sábado, 5 de abril de 2014

EVANGELHO DO DIA 05 DE ABRIL DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 5 de abril de 2014
Ano A - João 7,40-53
 
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8,15)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
7 40 Ouvindo Jesus falar, alguns daquela multidão diziam: “Este é realmente o profeta”.
41 Outros diziam: “Este é o Cristo”. Mas outros protestavam: “É acaso da Galiléia que há de vir o Cristo?
42 Não diz a Escritura: O Cristo há de vir da família de Davi, e da aldeia de Belém, onde vivia Davi?”
43 Houve por isso divisão entre o povo por causa dele.
44 Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe lançou as mãos.
45 Voltaram os guardas para junto dos príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?”
46 Os guardas responderam: “Jamais homem algum falou como este homem!”
47 Replicaram os fariseus: “Porventura também vós fostes seduzidos?
48 Há, acaso, alguém dentre as autoridades ou fariseus que acreditou nele?
49 Este poviléu que não conhece a lei é amaldiçoado!”
50 Replicou-lhes Nicodemos, um deles, o mesmo que de noite o fora procurar:
51 “Condena acaso a nossa lei algum homem, antes de o ouvir e conhecer o que ele faz?”
52 Responderam-lhe: “Porventura és também tu galileu? Informa-te bem e verás que da Galiléia não saiu profeta”.
53 E voltaram, cada um para sua casa.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Discussões sobre a origem de Jesus

O Evangelho retoma a questão das origens de Jesus. A multidão o reconhece como o Profeta esperado desde Moisés. Os fariseus exigem uma prova, enquanto outros fazem uma profissão de fé: “É ele o Cristo”. No Evangelho de S. João, a declaração de fé adquire uma densidade e significado todo especial, pois João declara tê-lo escrito para“que creiamos que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que crendo nele tenhamos a vida em nós” (Jo 20,31). O conhecimento que Ele transmite é participação do conhecimento que Ele tem do Pai, assim quem o conhece, conhece o Pai. .
Jesus é causa de divisão. Os fariseus, movidos por ideias ditadas pela inveja e pelo orgulho, não querem ouvir nada a respeito dele. Mais e mais, alimentam o desejo de prendê-lo. Aliás, diante da mensagem de Jesus, ninguém pode, por muito tempo, ficar indiferente à sua pessoa. Se há os que o rejeitam, há também os que o consideram um profeta, chegando mesmo alguns a reconhecê-lo como o Cristo. Diante do impasse e dos embates existentes, os guardas dos sacerdotes-chefes, encarregados de prendê-lo, voltam sem fazer nada, comentando jamais terem ouvido alguém falar como Ele. De fato, eles sentem-se impressionados pelo que Ele diz e por seu modo de falar, com autoridade suave e serena, tocando os corações de muitos e levando-os à conversão. Mas os fariseus e os doutores da Lei recriminam os guardas e os acusam de terem sido enganados por Jesus.
Nesse momento, “um dentre eles”,Nicodemos, ergue-se em sua defesa e lhes pergunta: “Acaso nossa Lei condena sem primeiro ouvi-lo e saber o que fez?” Palavras tímidas e distantes, que recebem dos chefes dos sacerdotes e dos fariseus, a resposta: “Tu também és galileu? Estuda a Escritura e verás que da Galileia não surge profeta”. Nicodemos não diz mais nada. Cala-se. Será que Deus não pode realizar algo que não está na Escritura?
Um fato é inegável. Também em nossos dias, a opção por Ele, talvez, ocasione incompreensão e provoque zombarias e perseguição. Mas visto que o próprio Cristo é maior que o Evangelho, somos impelidos a abrir-nos ao que nos ultrapassa e estarmos livres para acolher o amor infinito e gratuito de Deus. Só então seremos capazes de abandonar, com prontidão e disponibilidade, atitudes de distanciamento ou de desencorajamento, e de compreender, banhados pelas águas luminosas e profundas do Espírito Santo, que a missão de Jesus na história é manifestar a misericórdia do Pai.
No entanto, há os que permanecem fechados sobre si mesmos. Nosso desejo é que todos tenham seus corações abertos para progredir rumo à benevolência divina, a fim de reconhecer Jesus na docilidade do seu carinho para conosco e na ternura de sua bondade. Deus, em Cristo, “desceu à profundidade da terra para buscar a ovelha desgarrada, ou seja, a criatura que tinha se desgarrado, e após subiu para apresentar ao seu Pai este “homem” (a humanidade) assim reencontrado” (S. Irineu). Livres, acolhemos Jesus e em seu amor encontramos o espaço de nossa liberdade. Então, compreendemos a passagem do Deus-homem ao Deus-humanidade.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Pai, ajuda-me a acolher, sem preconceitos, a revelação de Jesus, pois sua identidade messiânica de Filho de Deus transparece nas palavras e nos sinais que ele realizou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário