sábado, 28 de junho de 2014

EVANGELHO DO DIA 28 DE JUNHO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 28 de junho de 2014

Ano A - Lucas 2,41-51

Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendita é a virgem Maria, que guardava a palavra de Deus, meditando-a no seu coração (Lc 2,19).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

2 41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa.
42 Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.
43 Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem.
44 Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos.
45 Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele.
46 Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
47 Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas.
48 Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: “Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”.
49 Respondeu-lhes ele: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”
50 Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera.
51 Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Jesus entre os doutores
 
        Cada ano, José ia a Jerusalém para a festa da Páscoa. Embora as mulheres não fossem obrigadas a ir, Maria, mulher de oração, amava estar no Templo para orar e participar das celebrações. “Quando o menino completou doze anos”, a maioridade segundo a Lei, Maria o levou consigo. A Praça do Templo regurgitava de peregrinos, que entoavam salmos e, alegres, louvavam ao Senhor.
Terminados os festejos, José e Maria uniram-se à caravana que retornava a Nazaré. Após um dia de caminhada, ao darem-se conta de que o Menino não estava entre os parentes e amigos, imediatamente,“voltaram a Jerusalém à sua procura”. O coração deles pulsava forte, seus olhos corriam de um lado para outro, com dificuldade atravessavam a cidade ainda repleta de gente. O Menino, onde estaria Ele? Dirigem-se então ao Templo, lá os doutores e escribas costumavam prolongar-se em instruções e debates sobre a interpretação da Lei. Surpresos, viram-no entre os sábios das Escrituras, ouvindo o que falavam e fazendo perguntas, que os deixavam admirados pela sua inteligência e pelo conhecimento que demonstrava ter.
Foram dias de apreensão e de inquietude. S. Ambrósio observa: “Depois de três dias, Ele é encontrado no Templo, como se houvesse esquecido a sua família segundo a carne, cheio de sabedoria e da graça de Deus, revestido de esplendor divino, como em sua Ressurreição”. O fato de eles terem procurado e encontrado o Menino tem um profundo significado espiritual, presente ao longo do Evangelho: nosso caminhar interior para Deus, do pecado para a graça divina, do erro e da mentira para a verdade, do egoísmo e da ganância para uma vida de doação e de generosa partilha.
“Meu filho! ” – exclamou Maria. “Por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos”. – “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai? ” – respondeu Jesus.
Suas palavras deixaram seus pais confusos, pois elas insinuavam ser o Templo a casa de seu Pai e, no dizer de S. Beda, “continham a declaração de serem sua glória e seu poder coeternos aos de Deus Pai”. Entrementes, Maria, “sua mãe, guardava tudo isso em seu coração” e ia traçando, com imagens cada vez mais ricas, o quadro da vida do seu Filho. Aos poucos, levanta-se o véu do infinito amor de Deus e de seu Filho, envolvendo-a em sua ternura infinita. Sua resposta será sempre pronta, e assim estará Maria, a cada instante, concretizando o “fiat” dado no momento da Anunciação. Também nós, no encontro com Jesus, fazemos de nosso coração um Tabernáculo, onde suas palavras são guardadas e meditadas.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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