sexta-feira, 2 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 02 DE AGOSTO DE 2013

SALVE MARIA!
 
Evangelho do dia 02 de agosto de 2013.

Mateus 13,54-58

Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor permanece eternamente, e esta é a palavra que vos foi anunciada (1Pd 1,25).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 54 Jesus foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de modo que todos diziam admirados: “Donde lhe vem esta sabedoria e esta força miraculosa?
55 Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?
56 E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso?”
57 E não sabiam o que dizer dele. Disse-lhes, porém, Jesus: “É só em sua pátria e em sua família que um profeta é menosprezado”.
58 E, por causa da falta de confiança deles, operou ali poucos milagres.
Palavra da Salvação - Glória a Vós Senhor1
 
REFLEXÃO
 
Jesus em Nazaré
 
Jesus encontra-se na sinagoga de sua cidade. Os habitantes de Nazaré estão atentos às suas palavras, pois muitos tinham ouvido falar de seus ensinamentos e dos milagres realizados por ele. Jesus perscruta os corações e, percebendo a incredulidade enraizada no coração de seus ouvintes, volve os olhos para eles, no desejo de tocá-los e levá-los à conversão. Diante da resistência recalcitrante de seus ouvintes, ele eleva sua voz e, em tom mais severo, declara que nenhum profeta é ouvido em sua própria terra, nem é reconhecido pelos seus parentes. Palavras chocantes. Os gentios, pelo contrário, demonstram mais fé em Deus do que os escolhidos de Israel. Para exemplificar, ele cita Elias, que foi enviado a uma viúva, em Sarepta, na região da Sidônia, enquanto tantas outras viúvas viviam em Israel; também recorda que, no tempo do profeta Eliseu, “havia muitos leprosos em Israel, todavia, nenhum deles foi curado, a não ser o sírio Naamã”. Suas palavras os deixam atônitos e lhes parecem ofensivas, pois, naquela época, os judeus julgavam os gentios, isto é, os estrangeiros como pessoas distantes de Deus e, por conseguinte, excluídas da Aliança divina. O Evangelista relata que “diante destas palavras, todos na sinagoga se enfureceram”.
Mas Jesus não se intimida. Pelo contrário. Refletindo indignação, ele os declara cegos perante a misericórdia de Deus e de seu plano de salvação para todos os povos. Com efeito, considera Orígenes, “ele acabara de ler uma profecia sobre a salvação realizada pelo Messias. Salvação que irrompia agora no mundo através do seu ministério. Era o ano da graça e do perdão do Senhor”. Ao rejeitá-lo, a população leva-o a não realizar milagres, conforme comenta S. Ambrósio, “para não pensarmos que sejamos constrangidos pelo amor à pátria. Na realidade, aquele que amava todos os homens não podia deixar de amar os seus concidadãos, mas eles mesmos, comportando-se de modo invejoso, renunciaram o amor à pátria”.  Então, exclama S. Cirilo de Alexandria, “Jesus reporta-se aos pagãos, que o acolheriam e seriam curados de sua lepra”.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)

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