sexta-feira, 22 de agosto de 2014

EVANGELHO DO DIA 21 DE AGOSTO DE 2014

SALVE MARIA
Evangelho do dia 21 de agosto de 2014

Ano A - Mateus 22,1-14

Aleluia, aleluia, aleluia.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
22 1 Jesus tornou a falar-lhes por meio de parábolas:
2 “O Reino dos céus é comparado a um rei que celebrava as bodas do seu filho.
3 Enviou seus servos para chamar os convidados, mas eles não quiseram vir.
4 Enviou outros ainda, dizendo-lhes: ‘Dizei aos convidados que já está preparado o meu banquete; meus bois e meus animais cevados estão mortos, tudo está preparado. Vinde às bodas!’
5 Mas, sem se importarem com aquele convite, foram-se, um a seu campo e outro para seu negócio.
6 Outros lançaram mãos de seus servos, insultaram-nos e os mataram.
7 O rei soube e indignou-se em extremo. Enviou suas tropas, matou aqueles assassinos e incendiou-lhes a cidade.
8 Disse depois a seus servos: ‘O festim está pronto, mas os convidados não foram dignos.
9 Ide às encruzilhadas e convidai para as bodas todos quantos achardes’.
10 Espalharam-se eles pelos caminhos e reuniram todos quantos acharam, maus e bons, de modo que a sala do banquete ficou repleta de convidados.
11 O rei entrou para vê-los e viu ali um homem que não trazia a veste nupcial.
12 Perguntou-lhe: ‘Meu amigo, como entraste aqui, sem a veste nupcial?’ O homem não proferiu palavra alguma.
13 Disse então o rei aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes’.
14 Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Parábola das Bodas
 
       Uma das mais belas imagens do céu nas Escrituras é o banquete ou a celebração das bodas dada pelo rei em honra de seu filho. Mas para participar dele há uma condição, a de ser livre diante dos bens materiais. É o que se deduz da resposta dada pelos convidados ao banquete, como atesta S. Cirilo de Alexandria: “Eles desdenharam o convite, porque estavam voltados para as coisas terrenas e tinham concentrado sua mente nas vãs distrações deste mundo”. Uns tem bois e mulheres, campos e outros afazeres que os impedem de ouvir o apelo do Senhor, cujo desejo é de que todos tenham disposição de espírito, abertura de coração e liberdade interior, expressos no desapego ou na pobreza em espírito. Os que estão presos aos seus bens e preocupações não participam da festa, ou como diz S. Agostinho, “os primeiros convidados foram reprovados devido a suas escusas. Por isso, venham os mendigos, já que quem convida é aquele que sendo rico se fez pobre por nós, para que os mendigos nos enriqueçam com a sua pobreza”.
Na parábola contada por Jesus, dois elementos se destacam. O primeiro refere-se aos convidados originais para a festa, aos quais foram enviados convites com muita antecedência, com tempo suficiente para se prepararem. Torna-se assim justificável o desagrado do rei diante da recusa dos convidados, que, claramente, negavam dar-lhe a honra que lhe era devida. Há nesta passagem uma alusão à atitude dos judeus, criticada por Jesus, embora transpareça no texto seu desejo de que, também eles, participem da alegria do Reino.
O segundo elemento da parábola refere-se aos que, posteriormente, foram conduzidos ao banquete: maus e bons, pecadores e estrangeiros, recolhidos ao longo das estradas. Fruto da graça divina, o convite é para todos. No entanto, ele não deixa de ser um alerta tanto para os que o recusaram como para os que, aceitando-o, se aproximaram indignamente da festa. Se a graça é um dom gratuito, ela exige o compromisso de ter o coração aberto para Deus e de viver segundo sua Palavra. Atitude emblemática que coloca os discípulos a serviço de Deus e dos homens, a exemplo de Cristo que “sendo rico se fez pobre por nosso amor” (S. Paulo). Só então eles terão acesso ao banquete celestial.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito de presteza, que eu esteja sempre pronto para responder ao convite de Deus, para viver em comunhão com ele.

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