SALVE MARIA!
Evangelho do dia 19 de agosto de 2013
Mateus 19,16-22
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
19 16 Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?” Disse-lhe Jesus:
17 “Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”.
18 “Quais?”, perguntou ele. Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho,
19 honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo”.
20 Disse-lhe o jovem: “Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ainda?”
21 Respondeu Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!”
22 Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
19 16 Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?” Disse-lhe Jesus:
17 “Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”.
18 “Quais?”, perguntou ele. Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho,
19 honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo”.
20 Disse-lhe o jovem: “Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ainda?”
21 Respondeu Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!”
22 Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens.
Palavra da Salvação. Glória a Vós, Senhor!
REFLEXÃO
Um jovem procura Jesus não com o intuito de
segui-lo, mas esperando assegurar-se da salvação. Sua pergunta: “Mestre, que
farei de bom para ter a vida eterna?” sugere a ideia de ele julgar ser possível
alcançar, por ele mesmo, a salvação. A resposta de Jesus é imediata e,
externando o desejo de libertá-lo de uma visão egocêntrica da salvação, ele o
remete ao “único que é bom”, só Deus, expressão própria da tradição rabínica,
que considera cada ato humano como sendo uma manifestação do amor a Deus. Nesse
sentido, também o amor ao próximo, sobre o qual Jesus acabara de falar, resulta
do amor a Deus. Mas, tendo o jovem afirmado guardar todos os mandamentos, para
testá-lo em seu desejo de ser perfeito, Jesus lhe diz: “vai, vende os teus bens
e dá aos pobres”. Condição para segui-lo mais de perto e ter “um tesouro nos
céus”.
Todo este episódio gravita ao redor das posses do
jovem rico. Primeiramente, ele julga que a porta de acesso ao céu vincula-se
aos bens materiais, talvez, guiado pela ideia de que o sinal das bênçãos
divinas são as riquezas e o sucesso terreno. Por isso, S. João Crisóstomo não o
considera como alguém movido por más intenções ou “ser ele avaro e escravo do
dinheiro”, mas possuidor de uma mentalidade materialista e, sendo presunçoso,
ele estaria colocando sua confiança, prevalentemente, em si mesmo e em seus bens.
Até mesmo o fato de chamar Jesus de “bom Mestre” poderia estar refletindo a
esperança de ganhar, através do agrado e do elogio, os bens eternos.
O Senhor o ouve pacientemente e, mais uma vez,
revela seu modo delicado de dialogar, visando, através de questões e breves
sugestões, elevar o pensamento de seus ouvintes a um ponto de vista
sobrenatural. A bondade e a felicidade, aludidas pelo jovem, são remetidas a
Deus, que se nomeia a verdade e o amor sem limites. Ao jovem cabe a alternativa
de segui-lo, como os Apóstolos, ou de continuar seu caminho, mantendo suas
riquezas e posses materiais. Ao ouvi-lo, o jovem faz sua opção e se afasta.
Porém, ele jamais deverá deixar de reconhecer qual é a riqueza essencial do ser
humano. S. Agostinho exclama: “Quanto se deve amar a vida que não terá jamais
fim! Tu que amas esta vida na qual sofres e te afliges, em meio a tantas
preocupações, busca a vida eterna, onde não suportarás estes sofrimentos, mas
reinarás eternamente com Deus”.
Esta passagem bíblica leva-nos, assim, a considerar
a distinção entre os mandamentos de Deus, válidos para todos, e os conselhos
evangélicos, abraçados pelos que desejam viver em radicalidade o preceito do
amor a Deus e ao próximo. Aliás, desde os primeiros anos da Igreja, observa-se
que a renúncia aos bens materiais não é um preceito obrigatório para todos.
Obrigatório é ser livre em relação a todos os bens. Nos Atos dos Apóstolos, S.
Pedro dirige-se a Ananias, que reservara para si uma parte do preço do campo, e
lhe pergunta: “Por acaso não podias conservá-lo sem vendê-lo? E depois de
vendido não podias dispor livremente da quantia?” (5,4). O importante é
observar os mandamentos, compreendidos e vividos à luz do sermão das
Bem-aventuranças.
(Dom Fernando Antônio Figueiredo)
Oração
Ó Deus, preparastes para quem vos
ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da
caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das
vossas promessas, que superem todo desejo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
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