sábado, 12 de abril de 2014

EVANGELHO DO DIA 12 DE ABRIL DE 2014

SALVE MARIA!
Evangelho do dia 12 de abril de 2014
Ano A - João11,45-56
 
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 11 45 muitos dos judeus, que tinham vindo a Marta e Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.
46 Alguns deles, porém, foram aos fariseus e lhes contaram o que Jesus realizara.
47 Os pontífices e os fariseus convocaram o conselho e disseram: "Que faremos? Esse homem multiplica os milagres.
48 Se o deixarmos proceder assim, todos crerão nele, e os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação".
49 Um deles, chamado Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano, disse-lhes: "Vós não entendeis nada!
50 Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça toda a nação".
51 E ele não disse isso por si mesmo, mas, como era o sumo sacerdote daquele ano, profetizava que Jesus havia de morrer pela nação,
52 e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos.
53 E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.
54 Em conseqüência disso, Jesus já não andava em público entre os judeus. Retirou-se para uma região vizinha do deserto, a uma cidade chamada Efraim, e ali se detinha com seus discípulos.
55 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e muita gente de todo o país subia a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar.
56 Procuravam Jesus e falavam uns com os outros no templo: "Que vos parece? Achais que ele não virá à festa?"
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
 
Chefes dos judeus sentenciam a morte de Jesus
As opiniões se dividem. Alguns membros do Sinédrio, chefes dos sacerdotes e os fariseus, viam Jesus como um blasfemador, que pretendia superar a Lei, defendida com rigorismo por eles; outros o admiravam e reconheciam seus ensinamentos como tentativa para alcançar o sentido mais profundo da Lei, indicado pelos profetas. Jesus tem consciência das lutas e escárnios contra sua pessoa e da atitude nobre e sincera de muitos dos que o ouvem. Mas, após a ressurreição de Lázaro, a discussão entre eles torna-se ainda mais acalorada. As palavras se atropelam e, em meio a um clima tenso, sobressai a voz dos que alegam o perigo de repressão por parte dos romanos. Enciumados, movidos pela vaidade e soberba, há os que não admitem a presença do povo ao redor de Jesus. Na análise de S. Cirilo de Alexandria,“eles estariam recriminando a si mesmos, por não terem matado Jesus antes da ressurreição de Lázaro. Exortam-se mutuamente ao crime, pois não suportam que as multidões creiam em Jesus. Consideram-se injustamente prejudicados em suas funções, embora saibam que elas pertencem a Deus”.
O burburinho é quebrado pelo parecer do sumo sacerdote, Caifás: “Não compreendeis que é de vosso interesse que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação toda?”. “Como é grande o poder pontifical!”, exclama S. João Crisóstomo, pois “tendo alcançado o grau supremo de sumo sacerdote, ele profetiza, sem mesmo discernir o que estava dizendo. A graça (charis) só se serviu de seus lábios. Não chegou a tocar o seu coração impuro”. Dramática ironia, ele vaticina que um, Jesus, devia morrer por toda a nação. Não só por ela, observa o evangelista, mas também por “todos os filhos de Deus dispersos”para constituir o “Israel de Deus”, o povo da nova Aliança. Cristo, o templo humano onde Deus habita, irá estabelecer, para sempre, um único povo, uma única terra e um único santuário.
Pressionadas pelas controvérsias e pelos milagres de Jesus, sobretudo, após a cura do cego de nascença e a ressurreição de Lázaro, os membros do Sinédrio decidem pela sua morte. A visão deles, curta e mesquinha, defronta-se com o fato de Jesus estar pronto para tornar justos os pecadores e fazê-los irmãos seus e filhos do Pai eterno. A decisão deles já está tomada. E Jesus está pronto a dar a sua vida, movido por esse amor inimaginável, com o qual Ele os ama. Entrementes, a multidão exulta com a sua entrada na cidade de Jerusalém. Fato que provoca seus adversários, que se apressam em aceitar a oferta de Judas. Vitória do mal? Jesus é preso, crucificado e morto. Mas a realidade única, escondida aos olhos de seus inimigos, manifesta-se: O “Reino dos santos” realiza-se na sua entrega à morte, por eles e pela multidão, em remissão dos pecados. É a vitória do amor, que derrota a morte e o ressuscita ao terceiro dia, “restituindo à carne morta, a força vivificante de Deus” (S. Cirilo de Alexandria). Da cruz chega a nós um sussurro: “Eu sou o vosso perdão, eu sou a Páscoa da Salvação, sou a vossa luz, a vossa Ressurreição” (Melitão de Sardes).

(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
ORAÇÃO
Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do apego aos esquemas já superados.
 

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