SALVE MARIA!
Evangelho do dia 15 de agosto de 2014
Ano A - Mateus 19,3-12
Aleluia, aleluia, aleluia.
Acolhei a palavra de Deus não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade! (1Ts 2,13)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 19 3 os fariseus vieram perguntar a Jesus para pô-lo à prova: “É permitido a um homem rejeitar sua mulher por um motivo qualquer?”
4 Respondeu-lhes Jesus: “Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse:
5 ‘Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne’?
6 Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”.
7 Disseram-lhe eles: “Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la?”
8 Jesus respondeu-lhes: “É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim.
9 Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério”.
10 Seus discípulos disseram-lhe: “Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar!”
11 Respondeu ele: “Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado.
12 Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
Acolhei a palavra de Deus não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade! (1Ts 2,13)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 19 3 os fariseus vieram perguntar a Jesus para pô-lo à prova: “É permitido a um homem rejeitar sua mulher por um motivo qualquer?”
4 Respondeu-lhes Jesus: “Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse:
5 ‘Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne’?
6 Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”.
7 Disseram-lhe eles: “Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la?”
8 Jesus respondeu-lhes: “É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim.
9 Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério”.
10 Seus discípulos disseram-lhe: “Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar!”
11 Respondeu ele: “Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado.
12 Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Perguntas sobre o divórcio
Acalorada era a discussão entre os rabinos sobre o motivo que legitimava o repúdio da própria mulher. A questão girava ao redor das determinações do Deuteronômio, cujas expressões eram pouco precisas. Para testar Jesus, os fariseus lhe perguntam: “É lícito repudiar a própria mulher por qualquer motivo que seja?” Os mais rígidos, escola de Shammai, interpretavam o texto bíblico em seu sentido estrito: só em caso de uma conduta deveras desonrante. Ou em sentido mais amplo, escola de Hillel, segundo a qual se podia repudiar a mulher por não importa qual motivo. A pergunta é capciosa e visa colocar Jesus à prova, no desejo de arrastá-lo para uma contenda.
Ciente do que se passa no coração de seus ouvintes, o Senhor situa a questão no quadro dos desígnios do Pai. Sem negar a Lei, é necessário superá-la não se deixando limitar por ela ou pela ideia de que Moisés aprovava o divórcio. Com sabedoria, Jesus põe em evidência o gesto inicial da criação do universo: o amor de Deus, que não reduz o matrimônio a ser apenas um meio para gerar filhos. Por amor, “no princípio Deus os fez homem e mulher”, e quando se tornam “uma só carne” o dom da unidade se perpetua. O Senhor não se reporta ao princípio temporal, mas sim ao princípio absoluto e eterno de nossa eleição em Deus, que nos chama a ser imagem da própria Trindade, perfeita unidade no amor.
Através dos tempos e das civilizações, não menos presente que a natureza humana saída das mãos de Deus, permanece em nós a marca indelével do seu amor. Nada poderá destruí-la, nem mesmo o pecado, embora ele nos torne dessemelhantes a Deus, pois, “sendo amor, escreve S. Gregório de Nissa, Deus colocou, desde a criação, esta marca em nosso coração”, pela qual vivemos a comunhão com Ele e com os nossos irmãos.
Como Moisés outrora, compreendendo a realidade humana, Jesus não deixa de ressaltar o elevado ideal do matrimônio, sinal sagrado do amor divino, e responde-lhes: “O que Deus uniu o homem não separe”. Aliás, desde o início da era cristã, os cristãos bem compreenderam que o matrimônio, instituição natural, foi enobrecido e elevado por Jesus à dignidade de sacramento, razão pela qual eles o realizam na Igreja, diante do seu ministro: “in facie ecclesiae”. Em sua carta a S. Policarpo, S. Inácio de Antioquia declara: “Convém que os homens e as mulheres que se casam, contratem sua união com o parecer do Bispo, a fim de que seu matrimônio se realize diante do Senhor”. Certamente, estão presentes a S. Inácio as palavras do Apóstolo S. Paulo, referindo-se ao matrimônio como imagem da união mística de Cristo com a Igreja, sua esposa (Ef.5).
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
ORAÇÃO
Espírito que gera comunhão, inspira os casais cristãos a buscarem sempre o caminho da consolidação dos laços matrimoniais, obra do próprio Deus.
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