inácio de Antioquia: “Vós estais todos unidos, rompendo o mesmo pão que é remédio de imortalidade, antídoto para não mais morrer, mas para viver em Jesus Cristo para sempre. Então, uma só coisa importa: ser encontrado no Cristo Jesus, para a verdadeira vida”.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, Vós nos indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado. Acolhei a confissão da nossa fraqueza para que, humilhados pela consciência de nossas faltas, sejamos confortados pelo Vosso Eterno Amor. E pelo Vosso Corpo e Vosso Sangue possamos nos redimir, definitivamente, dos erros que cometemos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém!