quinta-feira, 24 de abril de 2014

EVANGELHO DO DIA 24 DE ABRIL DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 24 de abril de 2014
Ano A - Lucas 24,35-48
 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 24 35 Os discípulos, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
36 Enquanto ainda falavam dessas coisas, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: “A paz esteja convosco!”
37 Perturbados e espantados, pensaram estar vendo um espírito.
38 Mas ele lhes disse: “Por que estais perturbados, e por que essas dúvidas nos vossos corações?
39 Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo; apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho”.
40 E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés.
41 Mas, vacilando eles ainda e estando transportados de alegria, perguntou: “Tendes aqui alguma coisa para comer?”
42 Então ofereceram-lhe um pedaço de peixe assado.
43 Ele tomou e comeu à vista deles.
44 Depois lhes disse: “Isto é o que vos dizia quando ainda estava convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos”.
45 Abriu-lhes então o espírito, para que compreendessem as Escrituras, dizendo:
46 “Assim é que está escrito, e assim era necessário que Cristo padecesse, mas que ressurgisse dos mortos ao terceiro dia.
47 E que em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
48 Vós sois as testemunhas de tudo isso”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Aparição aos Apóstolos

S. Lucas narra os mais decisivos atos do testemunho evangélico sobre a Ressurreição de Jesus: a verificação do túmulo vazio e as aparições. Ditas “privativas”,estas aparições deram origem a dúvidas e incertezas, alimentando fervorosas discussões entre os Apóstolos. Já era noite e eles lá estavam no Cenáculo, e enquanto discutiam, eis que lhes chega a notícia de que o Mestre aparecera a Pedro. Pouco antes, tinham chegado os dois discípulos provenientes de Emaús, contando o que lhes tinha sucedido e o fato de o terem reconhecido na fração do pão. Mesmo assim havia ainda dificuldade em acreditar em suas palavras. A discussão corria acalorada, quando, de repente, eles ouvem uma voz que lhes era bastante familiar: “A paz esteja convosco”. O espanto paralisou-os. Aterrados e cheios de medo, “eles julgam ver um espírito”. Sereno, Jesus os olhava e para tranquilizá-los pergunta: “Por que vos perturbais, por que sobem ao vosso coração esses pensamentos de dúvida?” E para que todo temor se afastasse de seus corações e se dissipasse a dúvida de ser Ele uma simples visão, Jesus dá provas de sua identidade: “Vede minhas mãos e meus pés, pois sou eu”. O temor e o receio afastam-se e dão lugar à alegria e à certeza interior da presença de Jesus ressuscitado. Era o Mestre!
Depois, como se nada tivesse acontecido, Ele lhes pede algo para comer. Pasmos os Apóstolos o acompanham à refeição. Não bastasse o fato de lhes mostrar as marcas dos cravos nas mãos e nos pés, “tomando um pedaço de peixe assado”, Ele confirma a sua corporeidade. Os Apóstolos não conseguiam acreditar que era o mesmo Senhor, em sua vida de Deus, presente no meio deles. Mas era justamente essa vida que Ele desejava transmitir a eles e à humanidade inteira. Por isso, após render graças, Ele lhes fala do começo de um novo tempo, vivido na comunhão com Ele, expressão de sua bondade e misericórdia. Diante dessa cena. S. Atanásio reconhece que “Verbo se fez ‘portador da carne’ para que os homens pudessem tornar-se ‘portadores do Espírito’”. Jesus é o “lugar” em que o homem se eleva a Deus, de modo que ele participa, desde já, da vida de Deus.
A Ressurreição não o tornou diferente do que Ele era antes. Mas revelou-nos o que ele sempre foi: presença radiosa e fonte da ação do Espírito divino na nossa vida. A vida imortal não é estranha aos que o seguem, pois estes já “resplandecem como o sol no reino de seu Pai”. (13,43). Na Encarnação fomos inseridos nele, na Ressurreição fomos introduzidos em sua glória e imersos num oceano de luz e de silêncio. Com S. Paulo proclamamos: “Assim como em nós carregamos a imagem do homem terrestre, carreguemos, igualmente, em nós a imagem do homem celeste” (1Cor 15, 49).
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Espírito de paz, coloca, em meu coração, as disposições adequadas para que eu viva a comunhão com o Ressuscitado.

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