sábado, 30 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 30 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 30 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 25,14-30

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado (Jo 13,34).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
25 14 “Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens.
15 A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu.
16 Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco.
17 Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois.
18 Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor.
19 Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas.
20 O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: ‘Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.’
21 Disse-lhe seu senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor’.
22 O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei’.
23 Disse-lhe seu senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor’.
24 Veio, por fim, o que recebeu só um talento: ‘Senhor, disse-lhe, sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste.
25 Por isso, tive medo e fui esconder teu talento na terra. Eis aqui, toma o que te pertence’.
26 Respondeu-lhe seu senhor: ‘Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei.
27 Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu.
28 Tirai-lhe este talento e dai-o ao que tem dez’.
29 Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter.
30 E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
A ALEGRIA DA FIDELIDADE

Os três servos, aos quais o senhor confiou uma certa soma de dinheiro, servem para ilustrar dois diferentes tipos de discípulos, com relação aos dons que receberam de Deus.
Os dois primeiros representam os discípulos que se servem do tempo presente para viver intensamente o amor e a justiça. Incansavelmente procuram praticar o bem, fazendo crescer os laços que os unem a Deus. A fidelidade ao Pai impede-os de cruzar os braços e viver na inatividade. Existe sempre algo de bom a ser realizado.
O terceiro servo, medroso e ocioso, contrasta com os dois primeiros, corajosos e operosos. Seu modo de agir é uma alusão ao comportamento dos discípulos que, embora não façam nada de errado, são incapazes de um gesto grandioso de solidariedade, ou de jogar-se de corpo e alma na causa da justiça. São os que pensam ter observado com fidelidade os mandamentos, só porque os cumpriram, ponto por ponto, embora não pratiquem o que é mais fundamental: a misericórdia, o amor e a justiça. Vivendo uma vida mesquinha e sem relevância, tais discípulos vegetam espiritualmente. Eles se conservam distantes dos grandes desafios da humanidade, especialmente dos pobres e dos sofredores. E pensam que a realização de um punhado de normas seja suficiente para colocá-los em dia com as exigências do Reino.
O castigo aplicado ao servo inútil não deixa margem para dúvidas. É hora de agir!
 
ORAÇÃO
Espírito de ação, que eu saiba aproveitar cada momento de minha vida para dar mostras de fidelidade ao Pai, realizando gestos concretos de amor.

(Pe. Jaldemir Vitório)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 29 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 29 de agosto de 2014

Ano A -Marcos 6, 17-29

Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, porque o reino dos céus há der deles! (Mt 5,10)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 6 17 o próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado.
18 João tinha dito a Herodes: "Não te é permitido ter a mulher de teu irmão".
19 Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, não o conseguindo, porém.
20 Pois Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo; protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente o ouvia.
21 Chegou, porém, um dia favorável em que Herodes, por ocasião do seu natalício, deu um banquete aos grandes de sua corte, aos seus oficiais e aos principais da Galiléia.
22 A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e dos seus convivas. Disse o rei à moça: "Pede-me o que quiseres, e eu to darei". 23 E jurou-lhe: "Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja a metade do meu reino".
24 Ela saiu e perguntou à sua mãe: "Que hei de pedir?" E a mãe respondeu: "A cabeça de João Batista".
25 Tornando logo a entrar apressadamente à presença do rei, exprimiu-lhe seu desejo: "Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista".
26 O rei entristeceu-se; todavia, por causa da sua promessa e dos convivas, não quis recusar.
27 Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere,
28 trouxe a sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe.
29 Ouvindo isto, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Morte de João Batista
 
O Evangelho de São Marcos, de onde foi retirada a citação acima, relata a morte de João Batista como uma espécie de prelúdio à missão redentora de Jesus. Ele é apresentado como precursor do Cristo por sua morte, como o foi por sua pregação. Muitos cristãos chegam a apontar semelhanças entre os dois. Ambos foram profetas e ambos testemunharam a verdade, ao preço de sua própria vida. João Batista foi assassinado por ordem de Herodes, e Jesus, depois de ser entregue a Pôncio Pilatos por seus adversários, morreu na cruz.
Quantos seguiram Jesus no martírio, fortalecidos em seus corações pelo amor a Deus e por sua verdade! João Batista preferiu afrontar o ódio do rei, em vez de negar os mandamentos de Deus apenas para adulá-lo. Embora aconselhado por João a deixar o pecado do adultério, porque Herodes vivia em concubinato com a mulher do próprio irmão, o rei preferiu livrar-se do homem que o advertia de seu erro. Observa São Pedro Crisólogo: “A virtude torna-se indesejável para aqueles que são imorais; a integridade é motivo de sofrimento para os corruptos; a misericórdia é intolerável aos cruéis”.
Orígenes descreveu os últimos momentos da vida de João Batista, mostrando que o profeta morreu com a certeza de dever cumprido: “João reprovava Herodes com a liberdade de um profeta. Levado à prisão por causa disso, não temia a morte, mas somente pensava no Cristo que ele tinha anunciado. E não podendo ir ao seu encontro, envia dois de seus discípulos para interrogá-lo: ‘És tu aquele que deve vir?’. Os discípulos retornam, relatando ao seu mestre o que o Salvador tinha dito. Então, João, armado para o combate, morre com segurança”.
O poder de Deus é amor, e o amor quer a liberdade do amado. Tudo depende da decisão pessoal de cada um. É o admirável apelo à conversão, ao qual Herodes permaneceu insensível. Com sua morte, João Batista proclama que a fé ultrapassa os conceitos meramente humanos e se concretiza, antes de tudo, na comunhão com o Deus vivo. Em Deus o pecado é banido e a morte é vencida. A vitória é da vida, da vida nova em Jesus.
Será que estamos prontos para morrer por Jesus, por Sua verdade e por Sua justiça? Para isso é importante ter uma consciência esclarecida e uma vontade vigorosa. Só assim reconheceremos o pecado e rejeitaremos decididamente o mal. Ao escolher o bem, estaremos “procurando a santidade, sem a qual ninguém pode ver a Deus” (Hb 12,14).
Dom Fernando Antônio Figueiredo
 
ORAÇÃO
Ó Deus, vós que mostrais a luz da verdade aos que erram para que possam voltar ao bom caminho, concedei a todos os que se gloriam da vocação cristã rejeitar o que opõe ao Seu nome e abracem quanto possa honrá-lo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém!

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 28 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 28 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 24,42-51

Aleluia, aleluia, aleluia.
Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 24 42 disse Jesus: “Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor.
43 Sabei que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa.
44 Por isso, estai também vós preparados porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes.
45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente que o Senhor constituiu sobre os de sua família, para dar-lhes o alimento no momento oportuno?
46 Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, na sua volta, encontrar procedendo assim!
47 Em verdade vos digo: ele o estabelecerá sobre todos os seus bens.
48 Mas, se é um mau servo que imagina consigo:
49 - Meu senhor tarda a vir, e se põe a bater em seus companheiros e a comer e a beber com os ébrios,
50 o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e na hora em que ele não sabe,
51 e o despedirá e o mandará ao destino dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes”.
Palavra da Salvação.
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
O SERVO FIEL

A vida cristã é toda ela uma preparação para o encontro definitivo com o Senhor. O dia e a hora deste encontro não o sabemos. Por isso, Jesus insistia para que os discípulos se mantivessem sempre vigilantes. A espera deveria mantê-los ativos, pois cada minuto da existência poderia ser ocasião de se prepararem cada vez melhor.
O encontro com o Senhor prepara-se por meio da prática do amor e da justiça, não simplesmente por meio de determinados atos de piedade realizados mecanicamente. Quem o Senhor encontrar amando o próximo e lutando pela justiça, será convidado para participar da alegria de seu Reino.
Certos discípulos, pensando que o Senhor tardaria muito a voltar e que, por isso, teriam tempo suficiente para se preparar, não ficavam atentos, descambando para uma vida de impiedade. Dada a incerteza da hora, é imprudente agir assim. Quando menos esperam, serão chamados para prestar contas de sua existência, recebendo o castigo dos servos maus.
O verdadeiro discípulo não se descuida. Pelo contrário, transforma cada circunstância da vida em ocasião de manifestar seu desejo de ser acolhido pelo Senhor. E na acolhida do outro, de modo especial, dos mais pobres, mostra como ele próprio quer ser acolhido pelo Pai.
 
ORAÇÃO
            Senhor Jesus, que eu me prepare para o encontro contigo, amando meu próximo e lutando para construir um mundo mais justo e fraterno.

(Pe. Jaldemir Vitório)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 27 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 27 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 23,27-32

Aleluia, aleluia, aleluia.
O amor de Deus se realiza em todo aquele que guarda sua palavra fielmente (1Jo 2,5).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
23 27 Disse Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão.
28 Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
29 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Edificais sepulcros aos profetas, adornais os monumentos dos justos
30 e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos manchado nossas mãos como eles no sangue dos profetas’.
31 Testemunhais assim contra vós mesmos que sois de fato os filhos dos assassinos dos profetas.
32 Acabai, pois, de encher a medida de vossos pais!”
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Ai de vós fariseus

Os fariseus cumprem a Lei com escrupulosa exatidão, a ponto de pagar o “dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças”. Porém, não atendem a exigências de caridade e de justiça para com o pobre e desvalido. Exteriormente, comportam-se de modo exemplar, interiormente, estão distantes e afastados do verdadeiro cumprimento da Lei dada por Deus a Moisés.
Eis então que a voz do Senhor, penetrante como um dardo, ressoa por sobre a Cidade Santa: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!” Vós que não cumpris o verdadeiro sentido da Lei. E de seus lábios, ecoam as palavras ditas pelos profetas, que apregoavam o direito, a misericórdia e a fidelidade. Ao invés, os fariseus agem, “como se não houvesse importância, observa S. Cirilo de Alexandria, a justiça e o amor a Deus, deveres obrigatórios a todos”. Ora, o fingimento e a falsa piedade, considerados por Jesus pecados contra o Espírito Santo, devem ser evitados por seus discípulos. Daí falar-lhes, como jamais fizera antes: “Estai atentos a não fazerdes vossa justiça diante dos homens, para que vos vejam; de outro modo não tereis recompensa diante de vosso Pai, que está nos céus” (Mt 6,1).
Ai de vós, peritos das Escrituras! Hipócritas! O povo ouvia Jesus com espanto e temor. Caíam as máscaras dos que se consideravam sábios e guias do povo, e manifestava-se o vazio de seus corações. Essa era justamente a intenção de Jesus. Suas palavras não eram de condenação, elas visavam à conversão ou à transformação interior dos seus corações. A todos, Jesus sempre manifestou sua compaixão e carinho, e agora Ele quer convertê-los e levá-los à realização da vontade do Pai. Mas por se julgarem os únicos verdadeiros intérpretes da Lei, eles se sentem agredidos e ofendidos pelas suas palavras e, rejeitando-o, tudo fazem para que o povo não o acolha. Mas a palavra do Mestre não foi em vão. Muitos de seus ouvintes reconhecem que sua crítica funda-se no fato de os fariseus permanecerem presos às práticas exteriores, “limpar copos e pratos” , não indo além, ao sentido espiritual, à purificação interior (tò entós) do coração. Pois é através do visível, como de um trampolim, que se eleva à contemplação do espiritual.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito de veracidade, faze-me ser autêntico em tudo o que faço, de modo a expressar, exteriormente, aquilo que sou internamente.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 26 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 26 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 23,23-26

Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é via e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 23 23 disse Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante.
24 Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo.
25 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança.
26 Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
O capítulo 23 de Mateus é uma coletânea de advertências contra os escribas e fariseus e sua doutrina oficial, sob a forma do lamento "ai de vós...". Esta expressão é bastante usada no Primeiro Testamento, dirigida aos que praticam a iniqüidade. A forma literária deste texto se aproxima das advertências do profeta Isaías (5,8-22). A hipocrisia é a atitude do sistema religioso representado pelos escribas e fariseus, os quais se fecham em seu prestígio e poder, julgando-se justos e desprezando o povo humilde. A novidade de Jesus, marcada por um estilo profético, contradiz a religião da Lei que oprime e humilha o povo com suas inumeráveis observâncias, favorecendo as elites religiosas. Com uma seqüência de sete "ais", ficam em foco vários aspectos em que estas elites religiosas procuram manter as aparências, porém falta o essencial, que é a acolhida da novidade de Jesus com seu amor misericordioso, libertador e vivificante. As advertências visam também aos membros da própria comunidade de Mateus, com discípulos oriundos do judaísmo, para que não retornem à antiga prática a que haviam renunciado.
ORAÇÃO
Ó Deus, na vossa incansável misericórdia de Pai, purificai, protegei e governai a nossa vida, pois nada somos sem Vosso Divino auxílio e conforto. Dai-nos o estritamente necessário para vivermos em comunhão com cada irmão.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 25 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 25 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 23,13-22

Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo disse Jesus: 23 13 “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Vós fechais aos homens o Reino dos céus. Vós mesmos não entrais e nem deixais que entrem os que querem entrar.
14 15 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior que vós mesmos.
16 Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo templo, isto não é nada; mas se jura pelo tesouro do templo, é obrigado pelo seu juramento’.
17 Insensatos, cegos! Qual é o maior: o ouro ou o templo que santifica o ouro?
18 E dizeis ainda: ‘Se alguém jura pelo altar, não é nada; mas se jura pela oferta que está sobre ele, é obrigado’.
19 Cegos! Qual é o maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Aquele que jura pelo altar, jura ao mesmo tempo por tudo o que está sobre ele.
21 Aquele que jura pelo templo, jura ao mesmo tempo por aquele que nele habita.
22 E aquele que jura pelo céu, jura ao mesmo tempo pelo trono de Deus, e por aquele que nele está sentado”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Ai de vós escribas hipócritas
 
Os escribas e fariseus substituem o espírito da Lei, que tem por base o amor a Deus e aos homens, por suas tradições humanas e múltiplas normas rituais. Surdos aos profetas, eles já tinham perdido o sentido profundo de suas palavras, e esqueceram-se das recomendações do profeta Miqueias, que exortava “a praticar o direito, a amar a misericórdia e a caminhar humildemente com o seu Deus”. Porque citam os profetas, mas não os traduzem em suas próprias vidas, Jesus denomina-os cegos e hipócritas. Admoestações duras e severas, mas não condenatórias. O objetivo de Jesus é levá-los, diz S. Cirilo de Alexandria, “à prática de julgar, reta e impecavelmente, seus semelhantes sem jamais abandonar a misericórdia e a sinceridade”.
A palavra hipócrita significa usar máscara ou fazer algo para chamar a atenção dos outros sobre si mesmo. Os escribas e fariseus, que devotavam suas vidas ao estudo da Lei de Deus, dominados pela vaidade, consideravam-se seus únicos e autênticos intérpretes. Às demais pessoas, eles impingiam numerosas exigências e, em seu zelo confuso, distanciavam-se da perspectiva de Deus e de seus propósitos a respeito da Lei, chegando ao extremo de legislar sobre pequenas e insignificantes coisas. Em seu rigorismo, eles acresciam aos dez mandamentos e aos preceitos divinos milhares de pequenas regras e regulamentações, que deveriam ser cumpridas pelo povo. Indignado, Jesus não se cala. Recrimina-os por negligenciarem o mais importante: a justiça, o amor a Deus e os cuidados devidos aos necessitados, fracos e doentes.
No entanto, a Lei mosaica não é abolida por Jesus, tampouco as tradições particulares. Elas conservam a sua importância, como Ele próprio acentua: “Pois nelas preparamo-nos para as grandes coisas”. Seu intuito é corrigir a perspectiva dos seus ouvintes, para que eles não tomem o secundário pelo essencial ou, no dizer de Orígenes, para que eles não se fixem no sentido literal das Escrituras, esquecidos do sentido espiritual, ao qual Jesus remete constantemente os seus ouvintes. Para exemplificar, Orígenes cita a prescrição de lavar o interno dos copos para não se manchar, perguntando: “Estariam eles, com essas práticas, preparando-se realmente para a purificação do próprio pecado?” Na realidade, eles não vão além do sentido literal da Lei e, por isso, não são capazes de entender as palavras de Jesus como apelo à conversão e à mudança no modo de pensar, agir e viver.
 
Dom Fernando Antônio Figueiredo
 
ORAÇÃO
Espírito de clarividência, sê meu guia seguro no caminho da fidelidade ao Reino, precavendo-me contra quem, indevidamente, quer arvorar-se em líder. 

EVANGELHO DO DIA 24 DE AGOSTO DE 2014

Salve Maria!
Evangelho do dia 24 de agosto de 2014
Ano A - Mateus 16,13-20
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja; e os poderes do reino das trevas jamais poderão contra ela! (Mt 16,18)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
16 13 Chegando ao território de Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou a seus discípulos: “No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?” 14 Responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas”. 15 Disse-lhes Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?” 16 Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” 17 Jesus então lhe disse: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. 18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. 20 Depois, ordenou aos seus discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Esta narrativa da "confissão de Pedro" é encontrada nos três evangelhos sinóticos, de Marcos, de Mateus e de Lucas. Cada um destes evangelistas imprime uma característica pessoal à sua narrativa. Marcos, que é o primeiro dos evangelhos canônicos a ser escrito, situa a passagem narrada no momento em que Jesus encerra seu ministério entre os gentios da Galiléia e das regiões vizinhas, iniciando o caminho para Jerusalém, em ambiente de exclusividade judaica, onde se dará o confronto final com os chefes de Israel. Marcos se preocupa em mostrar que Jesus rejeita o título messiânico, indicativo de ambição e poder, afirmando-se como o simples e humilde humano, cheio do amor de Deus e comunicador deste amor que dura para sempre. Um sinal de seu despojamento é a sua vulnerabilidade à morte programada pelos chefes do Templo e das sinagogas. Lucas, por sua vez, despreocupa-se com a situação temporal do episódio narrado, colocando-o em um momento de oração de Jesus. Uma das características de Lucas é justamente registrar com freqüência estes momentos de oração. Lucas conclui sua narrativa, como Marcos, registrando a rejeição sumária de Jesus ao título messiânico. No texto de Mateus, acima, encontramos duas de suas características dominantes. Mateus acentua a dimensão messiânica de Jesus e já apresenta sinais da instituição eclesial nascente. Mateus escreve na década de 80, quando os discípulos de Jesus oriundos do judaísmo estavam sendo expulsos das sinagogas que até então freqüentavam. Mateus pretende convencer estes discípulos de que em Jesus se realizavam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel. Daí o acentuado caráter messiânico atribuído a Jesus por Mateus. Os cristãos, afastados das sinagogas, começam a estruturar-se em uma instituição religiosa própria, na qual a figura de referência é Pedro, já martirizado em Roma. Na menção às chaves do Reino dos Céus conferidas a Pedro, com o poder de ligar e desligar, podemos ver uma recorrência da atribuição das chaves do palácio de Davi a Eliacim, administrador real, que terá o poder de abrir e fechar (primeira leitura). A revelação de Deus, atribuída a Pedro no texto de Mateus, ultrapassa as limitadas formulações da inteligência humana (segunda leitura). Porém, no ato de amor, à semelhança de Jesus, mergulha-se na própria vida divina e eterna.

sábado, 23 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 23 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 23 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 13,44-46

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ficai em meu amor, assim fala o Senhor; quem em mim permanece e no qual permaneço, esse dá muito fruto! (Jo 15,9.5)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 13 44 disse Jesus: “O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
45 O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
46 Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
As parábolas do tesouro e da pérola
 
O Reino de Deus e o mundo novo que há de vir inauguram-se com a pregação de Jesus, que reúne ao seu redor os que se convertem e vivem a Lei nova do amor e da misericórdia. Essa mensagem é anunciada a todos e não conhece privilégios. Dirigindo-se às pessoas simples da Galileia, Jesus destaca que mesmo as realidades frágeis e precárias desta terra adquirem um novo sentido à luz do mistério de sua encarnação, pela qual reconhecemos que Ele se tornou um de nós, para que nós nele nos tornemos o que Ele é.
Em outras palavras, todos os homens podem alcançar a bem-aventurança da Terra Prometida do Reino de Deus, comparado por Jesus a um tesouro enterrado, descoberto de modo fortuito. Quem o encontra, com alegria, vai e vende tudo o que possui para comprar o campo. O mesmo acontece com o negociante que, “ao achar uma pérola de grande valor, vai e vende tudo o que possui e a compra”. A pérola é reconhecida pelo seu valor, beleza e perfeição. Em outras palavras, o Reino de Deus é o tesouro ou a pérola, cujo preço é inacessível e supera toda riqueza material.
Dom precioso, o Reino de Deus nos atrai e, ao mesmo tempo, nos impede de identificá-lo totalmente com o mundo material, pois graças a ele, exclama Pascal, “o homem ultrapassa infinitamente o homem”. Por conseguinte, nenhum condicionamento meramente humano pode contê-lo, nem defini-lo. Mas, embora ele seja uma dádiva divina, Deus não dispensa jamais a cooperação humana, como evidenciam as palavras de Jesus, dirigidas ao paralítico, antes de curá-lo: “Tua fé te salvou”.
Portanto, o Reino não é apenas iniciativa de Deus (ex opere operato), independente da ação do homem, pois Deus, em seu amor, espera a resposta livre do amado, como se tudo dependesse da sua decisão. Neste sentido, a parábola contada por Jesus pressupõe esforço e sacrifício daquele que encontrou o tesouro: ele vai e vende tudo o que possui para comprar o campo, onde se encontra o tesouro. Assim, também nós devemos estar prontos a atender ao convite do Senhor: vender tudo, isto é, despojar-nos do pecado, dos vícios e das paixões desordenadas para alcançar o Reino de Deus. Nossa colaboração é essencial. O mesmo se diga da oração, que jamais poderá ser compreendida como total passividade, ela é tensão interior, abertura do espírito humano para receber o Espírito divino, que conduz aquele que ora ao coração mesmo do mistério de Deus. Por isso, animando-nos, diz admiravelmente S. João Crisóstomo: “Participai do banquete da fé, acolhei todos vós as riquezas da misericórdia”.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que eu me desfaça, com coragem e alegria, de tudo quanto me impede de colocar o Reino como centro de minha vida.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 22 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 22 de agosto de 2014

Ano A - Lucas 1,26-38

Aleluia, aleluia, aleluia. Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo;
és bendita entre todas as mulheres da terra! (Lc 1,28
)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
1 26 No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27 a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria.
28 Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo".
29 Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
30 O anjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
32 Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,
33 e o seu reino não terá fim".
34 Maria perguntou ao anjo: "Como se fará isso, pois não conheço homem?"
35 Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.
36 Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
37 porque a Deus nenhuma coisa é impossível".
38 Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo afastou-se dela.
Palavra da Salvação.
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
CONCEBIDA SEM PECADO

A festa da Imaculada Conceição leva-nos a pensar em Maria como a perfeita discípula que correspondeu plenamente aos anseios de Deus, movida pela graça. A fidelidade de Maria decorreu de um especial dom divino, o dom de nascer mais integrada do que nós, com mais capacidade de ser livre e de acolher a proposta divina.
O anjo Gabriel alude a este dom divino quando a saudou como “repleta de graça”. Toda envolvida pelo amor divino, Maria soube colocar-se, em total disponibilidade, nas mãos de Deus, para cumprir sua santa vontade: “Eis a serva do Senhor, faça-me em mim conforme a tua palavra”. Uma tal comunhão com Deus excluía qualquer traço de egoísmo e de pecado. Só a plenitude da graça permitiu-lhe ser totalmente despojada de si para cumprir o projeto de Deus. Daqui brota a fé de que Maria, mesmo antes de nascer, foi preservada do pecado.
A condição de agraciada por Deus não a eximiu do esforço de ser peregrina na fé, necessitada de crescer e de aprender, como acontece com todo ser humano. Sua originalidade consistiu em ter trilhado um caminho sempre positivo, sem fazer concessões às paixões desordenadas, ou ao próprio querer. A grandeza de seu testemunho de fé expressou-se na humildade com que o viveu, num contínuo esforço de discernir a vontade de Deus e em ser solícita em cumpri-la.
 
ORAÇÃO
            Pai, dá-me a graça de ser fiel a ti, como Maria, a perfeita discípula que soube discernir a tua santa vontade, e se mostrar solícita em realizá-la.

(Pe. Jaldemir Vitório)

EVANGELHO DO DIA 21 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA
Evangelho do dia 21 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 22,1-14

Aleluia, aleluia, aleluia.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
22 1 Jesus tornou a falar-lhes por meio de parábolas:
2 “O Reino dos céus é comparado a um rei que celebrava as bodas do seu filho.
3 Enviou seus servos para chamar os convidados, mas eles não quiseram vir.
4 Enviou outros ainda, dizendo-lhes: ‘Dizei aos convidados que já está preparado o meu banquete; meus bois e meus animais cevados estão mortos, tudo está preparado. Vinde às bodas!’
5 Mas, sem se importarem com aquele convite, foram-se, um a seu campo e outro para seu negócio.
6 Outros lançaram mãos de seus servos, insultaram-nos e os mataram.
7 O rei soube e indignou-se em extremo. Enviou suas tropas, matou aqueles assassinos e incendiou-lhes a cidade.
8 Disse depois a seus servos: ‘O festim está pronto, mas os convidados não foram dignos.
9 Ide às encruzilhadas e convidai para as bodas todos quantos achardes’.
10 Espalharam-se eles pelos caminhos e reuniram todos quantos acharam, maus e bons, de modo que a sala do banquete ficou repleta de convidados.
11 O rei entrou para vê-los e viu ali um homem que não trazia a veste nupcial.
12 Perguntou-lhe: ‘Meu amigo, como entraste aqui, sem a veste nupcial?’ O homem não proferiu palavra alguma.
13 Disse então o rei aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes’.
14 Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Parábola das Bodas
 
       Uma das mais belas imagens do céu nas Escrituras é o banquete ou a celebração das bodas dada pelo rei em honra de seu filho. Mas para participar dele há uma condição, a de ser livre diante dos bens materiais. É o que se deduz da resposta dada pelos convidados ao banquete, como atesta S. Cirilo de Alexandria: “Eles desdenharam o convite, porque estavam voltados para as coisas terrenas e tinham concentrado sua mente nas vãs distrações deste mundo”. Uns tem bois e mulheres, campos e outros afazeres que os impedem de ouvir o apelo do Senhor, cujo desejo é de que todos tenham disposição de espírito, abertura de coração e liberdade interior, expressos no desapego ou na pobreza em espírito. Os que estão presos aos seus bens e preocupações não participam da festa, ou como diz S. Agostinho, “os primeiros convidados foram reprovados devido a suas escusas. Por isso, venham os mendigos, já que quem convida é aquele que sendo rico se fez pobre por nós, para que os mendigos nos enriqueçam com a sua pobreza”.
Na parábola contada por Jesus, dois elementos se destacam. O primeiro refere-se aos convidados originais para a festa, aos quais foram enviados convites com muita antecedência, com tempo suficiente para se prepararem. Torna-se assim justificável o desagrado do rei diante da recusa dos convidados, que, claramente, negavam dar-lhe a honra que lhe era devida. Há nesta passagem uma alusão à atitude dos judeus, criticada por Jesus, embora transpareça no texto seu desejo de que, também eles, participem da alegria do Reino.
O segundo elemento da parábola refere-se aos que, posteriormente, foram conduzidos ao banquete: maus e bons, pecadores e estrangeiros, recolhidos ao longo das estradas. Fruto da graça divina, o convite é para todos. No entanto, ele não deixa de ser um alerta tanto para os que o recusaram como para os que, aceitando-o, se aproximaram indignamente da festa. Se a graça é um dom gratuito, ela exige o compromisso de ter o coração aberto para Deus e de viver segundo sua Palavra. Atitude emblemática que coloca os discípulos a serviço de Deus e dos homens, a exemplo de Cristo que “sendo rico se fez pobre por nosso amor” (S. Paulo). Só então eles terão acesso ao banquete celestial.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito de presteza, que eu esteja sempre pronto para responder ao convite de Deus, para viver em comunhão com ele.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 20 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 20 de agosto de 2014
Ano A - Mateus 20,1-16
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
 A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).
 
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
 1 Disse Jesus: “O Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para sua vinha.
 2 Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha.
 3 Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada”.
 4 Disse-lhes ele: ‘Ide também vós para minha vinha e vos darei o justo salário’.
 5 Eles foram. À sexta hora saiu de novo e igualmente pela nona hora, e fez o mesmo.
 6 Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: ‘Por que estais todo o dia sem fazer nada?’
 7 Eles responderam: ‘É porque ninguém nos contratou’. Disse-lhes ele, então: ‘Ide vós também para minha vinha’.
 8 Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: ‘Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros’.
 9 Vieram aqueles da undécima hora e receberam cada qual um denário.
 10 Chegando por sua vez os primeiros, julgavam que haviam de receber mais. Mas só receberam cada qual um denário.
 11 Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo:
 12 ‘Os últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor’.
 13 O senhor, porém, observou a um deles: ‘Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário?
 14 Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti.
 15 Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?’
 16 Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”.
 Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor.
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
OPERÁRIOS DA ÚLTIMA HORA
 
Os adversários de Jesus irritavam-se com a acolhida que ele dispensava a todos quantos eram vítimas da marginalização social e religiosa de sua época. Sua extraordinária misericórdia levava-o a fazer-se solidário das vítimas do desprezo e da arrogância. Todos, sem distinção, tinham lugar no seu coração.A parábola do proprietário de uma plantação de uvas ilustra esta sua disposição interior. A bondade do vinhateiro levou-o a sair sucessivas vezes para contratar operários para sua plantação, de modo a não haver indivíduos ociosos na praça. Até mesmo uma hora antes de terminar o expediente diário, ele saiu à procura de desocupados para lhes dar trabalho. Surpreendente é que, na hora de acertar as contas, os da última hora receberam tanto quanto os da primeira hora. Isto foi motivo de protesto para estes últimos, que consideraram injustiça receber salário idêntico aos que trabalharam pouco.O dono da vinha - imagem de Deus - age com misericórdia e bondade. E se recusa a fazer discriminações indevidas entre os seus diaristas. Uma justiça, falsamente entendida, tê-lo-ia levado a pagar aos últimos uma quantia bem inferior do que aquela paga aos primeiros. No caso de Deus, consistiria em conceder salvação abundante a uns, e relegar os demais a uma espécie de desprezo. Entretanto, como o modo divino de agir vai na direção contrária, a justiça é superada pela misericórdia. E todos são, igualmente, objetos de seu amor.
 
ORAÇÃO
Espírito de bondade misericordiosa, que minha vida seja pautada pelo modo divino de agir, porque manifesta sua preferência por quem é vítima da marginalização.
(Pe. Jaldemir Vitório)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 19 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 19 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 19,23-30

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor 8,9).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 19 23 Jesus disse então aos seus discípulos: “Em verdade vos declaro: é difícil para um rico entrar no Reino dos céus!
24 Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”.
25 A estas palavras seus discípulos, pasmados, perguntaram: “Quem poderá então salvar-se?”
26 Jesus olhou para eles e disse: “Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é possível”.
27 Pedro então, tomando a palavra, disse-lhe: “Eis que deixamos tudo para te seguir. Que haverá então para nós?”
28 Respondeu Jesus: "Em verdade vos declaro: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.
29 E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna.
30 Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
O perigo das riquezas

Os Apóstolos acompanhavam o desenrolar do diálogo de Jesus com o jovem rico e viram sua reação diante das palavras misericordiosas do Senhor. S. Agostinho observa que o jovem não entendeu “que o supérfluo, que possuía, era necessário ao pobre” e por isso, apegado aos seus bens materiais, não segue mais de perto o Mestre. Jesus queria fazer dele um discípulo. Daí a pergunta de S. Pedro: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos. O que é que vamos receber?” Sem recriminá-lo por sua expectativa de retribuição, Jesus confirma o que tinha dito ao jovem rico, lançando um apelo à perfeição, que consiste em estar livre para Deus. Aos ouvidos dos Apóstolos soa a máxima:“Deus só e em primeiro lugar”.
Diante deles, descortinam-se as muralhas de Jerusalém, mais exatamente, eles encontram-se diante de uma de suas portas, chamada de “olho (buraco) da agulha”, que dava acesso à cidade. Ela é estreita e os camelos para passarem por ela deviam se abaixar, tanto mais quanto maior a carga que transportavam ou quanto mais rico fosse o proprietário. Então, para fazê-los compreender suas palavras, Ele comenta com os discípulos ser mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus. Os discípulos ficam estupefatos. Sem dúvida, era difícil, mas não impossível. O mesmo diga-se de um rico para entrar no Reino de Deus. Ele é instado a abaixar-se, isto é, a doar-se e ir ao encontro do outro, atitude presente na prática das obras de misericórdia. Ademais, “para Deus nada é impossível”.
A resposta do Senhor a Pedro, porta-voz dos discípulos, revela que a recomendação do Senhor, dada ao jovem rico, tinha sido acolhida por eles. E sem rodeios, acrescenta: “Em verdade te digo, tu deixaste tudo por causa de meu nome, na renovação de todas as coisas (palingenesia= recriação), receberás muito mais e herdarás a vida eterna”. E para consolá-lo, diz-lhe: “E receberás o cêntuplo ainda neste mundo”. S. Jerônimo interpreta estas palavras como uma referência aos “bens espirituais, cem vezes mais preciosos do que tudo o que se pode imaginar de carnal”. Para o Senhor, a renúncia aos bens terrenos não é uma condição indispensável para a salvação, mas imprescindível é servir ao próximo, fazendo uso das riquezas para aliviá-lo do sofrimento e da miséria. O mal consiste em ser escravo dos bens materiais e Jesus quer justamente conduzir os discípulos a um novo começo, a uma vida em seu amor dadivoso, gratuito e despretensioso.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, livra-me da mentalidade dos ricos que recusam o apelo do Reino, por causa da idolatria que lhes corrompe o coração.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 18 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 18 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 19,16-22

Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
19 16 Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?” Disse-lhe Jesus:
17 “Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”.
18 “Quais?”, perguntou ele. Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho,
19 honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo”.
20 Disse-lhe o jovem: “Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ainda?”
21 Respondeu Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!”
22 Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens.
Palavra da Salvação.
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
FALTA-TE ALGO!

O apego exagerado aos bens materiais é um terrível empecilho para o seguimento de Jesus. A dinâmica deste seguimento vai exigindo rupturas sempre mais radicais. Quem não está livre para fazê-las, ficará na metade do caminho.
Na piedade judaica tradicional, a observância dos mandamentos da Lei mosaica era o primeiro passo a ser dado pelo fiel. Muitos se contentavam com este primeiro passo. Outros, como era o caso de uma tendência do farisaísmo, reduzia a observância do Decálogo a pura exterioridade. Os mestres da Lei, por sua vez, detinham-se em interpretações minuciosas dos mandamentos, complicando ainda mais a observância deles.
O mero cumprimento dos mandamentos não é suficiente para tornar alguém discípulo do Reino e herdeiro da vida eterna.
Jesus desafiou um jovem a desfazer-se de tudo quanto possuía, distribuindo seus bens entre os pobres, para fazer-se discípulo do Reino e tornar-se herdeiro da vida eterna. O rapaz, que havia sido fiel em guardar os mandamentos, não se sentiu preparado para fazer o que lhe faltava. O apego aos seus bens impediu-o de aceitar a sugestão de Jesus. E foi-se embora todo perturbado! Quem talvez esperasse um elogio acabou desiludido por ter sido incapaz de optar pela liberdade radical.
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que eu não me apegue aos bens deste mundo, para ser livre de acolher tua sugestão: dar um passo mais e seguir-te como discípulo.

(Pe. Jaldemir Vitório)

domingo, 17 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 17 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 17 de agosto de 2014

Ano A - Lucas 1,39-56

Aleluia, aleluia, aleluia.
Maria é elevada ao céu, alegram-se os coros dos anjos.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
39 Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá.
40 Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
41 Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42 E exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
43 Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?
44 Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.
45 Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!”
46 E Maria disse: “Minha alma glorifica ao Senhor,
47 meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,
48 porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,
49 porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo.
50 Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.
51 Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos.
52 Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes.
53 Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos.
54 Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
55 conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.
56 Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Assunção de N. Senhora
 
Nessa passagem do Evangelho, ao iniciar o relato com a expressão “naqueles dias”, S. Lucas designa os acontecimentos primordiais, remetendo seus leitores às origens da fé. Igualmente, destaca a prontidão, disposição constante de Maria, refletida no fato de ela ir imediatamente à casa de Isabel para servi-la. S. Bento comenta: “Maria vai no passo alegre da obediência e na agilidade do temor de Deus”. A mesma ideia é frisada por S. Ambrósio ao dizer: “Maria é movida pela alegria de servir, levada pela piedade em cumprir seu dever de parente e pela pressa do júbilo. Repleta de Deus, como não alcançaria vivamente os cumes da caridade? O dom do Espírito Santo ignora toda demora!”
Maria parte com a prontidão da caridade. Ao chegar à casa de sua prima, abrem-se os olhos interiores de Isabel e ela vislumbra uma luz que ninguém poderá obscurecer. Em seu seio estremece a criança, seu filho João é santificado, e ela “ficou cheia do Espírito Santo”. Diante de tal cena, Orígenes proclama: “A voz da saudação de Maria, que chega aos ouvidos de Isabel, plenifica João com o Espírito Santo, e sua mãe torna-se como que a boca do seu filho, profetizando: ‘Tu és bendita entre as mulheres, e o fruto de teu ventre é bendito’”.
Maria é portadora de Jesus, mas também do Espírito Santo, tanto na Visitação, quanto em Pentecostes, de tal modo que a missão de Maria encontra sua fonte e realização no misterioso poder do Espírito Santo. À luz do relato da Visitação, S. Ambrósio nota “uma regra de vida, em que o superior vem ao inferior para ajudá-lo: Maria vem a Isabel, Cristo a João. Assim, mais tarde, o Senhor virá no batismo de João para santificá-lo”. O protagonista da história da ação divina é o Espírito Santo, que, comunicado por Jesus, coloca a humanidade em contato com o “fogo” purificador e santificador.
Maria “encontrou graça diante de Deus” e sobre ela virá o Espírito Santo, “por isso o Santo que nascer de ti, diz o anjo, será chamado Filho de Deus”. A vocação de Maria não se esgota na chamada de Deus, nem em sua resposta, orienta-se para a missão que ela terá como Mãe do Filho de Deus e, nele, de todos os homens. Delineia-se assim a história da vocação dos Apóstolos e a de cada um de nós: chamada, resposta, missão. Ao reconhecer o primado de Deus e da graça, Maria é modelo para todos. Voltada para Deus, ela se coloca no cumprimento de sua vontade e no serviço aos seus semelhantes. Não há como vacilar. Realiza-se em Maria a esperança que palpita em nossos corações. “Após ter terminado o curso de sua vida, ela foi elevada, em corpo e alma, à glória celeste”. É a Assunção de Maria, que nos precede na glória do seu Filho Jesus.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Pai, conduze-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo. Amém!

sábado, 16 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 16 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 16 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 19,13-15

Aleluia, aleluia, aleluia.
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 19 13 foram, então, apresentadas a Jesus algumas criancinhas para que pusesse as mãos sobre elas e orasse por elas. Os discípulos, porém, as afastavam.
14 Disse-lhes Jesus: “Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham”.
15 E, depois de impor-lhes as mãos, continuou seu caminho.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
VENHAM A MIM AS CRIANCINHAS

            Ao apresentar seus filhos para serem abençoados por Jesus, algumas mães estavam rompendo um sistema de marginalização das crianças. Os discípulos repeliam-nas, de acordo com a mentalidade reinante: as criancinhas eram tidas como seres sem valor algum para ficar importunando o Mestre. Jesus se posicionou contra esta visão distorcida.
O Reino anunciado por ele fundava-se na igualdade das pessoas. Era um Reino de comunhão e fraternidade. Portanto, não podia admitir a exclusão de quem quer que fosse. Às criancinhas, o Mestre disse estar reservado um lugar especial no Reino, pois este pertenceria a quem se parecesse com elas. O modo de ser dos pequeninos devia servir de modelo de comportamento do discípulo do Reino. Se dele as crianças fossem excluídas, o Reino ficaria privado de um referencial muito importante. Não que o ideal do discípulo é ser ingênuo e infantil, como se acredita serem as crianças. E sim, ser capaz de confiar plenamente em Deus, não buscar segurança por si mesmo, não ter o coração corrompido pela maldade.
Ao impor as mãos sobre as criancinhas, Jesus reconhecia sua cidadania, no contexto do Reino. Por conseguinte, nas comunidades cristãs, as crianças teriam sua dignidade respeitada e não seriam inferiorizadas pelos adultos.
Esta foi a vontade de Jesus que, ao implantar o Reino na história humana, recuperou o projeto de Deus para a humanidade.
 
ORAÇÃO
            Senhor Jesus, que na comunidade cristã se respeite a todos, a começar pelas criancinhas, que são um sinal de como devem ser os discípulos do Reino.
(Pe. Jaldemir Vitório)

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 15 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 15 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 19,3-12

Aleluia, aleluia, aleluia.
Acolhei a palavra de Deus não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade! (1Ts 2,13)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 19 3 os fariseus vieram perguntar a Jesus para pô-lo à prova: “É permitido a um homem rejeitar sua mulher por um motivo qualquer?”
4 Respondeu-lhes Jesus: “Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse:
5 ‘Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne’?
6 Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”.
7 Disseram-lhe eles: “Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la?”
8 Jesus respondeu-lhes: “É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim.
9 Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério”.
10 Seus discípulos disseram-lhe: “Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar!”
11 Respondeu ele: “Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado.
12 Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Perguntas sobre o divórcio
 
       Acalorada era a discussão entre os rabinos sobre o motivo que legitimava o repúdio da própria mulher. A questão girava ao redor das determinações do Deuteronômio, cujas expressões eram pouco precisas. Para testar Jesus, os fariseus lhe perguntam: “É lícito repudiar a própria mulher por qualquer motivo que seja?” Os mais rígidos, escola de Shammai, interpretavam o texto bíblico em seu sentido estrito: só em caso de uma conduta deveras desonrante. Ou em sentido mais amplo, escola de Hillel, segundo a qual se podia repudiar a mulher por não importa qual motivo. A pergunta é capciosa e visa colocar Jesus à prova, no desejo de arrastá-lo para uma contenda.
Ciente do que se passa no coração de seus ouvintes, o Senhor situa a questão no quadro dos desígnios do Pai. Sem negar a Lei, é necessário superá-la não se deixando limitar por ela ou pela ideia de que Moisés aprovava o divórcio. Com sabedoria, Jesus põe em evidência o gesto inicial da criação do universo: o amor de Deus, que não reduz o matrimônio a ser apenas um meio para gerar filhos. Por amor, “no princípio Deus os fez homem e mulher”, e quando se tornam “uma só carne” o dom da unidade se perpetua. O Senhor não se reporta ao princípio temporal, mas sim ao princípio absoluto e eterno de nossa eleição em Deus, que nos chama a ser imagem da própria Trindade, perfeita unidade no amor.
Através dos tempos e das civilizações, não menos presente que a natureza humana saída das mãos de Deus, permanece em nós a marca indelével do seu amor. Nada poderá destruí-la, nem mesmo o pecado, embora ele nos torne dessemelhantes a Deus, pois, “sendo amor, escreve S. Gregório de Nissa, Deus colocou, desde a criação, esta marca em nosso coração”, pela qual vivemos a comunhão com Ele e com os nossos irmãos.
Como Moisés outrora, compreendendo a realidade humana, Jesus não deixa de ressaltar o elevado ideal do matrimônio, sinal sagrado do amor divino, e responde-lhes: “O que Deus uniu o homem não separe”. Aliás, desde o início da era cristã, os cristãos bem compreenderam que o matrimônio, instituição natural, foi enobrecido e elevado por Jesus à dignidade de sacramento, razão pela qual eles o realizam na Igreja, diante do seu ministro: “in facie ecclesiae”. Em sua carta a S. Policarpo, S. Inácio de Antioquia declara: “Convém que os homens e as mulheres que se casam, contratem sua união com o parecer do Bispo, a fim de que seu matrimônio se realize diante do Senhor”. Certamente, estão presentes a S. Inácio as palavras do Apóstolo S. Paulo, referindo-se ao matrimônio como imagem da união mística de Cristo com a Igreja, sua esposa (Ef.5).
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito que gera comunhão, inspira os casais cristãos a buscarem sempre o caminho da consolidação dos laços matrimoniais, obra do próprio Deus.