sábado, 23 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 23 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 23 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 13,44-46

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ficai em meu amor, assim fala o Senhor; quem em mim permanece e no qual permaneço, esse dá muito fruto! (Jo 15,9.5)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 13 44 disse Jesus: “O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
45 O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
46 Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
As parábolas do tesouro e da pérola
 
O Reino de Deus e o mundo novo que há de vir inauguram-se com a pregação de Jesus, que reúne ao seu redor os que se convertem e vivem a Lei nova do amor e da misericórdia. Essa mensagem é anunciada a todos e não conhece privilégios. Dirigindo-se às pessoas simples da Galileia, Jesus destaca que mesmo as realidades frágeis e precárias desta terra adquirem um novo sentido à luz do mistério de sua encarnação, pela qual reconhecemos que Ele se tornou um de nós, para que nós nele nos tornemos o que Ele é.
Em outras palavras, todos os homens podem alcançar a bem-aventurança da Terra Prometida do Reino de Deus, comparado por Jesus a um tesouro enterrado, descoberto de modo fortuito. Quem o encontra, com alegria, vai e vende tudo o que possui para comprar o campo. O mesmo acontece com o negociante que, “ao achar uma pérola de grande valor, vai e vende tudo o que possui e a compra”. A pérola é reconhecida pelo seu valor, beleza e perfeição. Em outras palavras, o Reino de Deus é o tesouro ou a pérola, cujo preço é inacessível e supera toda riqueza material.
Dom precioso, o Reino de Deus nos atrai e, ao mesmo tempo, nos impede de identificá-lo totalmente com o mundo material, pois graças a ele, exclama Pascal, “o homem ultrapassa infinitamente o homem”. Por conseguinte, nenhum condicionamento meramente humano pode contê-lo, nem defini-lo. Mas, embora ele seja uma dádiva divina, Deus não dispensa jamais a cooperação humana, como evidenciam as palavras de Jesus, dirigidas ao paralítico, antes de curá-lo: “Tua fé te salvou”.
Portanto, o Reino não é apenas iniciativa de Deus (ex opere operato), independente da ação do homem, pois Deus, em seu amor, espera a resposta livre do amado, como se tudo dependesse da sua decisão. Neste sentido, a parábola contada por Jesus pressupõe esforço e sacrifício daquele que encontrou o tesouro: ele vai e vende tudo o que possui para comprar o campo, onde se encontra o tesouro. Assim, também nós devemos estar prontos a atender ao convite do Senhor: vender tudo, isto é, despojar-nos do pecado, dos vícios e das paixões desordenadas para alcançar o Reino de Deus. Nossa colaboração é essencial. O mesmo se diga da oração, que jamais poderá ser compreendida como total passividade, ela é tensão interior, abertura do espírito humano para receber o Espírito divino, que conduz aquele que ora ao coração mesmo do mistério de Deus. Por isso, animando-nos, diz admiravelmente S. João Crisóstomo: “Participai do banquete da fé, acolhei todos vós as riquezas da misericórdia”.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que eu me desfaça, com coragem e alegria, de tudo quanto me impede de colocar o Reino como centro de minha vida.

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