sábado, 24 de agosto de 2013

EVANGELHO DO DIA 24 DE AGOSTO DE 2012

SALVE MARIA!
 
Evangelho do Dia
Ano C - 24 de agosto de 2013

João 1,45-51

Aleluia, aleluia, aleluia.
Mestre, tu és o filho de Deus, és rei de Israel! (Jo 1,49)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
1 45 Filipe encontra Natanael e diz-lhe: "Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José".
46 Respondeu-lhe Natanael: "Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré?" Filipe retrucou: "Vem e vê".
47 Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz: "Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade".
48 Natanael pergunta-lhe: "Donde me conheces?" Respondeu Jesus: "Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira".
49 Falou-lhe Natanael: "Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel".
50 Jesus replicou-lhe: "Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta".
51 E ajuntou: "Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem".
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
 
 
REFLEXÃO
 
Encontro com Natanael
 
Natanael é considerado por Jesus como um verdadeiro israelita, um homem “sem duplicidade”, em quem “não há artifícios”. Ele não é uma pessoa entregue ao fingimento e à mentira.  Ao expressar a pureza do coração e o dom sem reserva de Natanael, Jesus nos recorda o mandamento de “amar a Deus, sem reserva, de todo o coração”. O contrário seria ter um “coração duplo” ou não ser alguém inteiramente de Deus, porque alimentar a duplicidade em seu agir implica estar em desobediência a Deus.
 A saudação a Natanael: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento” reflete o conhecimento profético de Jesus. Surpreso, Natanael pergunta: “De onde me conheces?” Buscando tranquilizá-lo, Jesus lhe diz: “Antes que Felipe te chamasse, quando estavas sob a figueira, eu te vi”. Pasmo, Natanael se prostra, exclamando: “Rabi, tu és o Filho de Deus, és o Rei de Israel”.
Mas qual é o significado das palavras de Jesus? Ele podia estar se referindo à árvore do paraíso, aludindo ao pecado de Adão e de Eva, ou fazendo alusão à árvore dos idosos julgados por Daniel. Segundo os Livros históricos, talvez estivesse indicando o repouso “sob a vinha ou a figueira”, imagem da paz, de acordo com a interpretação feita pelos profetas. Por outro lado, segundo a tradição rabínica, interpretação mais comum na época, ao falar de estar sob uma árvore, Jesus estaria sugerindo a ideia de que Natanael estivesse lendo as Escrituras, fonte do conhecimento sagrado e do anúncio do Messias.
O diálogo com Natanael oferece um belo exemplo da pedagogia de Jesus para promover o crescimento na fé daquele que está buscando Deus. De início, Natanael possui um conhecimento imperfeito e interessado a respeito do Messias, rei de Israel. No encontro com Jesus, ao reconhecê-lo como o Messias, ele passa a professar a fé no Filho do Homem, que com sua morte reparadora e salvadora haverá de abrir as portas do céu para toda a humanidade. S. João Crisóstomo declara que Natanael interroga como homem e Jesus responde como Deus: “Eu te vi sob a figueira”. Jesus já o conhecia, não como um homem que observa, mas como Deus que tudo conhece. Jesus diz unicamente o necessário. Natanael, recebendo o sinal indubitável e profético de Jesus, confessa o Cristo: “Tu és o Filho de Deus, tu és aquele que esperamos”. Expectativa que exprime a capacidade de superação e permite a Natanael “decolar” para participar da grandeza da revelação de Deus a Israel, povo no qual Ele faz sua morada.
A narração do encontro encerra-se com as palavras de Jesus: “Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. Os horizontes alargam-se e Jesus mostra a todos, como declara S. João Crisóstomo, “que não há nada mais importante do que as realidades do céu. Nada deve distanciar a nossa atenção da expectativa do reino dos céus”. Neste mesmo sentido, S. Cirilo de Alexandria interpreta a referência aos anjos de Deus. Diz ele: “Com essa alusão aos anjos de Deus, o Senhor nos convoca a passar das realidades passageiras às eternas, das terrenas às celestes, das carnais às espirituais”. Nenhum condicionamento terreno seria capaz de satisfazer-nos, nem definir-nos. Somos chamados, como Natanael, a nos ultrapassarmos constantemente.
 
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
 
 
Oração
Ó Deus, fortalecei em nós aquela fé que levou são Bartolomeu a seguir de coração o vosso Filho e fazei que, pelas preces do apóstolo, a vossa Igreja se torne sacramento da salvação para todos os povos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário