SALVE MARIA!
Evangelho do dia 26 de agosto de 2013
Mateus 23,13-22
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo disse Jesus: 23 13 “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Vós fechais aos homens o Reino dos céus. Vós mesmos não entrais e nem deixais que entrem os que querem entrar.
14 15 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior que vós mesmos.
16 Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo templo, isto não é nada; mas se jura pelo tesouro do templo, é obrigado pelo seu juramento’.
17 Insensatos, cegos! Qual é o maior: o ouro ou o templo que santifica o ouro?
18 E dizeis ainda: ‘Se alguém jura pelo altar, não é nada; mas se jura pela oferta que está sobre ele, é obrigado’.
19 Cegos! Qual é o maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Aquele que jura pelo altar, jura ao mesmo tempo por tudo o que está sobre ele.
21 Aquele que jura pelo templo, jura ao mesmo tempo por aquele que nele habita.
22 E aquele que jura pelo céu, jura ao mesmo tempo pelo trono de Deus, e por aquele que nele está sentado”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo disse Jesus: 23 13 “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Vós fechais aos homens o Reino dos céus. Vós mesmos não entrais e nem deixais que entrem os que querem entrar.
14 15 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior que vós mesmos.
16 Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo templo, isto não é nada; mas se jura pelo tesouro do templo, é obrigado pelo seu juramento’.
17 Insensatos, cegos! Qual é o maior: o ouro ou o templo que santifica o ouro?
18 E dizeis ainda: ‘Se alguém jura pelo altar, não é nada; mas se jura pela oferta que está sobre ele, é obrigado’.
19 Cegos! Qual é o maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Aquele que jura pelo altar, jura ao mesmo tempo por tudo o que está sobre ele.
21 Aquele que jura pelo templo, jura ao mesmo tempo por aquele que nele habita.
22 E aquele que jura pelo céu, jura ao mesmo tempo pelo trono de Deus, e por aquele que nele está sentado”.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
REFLEXÃO
Ai de vós escribas hipócritas
As prescrições da Lei orientam-se, normalmente, para a prática da caridade, beneficiando, particularmente, aquele que as realiza. Tal insistência já está presente nos profetas, que declaram ser fundamental a atitude interior, para que as ações do homem sejam, de fato, sacrifícios puros e agradáveis a Deus. O fruto da generosidade, característica de uma vida segundo Deus, é a alegria interior, denominada de alegria perfeita por S. Francisco de Assis. Jesus reporta-se, muitas vezes, aos profetas para que seus ouvintes compreendam seus ensinamentos e possam forjar um espírito sereno e equânime em sua caminhada humilde para Deus. Ora, os escribas e fariseus também a eles se referem, sem, no entanto, traduzi-los em suas vidas, pelo que são chamados por Jesus de cegos e hipócritas. Seu apelo torna-se mais vigoroso, quando Ele o estende aos que o criticam, pois, no dizer de S. Cirilo de Alexandria, “ele quer levar todos à prática de julgar, reta e impecavelmente, seus semelhantes sem jamais abandonar a misericórdia e a sinceridade”.
Notemos que a palavra hipócrita significa usar máscara ou, ainda, fazer algo para chamar a atenção dos outros sobre si mesmo. Os escribas devotavam suas vidas ao estudo da Lei de Deus, movidos pela vaidade de serem considerados seus únicos e autênticos intérpretes. Às demais pessoas eles impingiam numerosas exigências e, em seu zelo confuso, perderam a perspectiva de Deus e de seus propósitos a respeito da Lei, chegando ao extremo de legislar sobre pequenas e insignificantes coisas. Eles ligavam aos dez mandamentos e aos preceitos divinos milhares de pequenas regras e regulamentações a serem cumpridas pelo povo. O Senhor não se cala. Ele os recrimina duramente por negligenciarem o mais importante: a justiça, o amor a Deus e os cuidados devidos aos necessitados, fracos e doentes.
A Lei mosaica não é abolida pelo Senhor. Nem mesmo as tradições particulares. Estas conservam sua importância, como Ele mesmo observa: “Nelas preparamo-nos para as grandes coisas”. Seu intuito é, antes, corrigir a perspectiva, para que não se tome o secundário pelo essencial. Mais tarde, Orígenes fará a distinção entre o sentido literal, observado pelos fariseus, e o sentido espiritual, ao qual somos constantemente remetidos pelo Senhor. Exemplificando, Orígenes, ao citar a prescrição de lavar o interno dos copos, para não se manchar, pergunta: “Estariam eles, com estas práticas, preparando-se realmente para a purificação do próprio pecado?” As palavras do Senhor não são propriamente condenatórias, mas são um forte apelo à conversão e à mudança no modo de pensar, agir e viver.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
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