sábado, 31 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 31 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 31 de agosto de 2013

Mateus 25,14-30

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado (Jo 13,34).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 24 14 “Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens.
15 A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu.
16 Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco.
17 Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois.
18 Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor.
19 Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas.
20 O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: ‘Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei’.
21 Disse-lhe seu senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor’.
22 O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei’.
23 Disse-lhe seu senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor’.
24 Veio, por fim, o que recebeu só um talento: ‘Senhor’, disse-lhe, ‘sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste.
25 Por isso, tive medo e fui esconder teu talento na terra. Eis aqui, toma o que te pertence’.
26 Respondeu-lhe seu senhor: ‘Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei.
27 Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu.
28 Tirai-lhe este talento e dai-o ao que tem dez.
29 Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter.
30 E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes’”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
 
A ALEGRIA DA FIDELIDADE
 
Os três servos, aos quais o senhor confiou uma certa soma de dinheiro, servem para ilustrar dois diferentes tipos de discípulos, com relação aos dons que receberam de Deus.
Os dois primeiros representam os discípulos que se servem do tempo presente para viver intensamente o amor e a justiça. Incansavelmente procuram praticar o bem, fazendo crescer os laços que os unem a Deus. A fidelidade ao Pai impede-os de cruzar os braços e viver na inatividade. Existe sempre algo de bom a ser realizado.
O terceiro servo, medroso e ocioso, contrasta com os dois primeiros, corajosos e operosos. Seu modo de agir é uma alusão ao comportamento dos discípulos que, embora não façam nada de errado, são incapazes de um gesto grandioso de solidariedade, ou de jogar-se de corpo e alma na causa da justiça. São os que pensam ter observado com fidelidade os mandamentos, só porque os cumpriram, ponto por ponto, embora não pratiquem o que é mais fundamental: a misericórdia, o amor e a justiça. Vivendo uma vida mesquinha e sem relevância, tais discípulos vegetam espiritualmente. Eles se conservam distantes dos grandes desafios da humanidade, especialmente dos pobres e dos sofredores. E pensam que a realização de um punhado de normas seja suficiente para colocá-los em dia com as exigências do Reino.
O castigo aplicado ao servo inútil não deixa margem para dúvidas. É hora de agir!
 
Oração
Espírito de ação, que eu saiba aproveitar cada momento de minha vida para dar mostras de fidelidade ao Pai, realizando gestos concretos de amor.
(Pe. Jaldemir Vitório)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 30 ED AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 30 de agosto de 2013
Mateus 25,1-13

Aleluia, aleluia, aleluia.
Vigiai e orai para ficardes de pé ante o Filho do homem! (Lc 21,36)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, 25 1 disse Jesus aos seus discípulos: “O Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo.
2 Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes.
3 Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo.
4 As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas.
5 Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram.
6 No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: ‘Eis o esposo, ide-lhe ao encontro’.
7 E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas.
8 As tolas disseram às prudentes: ‘Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando’.
9 As prudentes responderam: ‘Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós’.
10 Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta.
11 Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: ‘Senhor, senhor, abre-nos!’
12 Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: não vos conheço!’
13 Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!

 
REFLEXÃO
 Parábola das dez virgens
        
A parábola das dez virgens, algumas prudentes e outras não, usa um simbolismo apocalíptico para despertar nos ouvintes o interesse sobre a instrução de como viver em preparação para a vinda futura do Senhor. A propósito, alertamos sobre o risco de interpretar os relatos apocalíticos em nível descritivo, sobretudo, quando eles se referem a catástrofes e acontecimentos extraordinários. O fim dos tempos supõe um processo e uma história, cujo fio condutor é a verdade do plano salvador de Deus. Para bem compreendê-lo, é necessário situá-lo na ordem da confissão ou da experiência de fé, pois, dependendo exclusivamente da manifestação de Deus, ele permanece suspenso nEle e é apreendido pela fé. Os primeiros cristãos o denominavam de “o dia da manifestação plena de Deus”.

A parusia (Volta gloriosa do Cristo no fim dos tempos, para o Juízo Final) será o grande e solene encontro da humanidade com Cristo, descrito como uma festa de núpcias ou um banquete. Ninguém é excluído. Todos são convidados a participar dele, com a condição de trazer uma lâmpada, símbolo da vigilância ou, no dizer de S. Agostinho, “sinal das boas obras realizadas com coração puro”.  Na esfera da vida espiritual, trazer a lâmpada acesa significa conservar a “sobriedade” (nepsis) e “o coração atento” às realidades espirituais, prova de ter atingido o estado de integridade e de terem sido alijados do seu coração o pecado e a dispersão interior, causas de desordem e confusão espiritual.

S. Gregório de Nissa considera que as virgens tolas “não tinham em suas almas a luz que é o fruto da virtude, nem no pensamento a lâmpada do Espírito. São chamadas de insensatas, porque a virtude é alcançada e vivida antes da chegada do Esposo”. As que possuem candeias iluminadas revelam estar preparadas espiritualmente para participar do banquete à mesa do Senhor. Seu desejo é que todos, mantendo-se vigilantes e íntegros, participem do banquete. O mundo é chamado à vida e a verdadeira alegria envolve a todos, pois todos estarão celebrando o “retorno de Cristo”, dia de purificação, em que todo segredo é manifestado e cada um reconhecerá, inscrito no livro da vida, o seu nome, a sua identidade em Deus, segundo quem realmente ele é.

(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
 
Oração
Espírito de sensata prudência, faze-me perseverar no amor, de modo a ser continuamente preparado para a longa espera da chegada do Senhor.
 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 29 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 29 de agosto de 2013

Marcos 6,17-29

Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, porque o reino dos céus há der deles! (Mt 5,10)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 6 17 o próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado.
18 João tinha dito a Herodes: "Não te é permitido ter a mulher de teu irmão".
19 Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, não o conseguindo, porém.
20 Pois Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo; protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente o ouvia.
21 Chegou, porém, um dia favorável em que Herodes, por ocasião do seu natalício, deu um banquete aos grandes de sua corte, aos seus oficiais e aos principais da Galiléia.
22 A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e dos seus convivas. Disse o rei à moça: "Pede-me o que quiseres, e eu to darei". 23 E jurou-lhe: "Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja a metade do meu reino".
24 Ela saiu e perguntou à sua mãe: "Que hei de pedir?" E a mãe respondeu: "A cabeça de João Batista".
25 Tornando logo a entrar apressadamente à presença do rei, exprimiu-lhe seu desejo: "Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista".
26 O rei entristeceu-se; todavia, por causa da sua promessa e dos convivas, não quis recusar.
27 Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere,
28 trouxe a sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe.
29 Ouvindo isto, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
UM EXEMPLO DE LIBERDADE
 
O relato do destino trágico de João Batista serve de lição para os discípulos de Jesus, no exercício da missão. A liberdade, que o Precursor demonstrou, deverá ser imitada por quem está a serviço do Reino, e se defronta com tiranos e prepotentes, que intimidam e querem calar quem lhes denuncia as mazelas.
Prevalecendo-se de sua condição, Herodes seduziu a mulher do irmão para se casar com ela. João Batista não teve medo de enfrentá-lo, e dizer-lhe não ser permitido conservar como esposa, quem não lhe pertencia. Sua condição real não lhe dava o direito de praticar tamanha arbitrariedade.
O profeta João sabia exatamente com quem estava falando. Ele um "zé ninguém", questionando uma autoridade estabelecida pelo imperador, com direitos quase absolutos sobre os cidadãos. Por isso, não lhe parecia errado atropelar o direito sagrado de seu irmão, de ter uma esposa.
Por outro lado, todos conheciam muito bem o espírito violento da família de Herodes. Mesmo assim, João não hesitou em denunciá-lo publicamente.
Quiçá não contasse com a ira de Herodíades, atingida também pela denúncia. Foi ela quem instigou Herodes a consumar sua maldade: decapitar a quem mandara lançar na prisão, por ter-lhe lançado em rosto o seu pecado.
O testemunho de João Batista inspira a quem se tornou discípulo da verdade.
 
Oração
 
Espírito de liberdade, não permitas que eu tema os grandes e prepotentes, quando se trata de denunciar-lhes os pecados e as injustiças.

(Pe. Jaldemir Vitório)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 28 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 28 de agosto de 2013

Mateus 23,27-32

Aleluia, aleluia, aleluia.
O amor de Deus se realiza em todo aquele que guarda sua palavra fielmente (1Jo 2,5).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
23 27 Disse Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão.
28 Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
29 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Edificais sepulcros aos profetas, adornais os monumentos dos justos
30 e dizeis: Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos manchado nossas mãos como eles no sangue dos profetas.
31 Testemunhais assim contra vós mesmos que sois de fato os filhos dos assassinos dos profetas.
32 Acabai, pois, de encher a medida de vossos pais!”
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
Uma das questões essenciais, colocada à vida humana, é justamente a que se refere à morte. Os saduceus, atendo-se ao Pentateuco, encontravam motivos para negar a Ressurreição dos mortos. O nome saduceu significa “justo” e, por motivo piedoso, “eles afirmam não servirem a Deus na esperança de uma recompensa” (S..Efrem). Querem amar a Deus na pureza do amor, não presos a uma recompensa. Consequentemente, a vida limitava-se, para eles, à realidade humana. Não concebiam nada além do que seus olhos podiam constatar.
Jesus rejeita de modo enfático tais afirmações, dizendo estarem eles “no erro” e “não conhecerem as Escrituras”, pois estas revelam, desde o começo, o poder do espírito, sopro vital, que impregna a pessoa em todas as suas ações. O espírito, sinal “dinâmico” de vida, foi-nos comunicado como força interior para caminharmos em direção ao infinito, graças à criatividade no pensar e no agir.
Se o poder de Deus não se limita à vida terrena, a vida ressuscitada não consiste no simples retorno a esta vida. Ela é “transfiguração”, irradiação eterna da luz de Deus, antevista pelos Apóstolos no alto do monte Tabor. A vida para além da morte é encontro de amor, participação da vida eterna, vida plena, que nos é comunicada pelo Espírito Santo. Jesus mostra-nos que a morte é superada pela nossa eternidade feliz em Deus. Desde já, lançamo-nos no desconhecido e percorremos a senda do ilimitado, doando-nos na ternura e no ardor da gratuidade, como bem observa S. Leão Magno: “No Tabor, ele fundava a fé da Santa Igreja, para que ela, Corpo total de Cristo, saiba de qual feliz transformação ela será gratificada, e aos seus membros se dá a esperança de fazer parte da honra que resplandece no Senhor”.
Ao seu tempo, ensinava S. Agostinho: “Tua fé fala dessas coisas, para que tua esperança não fique frustrada, embora tua caridade ainda deva esperar”. Medos e temores são absorvidos pela fé e pela confiança, cujo fundamento é a Ressurreição de Jesus, pois “a exemplo de nosso Mestre, é necessário confessar que há uma verdadeira ressurreição da carne para todos os mortos” (Concílio de Toledo). Com Orígenes suplicamos ao Senhor: “Que eu possa ver além do que me é permitido por meus olhos corporais. Estejam eles abertos ao que se refere, não só ao presente, mas também ao que há de vir”.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
Oração
Renovai, ó Deus, na vossa Igreja aquele espírito com o qual cumulastes o bispo santo Agostinho para que, repletos do mesmo espírito, só de vós tenhamos sede, fonte da verdadeira sabedoria, e só a vós busquemos, autor do amor eterno. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 27 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 

Mateus 23,23-26

Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é via e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 23 23 disse Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante.
24 Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo.
25 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança.
26 Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
 
CEGUEIRA E HIPOCRISIA

 O exagero dos mestres da Lei e dos fariseus em cumprir, minuciosamente, certas prescrições, tinha como contraponto o desprezo pelo que, de fato, era importante. Os exemplos oferecidos por Jesus eram contundentes. Embora fossem fiéis no pagamento do dízimo das hortaliças, até mesmo das ervas mais comuns, deixavam de praticar a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Agindo dessa forma, invertiam os valores: o prioritário ocupava o segundo lugar, tornando-se menos importante, ao passo que o elemento secundário passava a ter primazia.
Esta visão desfocada da realidade pode ser fatal. Deixando de lado o que é fundamental, a pessoa estará investindo sua vida numa causa perdida. A condenação virá na certa, por se tratar de um projeto de vida sem consistência. Só a justiça, a misericórdia e a fidelidade podem projetar a existência humana na perspectiva da salvação.
A distorção da realidade acontece também no cuidado que os mestres da Lei e dos fariseus tinham com a limpeza das louças, para não contrair impureza, enquanto seu interior estava repleto de maldade. Sem a pureza interior, a preocupação com a pureza das coisas materiais de uso diário perde seu sentido. A impureza do coração afasta a pessoa da vontade de Deus. Pelo contrário, buscando-se a pureza interior, tudo o mais torna-se puro.
Portanto, é prudente não dar ouvidos aos ensinamentos dos falsos mestres.
Oração
Espírito de sabedoria, ensina-me a distinguir as coisas fundamentais das secundárias, de maneira a não me equivocar na realização da vontade do Pai.

(Pe. Jaldemir Vitório)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 26 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 26 de agosto de 2013

Mateus 23,13-22

Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo disse Jesus: 23 13 “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Vós fechais aos homens o Reino dos céus. Vós mesmos não entrais e nem deixais que entrem os que querem entrar.
14 15 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior que vós mesmos.
16 Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo templo, isto não é nada; mas se jura pelo tesouro do templo, é obrigado pelo seu juramento’.
17 Insensatos, cegos! Qual é o maior: o ouro ou o templo que santifica o ouro?
18 E dizeis ainda: ‘Se alguém jura pelo altar, não é nada; mas se jura pela oferta que está sobre ele, é obrigado’.
19 Cegos! Qual é o maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Aquele que jura pelo altar, jura ao mesmo tempo por tudo o que está sobre ele.
21 Aquele que jura pelo templo, jura ao mesmo tempo por aquele que nele habita.
22 E aquele que jura pelo céu, jura ao mesmo tempo pelo trono de Deus, e por aquele que nele está sentado”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
 
Ai de vós escribas hipócritas
 
As prescrições da Lei orientam-se, normalmente, para a prática da caridade, beneficiando, particularmente, aquele que as realiza. Tal insistência já está presente nos profetas, que declaram ser fundamental a atitude interior, para que as ações do homem sejam, de fato, sacrifícios puros e agradáveis a Deus. O fruto da generosidade, característica de uma vida segundo Deus, é a alegria interior, denominada de alegria perfeita por S. Francisco de Assis. Jesus reporta-se, muitas vezes, aos profetas para que seus ouvintes compreendam seus ensinamentos e possam forjar um espírito sereno e equânime em sua caminhada humilde para Deus. Ora, os escribas e fariseus também a eles se referem, sem, no entanto, traduzi-los em suas vidas, pelo que são chamados por Jesus de cegos e hipócritas. Seu apelo torna-se mais vigoroso, quando Ele o estende aos que o criticam, pois, no dizer de S. Cirilo de Alexandria, “ele quer levar todos à prática de julgar, reta e impecavelmente, seus semelhantes sem jamais abandonar a misericórdia e a sinceridade”.
Notemos que a palavra hipócrita significa usar máscara ou, ainda, fazer algo para chamar a atenção dos outros sobre si mesmo. Os escribas devotavam suas vidas ao estudo da Lei de Deus, movidos pela vaidade de serem considerados seus únicos e autênticos intérpretes. Às demais pessoas eles impingiam numerosas exigências e, em seu zelo confuso, perderam a perspectiva de Deus e de seus propósitos a respeito da Lei, chegando ao extremo de legislar sobre pequenas e insignificantes coisas. Eles ligavam aos dez mandamentos e aos preceitos divinos milhares de pequenas regras e regulamentações a serem cumpridas pelo povo. O Senhor não se cala. Ele os recrimina duramente por negligenciarem o mais importante: a justiça, o amor a Deus e os cuidados devidos aos necessitados, fracos e doentes.
A Lei mosaica não é abolida pelo Senhor. Nem mesmo as tradições particulares. Estas conservam sua importância, como Ele mesmo observa: “Nelas preparamo-nos para as grandes coisas”. Seu intuito é, antes, corrigir a perspectiva, para que não se tome o secundário pelo essencial. Mais tarde, Orígenes fará a distinção entre o sentido literal, observado pelos fariseus, e o sentido espiritual, ao qual somos constantemente remetidos pelo Senhor. Exemplificando, Orígenes, ao citar a prescrição de lavar o interno dos copos, para não se manchar, pergunta: “Estariam eles, com estas práticas, preparando-se realmente para a purificação do próprio pecado?” As palavras do Senhor não são propriamente condenatórias, mas são um forte apelo à conversão e à mudança no modo de pensar, agir e viver.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

domingo, 25 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 25 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 25 de agosto de 2013
Lucas 13,22-30

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém chega ao Pai senão por mim (Jo 14,6).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 22 Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus ia atravessando cidades e aldeias e nelas ensinava.
23 Alguém lhe perguntou: “Senhor, são poucos os homens que se salvam?” Ele respondeu:
24 “Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos procurarão entrar e não o conseguirão.
25 Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater à porta, dizendo: ‘Senhor, Senhor, abre-nos’, ele responderá: ‘Digo-vos que não sei de onde sois’.
26 Direis então: ‘Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas praças’.
27 Ele, porém, vos dirá: ‘Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos vós que sois malfeitores’.
28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, e vós serdes lançados para fora.
29 Virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e sentar-se-ão à mesa no Reino de Deus.
30 Há últimos que serão os primeiros, e há primeiros que serão os últimos”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!

 REFLEXÃO

A PORTA ESTREITA DO REINO
A resposta de Jesus à pergunta do desconhecido revelou ser irrelevante a preocupação com o número das pessoas que irão se salvar. Importante mesmo é decidir-se a trilhar os caminhos do Reino, apesar de suas exigências. É o que Jesus chama de "entrar pela porta estreita". Como isto, afirma-se que a salvação é obtida mediante a renúncia das comodidades e conveniências, para abraçar a causa do Reino, sem querer fazer-lhe adaptações. Trata-se de cumprir a vontade de Deus, submetendo-se fielmente a ela.
Muitos ficarão decepcionados, por ocasião do encontro com o Senhor. Seguros de terem direito à salvação, ver-se-ão fadados à condenação. Como é possível alguém se condenar, se "comeu e bebeu na presença do Senhor" (referência à participação na Eucaristia), e o ouviu pregar em suas praças (alusão ao discipulado cristão)?
Tudo isto não basta para se obter a salvação, se não chega a provocar uma sincera conversão. Pensando ser verdadeiros discípulos, muitos cristãos, na verdade, praticam a iniqüidade. Seu modo de proceder não corresponde ao de um autêntico discípulo do Reino. Donde a frustração de se verem condenados a viver longe do Senhor.
Por conseguinte, a salvação se alcança por meio da vivência diuturna dos valores do Reino, embora nos custem. É desastrosa a meta da porta larga das conveniências pessoais.
 
Oração
Espírito de abnegação, torna-me incansável no esforço de entrar pela porta estreita do Reino, dispondo-me a abrir mão de minhas conveniências e interesses pessoais.
 
(Pe. Jaldemir Vitório)

sábado, 24 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 24 DE AGOSTO DE 2012

SALVE MARIA!
 
Evangelho do Dia
Ano C - 24 de agosto de 2013

João 1,45-51

Aleluia, aleluia, aleluia.
Mestre, tu és o filho de Deus, és rei de Israel! (Jo 1,49)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
1 45 Filipe encontra Natanael e diz-lhe: "Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José".
46 Respondeu-lhe Natanael: "Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré?" Filipe retrucou: "Vem e vê".
47 Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz: "Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade".
48 Natanael pergunta-lhe: "Donde me conheces?" Respondeu Jesus: "Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira".
49 Falou-lhe Natanael: "Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel".
50 Jesus replicou-lhe: "Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta".
51 E ajuntou: "Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem".
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
Encontro com Natanael
 
Natanael é considerado por Jesus como um verdadeiro israelita, um homem “sem duplicidade”, em quem “não há artifícios”. Ele não é uma pessoa entregue ao fingimento e à mentira.  Ao expressar a pureza do coração e o dom sem reserva de Natanael, Jesus nos recorda o mandamento de “amar a Deus, sem reserva, de todo o coração”. O contrário seria ter um “coração duplo” ou não ser alguém inteiramente de Deus, porque alimentar a duplicidade em seu agir implica estar em desobediência a Deus.
 A saudação a Natanael: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento” reflete o conhecimento profético de Jesus. Surpreso, Natanael pergunta: “De onde me conheces?” Buscando tranquilizá-lo, Jesus lhe diz: “Antes que Felipe te chamasse, quando estavas sob a figueira, eu te vi”. Pasmo, Natanael se prostra, exclamando: “Rabi, tu és o Filho de Deus, és o Rei de Israel”.
Mas qual é o significado das palavras de Jesus? Ele podia estar se referindo à árvore do paraíso, aludindo ao pecado de Adão e de Eva, ou fazendo alusão à árvore dos idosos julgados por Daniel. Segundo os Livros históricos, talvez estivesse indicando o repouso “sob a vinha ou a figueira”, imagem da paz, de acordo com a interpretação feita pelos profetas. Por outro lado, segundo a tradição rabínica, interpretação mais comum na época, ao falar de estar sob uma árvore, Jesus estaria sugerindo a ideia de que Natanael estivesse lendo as Escrituras, fonte do conhecimento sagrado e do anúncio do Messias.
O diálogo com Natanael oferece um belo exemplo da pedagogia de Jesus para promover o crescimento na fé daquele que está buscando Deus. De início, Natanael possui um conhecimento imperfeito e interessado a respeito do Messias, rei de Israel. No encontro com Jesus, ao reconhecê-lo como o Messias, ele passa a professar a fé no Filho do Homem, que com sua morte reparadora e salvadora haverá de abrir as portas do céu para toda a humanidade. S. João Crisóstomo declara que Natanael interroga como homem e Jesus responde como Deus: “Eu te vi sob a figueira”. Jesus já o conhecia, não como um homem que observa, mas como Deus que tudo conhece. Jesus diz unicamente o necessário. Natanael, recebendo o sinal indubitável e profético de Jesus, confessa o Cristo: “Tu és o Filho de Deus, tu és aquele que esperamos”. Expectativa que exprime a capacidade de superação e permite a Natanael “decolar” para participar da grandeza da revelação de Deus a Israel, povo no qual Ele faz sua morada.
A narração do encontro encerra-se com as palavras de Jesus: “Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. Os horizontes alargam-se e Jesus mostra a todos, como declara S. João Crisóstomo, “que não há nada mais importante do que as realidades do céu. Nada deve distanciar a nossa atenção da expectativa do reino dos céus”. Neste mesmo sentido, S. Cirilo de Alexandria interpreta a referência aos anjos de Deus. Diz ele: “Com essa alusão aos anjos de Deus, o Senhor nos convoca a passar das realidades passageiras às eternas, das terrenas às celestes, das carnais às espirituais”. Nenhum condicionamento terreno seria capaz de satisfazer-nos, nem definir-nos. Somos chamados, como Natanael, a nos ultrapassarmos constantemente.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
 
Oração
Ó Deus, fortalecei em nós aquela fé que levou são Bartolomeu a seguir de coração o vosso Filho e fazei que, pelas preces do apóstolo, a vossa Igreja se torne sacramento da salvação para todos os povos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 
 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 23 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 23 de agosto de 2013

Mateus 13,44-46

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ficai em meu amor, assim fala o Senhor; quem em mim permanece e no qual permaneço, esse dá muito fruto! (Jo 15,9.5)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 13 44 disse Jesus: “O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
45 O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
46 Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
Um homem encontra um tesouro enterrado, descoberto de modo fortuito.  “Na sua alegria”, ele vai e vende tudo o que possui para comprar o campo. O mesmo acontece com o negociante que, “ao achar uma pérola de grande valor, vai e vende tudo o que possui e a compra”. A pérola se destaca pelo seu valor, beleza e perfeição. O Reino de Deus é o tesouro, é a pérola preciosa, cujo preço é inacessível e supera toda riqueza material. Buscado antes de todas as outras coisas, ele é recebido, desde agora, gratuitamente.
A parábola sugere a ideia de que o Reino é dado e, portanto, não é um poder atemorizador, diante do qual somos forçados a nos inclinar, mas ele é um dom. A atitude própria para acolhê-lo é exemplificada pelas crianças, em sua simplicidade e confiança. Não é a humildade que as torna merecedores do Reino, mas é ela que as possibilita acolhê-lo. O fato de encontrá-lo sugere a ideia de procurar não com indolência, mas dedicando suas energias a essa tarefa, consciente de que não basta o esforço humano. Exige-se a fé. As palavras de Jesus: “Tua fé te salvou”, mostram que o Reino não se realiza “ex opere operato”. Ele é a acolhida do poder e da vida de Deus na vida mesma do homem.
Nas duas parábolas, revela-se o mistério do amor de Deus (philantropia), sem negar ou diminuir a liberdade humana, fundada na previsão de seus atos livres. Por isso, destaca-se no relato a adesão do discípulo e, por conseguinte, a exigência de renúncia. Reconhecendo a necessidade de semelhante esforço e sacrifício, S. Hilário de Poitiers observa que “o tesouro estava escondido porque devia ser comprado também o campo. Com efeito, pelo tesouro no campo se entende Cristo encarnado, que gratuitamente vem ao nosso encontro. O ensinamento dos Evangelhos é em si completo. Mas não há outro modo de utilizar e possuir o tesouro no campo, a não ser pagando com a renúncia, pois não possuímos as riquezas celestiais sem renunciar ao mundo” do pecado.
Aquele que encontrou o tesouro será tomado de profunda alegria, que irá impregnar todas as suas atividades, não deixando de estar também presente no desprendimento e na renúncia. Com efeito, tendo recebido, pelo bem precioso da fé, o próprio Jesus, tesouro inefável, ele vai e “na alegria” vende tudo o que possui e compra aquele campo.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
Oração
Pai, que eu seja decidido e rápido em desfazer-me do que me impede de acolher plenamente o teu Reino. Que meu coração nunca se apegue a coisa alguma deste mundo.
 
 

 
 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 22 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 22 de agosto de 2013

Lucas 1,26-38

Aleluia, aleluia, aleluia.
Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo;
és bendita entre todas as mulheres da terra! (Lc 1,28)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
1 26 No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27 a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria.
28 Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo".
29 Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
30 O anjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
32 Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,
33 e o seu reino não terá fim".
34 Maria perguntou ao anjo: "Como se fará isso, pois não conheço homem?"
35 Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.
36 Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
37 porque a Deus nenhuma coisa é impossível".
38 Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo afastou-se dela.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO

 A festa da Imaculada Conceição leva-nos a pensar em Maria como a perfeita discípula que correspondeu plenamente aos anseios de Deus, movida pela graça. A fidelidade de Maria decorreu de um especial dom divino, o dom de nascer mais integrada do que nós, com mais capacidade de ser livre e de acolher a proposta divina.
O anjo Gabriel alude a este dom divino quando a saudou como “repleta de graça”. Toda envolvida pelo amor divino, Maria soube colocar-se, em total disponibilidade, nas mãos de Deus, para cumprir sua santa vontade: “Eis a serva do Senhor, faça-me em mim conforme a tua palavra”. Uma tal comunhão com Deus excluía qualquer traço de egoísmo e de pecado. Só a plenitude da graça permitiu-lhe ser totalmente despojada de si para cumprir o projeto de Deus. Daqui brota a fé de que Maria, mesmo antes de nascer, foi preservada do pecado.
A condição de agraciada por Deus não a eximiu do esforço de ser peregrina na fé, necessitada de crescer e de aprender, como acontece com todo ser humano. Sua originalidade consistiu em ter trilhado um caminho sempre positivo, sem fazer concessões às paixões desordenadas, ou ao próprio querer. A grandeza de seu testemunho de fé expressou-se na humildade com que o viveu, num contínuo esforço de discernir a vontade de Deus e em ser solícita em cumpri-la.
 
Oração
 Pai, dá-me a graça de ser fiel a ti, como Maria, a perfeita discípula que soube discernir a tua santa vontade, e se mostrar solícita em realizá-la.

( Pe. Jaldemir Vitório)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 21 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 21 de agosto de 2013

Mateus 20,1-6

Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
20 1 Disse Jesus: “O Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para sua vinha.
2 Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha.
3 Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada”.
4 Disse-lhes ele: ‘Ide também vós para minha vinha e vos darei o justo salário’.
5 Eles foram. À sexta hora saiu de novo e igualmente pela nona hora, e fez o mesmo.
6 Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: ‘Por que estais todo o dia sem fazer nada?’
7 Eles responderam: ‘É porque ninguém nos contratou’. Disse-lhes ele, então: ‘Ide vós também para minha vinha’.
8 Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: ‘Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros’.
9 Vieram aqueles da undécima hora e receberam cada qual um denário.
10 Chegando por sua vez os primeiros, julgavam que haviam de receber mais. Mas só receberam cada qual um denário.
11 Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo:
12 ‘Os últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor’.
13 O senhor, porém, observou a um deles: ‘Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário?
14 Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti.
15 Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?’
16 Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO
 

Logo no início da parábola dos trabalhadores da vinha, Jesus se coloca nos horizontes do Reino dos céus, onde não há lugar para a inveja nem a cobiça. No romper do dia, o próprio Mestre toma a iniciativa de sair à procura de operários e, indo à praça, faz, por assim dizer, um contrato com cada um deles, nas diversas horas do dia. A todos, ele irá pagar a mesma quantia, remetendo-nos, comenta S. Cirilo de Alexandria, “a Deus que nos confere o mesmo dinheiro, isto é, a graça do Espírito Santo”, pois a recompensa é fruto da bondade e do amor de Deus, e não é dada segundo o tempo de serviço. Chega-se, assim, ao objetivo essencial da parábola: reconhecer a extraordinária generosidade e compaixão de Deus por todas as pessoas, de todos os tempos.          

A ordem dada pelo mestre é inusitada, pelo fato de ele pagar a mesma importância a todos, mas também por ter começado pelos últimos, os recém-chegados. Os que tinham sido contratados na primeira hora e que suportaram o calor do dia estranharam a conduta do mestre e objetaram o seu modo de agir. Ele demonstra, sem dúvida, ter consciência do que significava a não existência do trabalho, pois caso não recebessem o pagamento do dia todo, eles voltariam para casa sem o necessário para o sustento da família. Mesmo assim, sob o aspecto da justiça distributiva, é compreensível a reação dos que chegaram à primeira hora, que se julgam lesados ou injustiçados. Porém, a parábola deixa entrever que eles reclamam não pelo aspecto da justiça, mas sim por não admitirem os direitos ou o privilégio dos que chegaram à última hora, o que leva Jesus a perguntar: “Não tenho o direito de fazer o que eu quero com o que é meu? Ou o teu olho é mau porque eu sou bom?” 

Portanto, a mensagem transmitida pelo Senhor visa levar seus ouvintes à compreensão do mistério da salvação, dom gratuito de um Deus de inefável generosidade, sempre pronto a conceder a riqueza de sua graça e comunhão eterna a todos. Ninguém pode se arvorar a ter privilégios exclusivos, não desejando partilhá-los com os outros. S. Agostinho compara os da última hora “aos mendigos, fracos, coxos e cegos” e exclama: “venham os fracos porque os sãos não necessitam de médico, mas sim os enfermos”. Pelo perdão misericordioso, o Senhor introduz a humanidade no mistério do amor divino, e a árvore da cruz se torna a árvore da vida, ligando a terra ao paraíso e unindo diversos povos e nações. Todos são chamados filhos e filhas de Deus e, trabalhando na mesma vinha, o mundo, recebem o mesmo salário, a salvação eterna.  

(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
 
ORAÇÃO
Espírito de bondade misericordiosa, que minha vida seja pautada pelo modo divino de agir, porque manifesta sua preferência por quem é vítima da marginalização.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 20 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 20 de agosto de 2013

Mateus 19,23-30

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor 8,9).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 19 23 Jesus disse então aos seus discípulos: “Em verdade vos declaro: é difícil para um rico entrar no Reino dos céus!
24 Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”.
25 A estas palavras seus discípulos, pasmados, perguntaram: “Quem poderá então salvar-se?”
26 Jesus olhou para eles e disse: “Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é possível”.
27 Pedro então, tomando a palavra, disse-lhe: “Eis que deixamos tudo para te seguir. Que haverá então para nós?”
28 Respondeu Jesus: "Em verdade vos declaro: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.
29 E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna.
30 Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
REFLEXÃO

 Os discípulos ficaram impressionados, quando Jesus, por meio de uma comparação, afirmou ser difícil a salvação dos ricos. É como querer que um camelo atravesse o buraco de uma agulha. Esta forma exagerada de referir-se a algo impossível, era, neste caso, uma constatação e uma advertência. Quem quisesse salvar-se, deveria agir logo, e decidir-se a romper com o apego às riquezas.
O rico está impossibilitado de entrar no Reino dos Céus porque, sendo idólatra, faz pouco caso de Deus, preferindo colocar sua confiança nos bens acumulados, e contar com eles para obter a felicidade. Além disso, ele mantém o coração fechado para os seus semelhantes, sendo incapaz de perceber as necessidades dos outros, tentando socorrê-los com gestos concretos. Sua vida consiste em acumular e usufruir, egoisticamente, sem jamais preocupar-se em partilhar.
Uma vez que a salvação consiste em viver a plena comunhão com Deus, os ricos estão fadados à condenação, porque optaram por um modo de vida que não comporta a comunhão. A condenação deles, pois, já começa nesta vida. A morte simplesmente eternizará uma situação que eles mesmos escolheram.
O ensinamento de Jesus é inequívoco: não existe salvação para um coração apegado às riquezas.
 
Oração
Espírito de altruísmo, longe de mim deixar meu coração apegar-se aos bens deste mundo, a ponto de perder de vista o amor devido aos meus semelhantes.

(Pe. Jaldemir Vitório)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 19 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 19 de agosto de 2013

Mateus 19,16-22

Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
19 16 Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?” Disse-lhe Jesus:
17 “Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”.
18 “Quais?”, perguntou ele. Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho,
19 honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo”.
20 Disse-lhe o jovem: “Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ainda?”
21 Respondeu Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!”
22 Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
Um jovem procura Jesus não com o intuito de segui-lo, mas esperando assegurar-se da salvação. Sua pergunta: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?” sugere a ideia de ele julgar ser possível alcançar, por ele mesmo, a salvação. A resposta de Jesus é imediata e, externando o desejo de libertá-lo de uma visão egocêntrica da salvação, ele o remete ao “único que é bom”, só Deus, expressão própria da tradição rabínica, que considera cada ato humano como sendo uma manifestação do amor a Deus. Nesse sentido, também o amor ao próximo, sobre o qual Jesus acabara de falar, resulta do amor a Deus. Mas, tendo o jovem afirmado guardar todos os mandamentos, para testá-lo em seu desejo de ser perfeito, Jesus lhe diz: “vai, vende os teus bens e dá aos pobres”. Condição para segui-lo mais de perto e ter “um tesouro nos céus”. 
Todo este episódio gravita ao redor das posses do jovem rico. Primeiramente, ele julga que a porta de acesso ao céu vincula-se aos bens materiais, talvez, guiado pela ideia de que o sinal das bênçãos divinas são as riquezas e o sucesso terreno. Por isso, S. João Crisóstomo não o considera como alguém movido por más intenções ou “ser ele avaro e escravo do dinheiro”, mas possuidor de uma mentalidade materialista e, sendo presunçoso, ele estaria colocando sua confiança, prevalentemente, em si mesmo e em seus bens. Até mesmo o fato de chamar Jesus de “bom Mestre” poderia estar refletindo a esperança de ganhar, através do agrado e do elogio, os bens eternos. 
O Senhor o ouve pacientemente e, mais uma vez, revela seu modo delicado de dialogar, visando, através de questões e breves sugestões, elevar o pensamento de seus ouvintes a um ponto de vista sobrenatural. A bondade e a felicidade, aludidas pelo jovem, são remetidas a Deus, que se nomeia a verdade e o amor sem limites. Ao jovem cabe a alternativa de segui-lo, como os Apóstolos, ou de continuar seu caminho, mantendo suas riquezas e posses materiais. Ao ouvi-lo, o jovem faz sua opção e se afasta. Porém, ele jamais deverá deixar de reconhecer qual é a riqueza essencial do ser humano. S. Agostinho exclama: “Quanto se deve amar a vida que não terá jamais fim! Tu que amas esta vida na qual sofres e te afliges, em meio a tantas preocupações, busca a vida eterna, onde não suportarás estes sofrimentos, mas reinarás eternamente com Deus”.
Esta passagem bíblica leva-nos, assim, a considerar a distinção entre os mandamentos de Deus, válidos para todos, e os conselhos evangélicos, abraçados pelos que desejam viver em radicalidade o preceito do amor a Deus e ao próximo. Aliás, desde os primeiros anos da Igreja, observa-se que a renúncia aos bens materiais não é um preceito obrigatório para todos. Obrigatório é ser livre em relação a todos os bens. Nos Atos dos Apóstolos, S. Pedro dirige-se a Ananias, que reservara para si uma parte do preço do campo, e lhe pergunta: “Por acaso não podias conservá-lo sem vendê-lo? E depois de vendido não podias dispor livremente da quantia?” (5,4). O importante é observar os mandamentos, compreendidos e vividos à luz do sermão das Bem-aventuranças.

 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)

 
Oração

Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superem todo desejo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.